Avaliação da exposição das mulheres portuguesas em idade fértil ao metilmercúrio: um estudo preliminar de biomonitorização humana
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.18/7728 |
Resumo: | Dissertação de mestrado em Qualidade Alimentar e Saúde, apresentada à Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, 2019 |
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Avaliação da exposição das mulheres portuguesas em idade fértil ao metilmercúrio: um estudo preliminar de biomonitorização humanaMetilmercúrioMeHgMulheres PortuguesasConsumo de PescadoBiomonitorizaçãoAvaliação da ExposiçãoComposição dos AlimentosSegurança AlimentarPortugalMethylmercuryFish ConsumptionPortuguese WomenBiomonitoringExposure AssessmentDissertação de mestrado em Qualidade Alimentar e Saúde, apresentada à Faculdade de Farmácia da Universidade de Lisboa, 2019Dissertação defendida em fevereiro de 2020Orientação: Doutor Ricardo Manuel Abreu de Assunção (orientador) e Professora Doutora Cristina Maria Leitão Carvalho (coorientador).O metilmercúrio (MeHg) é um composto tóxico para os seres humanos sendo que o consumo de peixe é habitualmente considerado a principal fonte de exposição humana. As espécies de peixe predadoras, como o atum ou o espadarte, assumem particular importância neste contexto, devido maioritariamente aos processos de bioacumulação e biomagnificação. Portugal apresenta o maior consumo de produtos da pesca e da aquicultura na União Europeia (UE), acima da média da UE e do mundo. O principal alvo da toxicidade associada ao MeHg é o sistema nervoso central e o período pré-natal representa um momento de maior vulnerabilidade relativamente aos potenciais efeitos no neurodesenvolvimento do feto. A avaliação da exposição da população bem como do risco associado deverá ser feita de forma sistemática e adequada por forma a estabelecer medidas, quando necessárias, que previnam os potenciais efeitos tóxicos decorrentes desta exposição. A biomonitorização humana (BMH) permite avaliar, de forma direta, a exposição humana a compostos químicos e desta forma caracterizar o risco associado. A concentração total de mercúrio no sangue é geralmente considerada um biomarcador adequado para estimar a exposição interna a curto prazo ao MeHg, em indivíduos com consumo regular de pescado. O presente estudo teve como objetivo avaliar a exposição ao MeHg de mulheres portuguesas em idade fértil através da BMH, atendendo a que este grupo populacional apresenta elevada suscetibilidade a este composto, considerando os potenciais efeitos tóxicos na descendência. Para este estudo, 300 mulheres portuguesas em idade fértil (25 a 44 anos) foram selecionadas aleatoriamente entre as participantes de um estudo epidemiológico transversal realizado em Portugal (INSEF, http://www.insef.pt/). Foi determinada a concentração de mercúrio total nas amostras de sangue total das participantes por espectrofotometria de absorção atómica com decomposição térmica e amalgamação (TDA/AAS), após validação do método de ensaio. Duas amostras apresentaram concentração de mercúrio total abaixo do limite de quantificação (0,5 μg/L) e, nas restantes (n = 298), os níveis de mercúrio variaram de 0,6 a 35,0 μg/L. Cerca de 52% das amostras apresentaram valores abaixo de 5 μg/L, um valor de BMH abaixo do qual não são esperados efeitos adversos na saúde. No entanto, 48% das amostras revelaram níveis acima de 5 μg/L e, portanto, apresentaram risco de efeitos adversos para a saúde. Os valores obtidos de concentração de mercúrio no sangue foram superiores nas mulheres com mais idade, maior nível de escolaridade e residentes na Região Autónoma da Madeira, com diferenças estatisticamente significativas relativamente aos restantes grupos (p<0,05).Este estudo reforça a necessidade de desenvolver e implementar em Portugal estratégias de comunicação de risco focadas na seleção de espécies de peixes com menor concentração de MeHg, a fim de evitar a exposição humana a esse composto, principalmente em populações particularmente suscetíveis.Methylmercury (MeHg) is a toxic compound for humans and fish consumption is usually considered the main source of human exposure. Predatory fish species, such as tuna or swordfish, are of particular importance in this context, mainly due to bioaccumulation and biomagnification processes. Portugal has the highest consumption of fishery and aquaculture products in the European Union (EU), above the EU and world average. The main target of MeHg toxicity is the central nervous system and the prenatal period represents a period of greatest vulnerability regarding neurodevelopmental effects on the fetus. Exposure assessment of the population and associated risk should be carried out systematically and appropriately in order to establish measures, where appropriate, to prevent the potential toxic effects of such exposure. Human biomonitoring (HBM) allows direct assessment of human exposure to chemical compounds and thus characterizes the associated risk. Total blood mercury concentration is generally considered an appropriate biomarker for estimating short-term internal exposure to MeHg in individuals with regular fish consumption. The present study aimed at evaluating the exposure of Portuguese women of childbearing age to MeHg through human biomonitoring, due to the high susceptibility of this population group because of the potential toxic effects on the offspring. For this study, 300 Portuguese women of childbearing age (25-44 years) were randomly selected from the participants of a cross-sectional epidemiological study conducted in Portugal (INSEF, http://www.insef.pt/). The total mercury concentration in the participants' whole blood samples was determined by thermal decomposition and amalgamation atomic absorption spectrophotometry (TDA/AAS) after validation of the method. Two samples showed total mercury concentration below the limit of quantification (0.5 µg/L) and, in the remaining (n = 298), mercury levels ranged from 0.6 to 35.0 µg/L. About 52% of the samples had values below 5 µg/L, a HBM value below which no adverse health effects are expected. However, 48% of the samples revealed levels above 5 µg/L and therefore presented risk of adverse health effects. Blood mercury concentration values were higher in older women, in higher education level and residents in the Autonomous Region of Madeira, with statistically significant differences compared to the other groups (p <0.05). This study reinforces the need to develop and implement risk communication strategies in Portugal focused on the selection of fish species with lower MeHg concentration in order to avoid human exposure to this compound, especially in particularly susceptible populations.Assunção, Ricardo Manuel Abreu deCarvalho, Cristina Maria LeitãoRepositório Científico do Instituto Nacional de SaúdeSantiago, Susana2021-05-10T15:23:41Z2020-022020-02-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.18/7728pormetadata only accessinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-20T15:41:51Zoai:repositorio.insa.pt:10400.18/7728Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:41:50.311425Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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