Avaliação dos níveis de ansiedade e depressão e sua correlação com a intensidade de dor em doentes oncológicos com doença avançada e progressiva

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Milhomens, Rosana Sodré, 1970-
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10451/23754
Resumo: Tese de mestrado, Cuidados Paliativos, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2015
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spelling Avaliação dos níveis de ansiedade e depressão e sua correlação com a intensidade de dor em doentes oncológicos com doença avançada e progressivaDorAnsiedadeDepressãoCuidados paliativosTeses de mestrado - 2015Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da SaúdeTese de mestrado, Cuidados Paliativos, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2015Contextualizacao: A dor é um dos sintomas da doença oncológica com maior incidência e prevalência, entretanto, apesar de ser comum e frequente a dor não tem que estar obrigatoriamente presente nestes doentes. Em doentes oncológicos com doença avançada e progressiva, a dor é afectada por múltiplas variáveis que podem incluir o estádio, a extensão e a localização da doença, contando também com os procedimentos para o diagnóstico e tratamento. A dor causa profundo impacto psicológico, a relação entre a dor, ansiedade e depressão nem sempre é linear e de fácil compreensão, entretanto, e visível o impacto negativo que afeta a qualidade de vida e o sofrimento que causa nos doentes e familiares. De acordo com Barbosa e Julião (2011), a depressão em Cuidados Paliativos é um dos problemas psicossociais com alta prevalência e muitas vezes é sub-diagnosticada, subtratada e compreendida como tarefa médica de grande complexidade. Os doentes com dor oncológica podem manifestar índices de ansiedade e depressão por vivenciarem a dor/doença e os tratamentos como fatores de stress, o sentir dor como algo que é subjetivo ao sujeito pode associar-se a outros fatores os quais são susceptíveis de amplificar os níveis de ansiedade e depressão e criar até situações patológicas. Na literatura existe algumas controvérsias sobre a reciprocidade ou não entre a dor ansiedade e depressão. Alguns autores defendem que a dor oncológica é um fator desencadeante da ansiedade e da depressão; para outros autores, a ansiedade e depressão podem ser consideradas aspetos preditivos de dor oncológica, e que contribuem para exacerbar a experiencia dolorosa. Existem pesquisadores que consideram a ansiedade e a depressão como factores bivalentes – causais e contributivos na intensidade de dor. Definiu-se como objetivo deste estudo avaliar as correlações entre dor, ansiedade e depressão em doentes oncológicos paliativos, seguidos na consulta de Dor do IPO de Lisboa. Método: Estudo quantitativo, descritivo e correlacional. Para medir a intensidade de dor utilizou-se a Escala Numérica de Dor. A avaliação da ansiedade e da depressão foi realizada através da escala Hospital Anxiety and Depression Scale (HADS), validada para versão portuguesa por Pais Ribeiro e colaboradores em 2007. A amostra deste estudo foi constituída por 106 doentes com dor oncológica, sendo que 43,4% homens e 56,6% mulheres, com idades entre 22 e 88 anos, sendo a média de idade da amostra 61 anos. Resultados: Os doentes participantes deste estudo indicaram 38% dor moderada, sendo os níveis de ansiedade e depressão igualmente 57% dos participantes, sendo que esta categoria dos níveis de ansiedade e depressão estão entre: normal e ligeira. No que diz respeito a intensidade de dor não houve correlação estatística significativa com os dados sociodemográficos, clínicos, ansiedade e depressão, apoio psicológico, apoio psiquiátrico, medicação para a dor e psiquiátrica. Conclusão: Neste presente estudo foram encontradas correlações fracas entre intensidade de dor, ansiedade e depressão estatisticamente significativas. Desta forma, seria adequado mais estudos nesta área para verificarmos estas correlações no doente com cancro avançado e incurável. Com o objetivo de proporcionar melhor conforto e qualidade de vida aos doentes em fim de vida.Background: Pain is one of most prevalent and incident symptoms in oncology diseases. Nevertheless not all patients necessarily experience it. In oncology patients with progressive and advanced disease, pain is influenced by multiple factors which may include not only the disease stage, extension and location, but also factors related with the diagnostic and treatment procedures. Pain causes a profound psychological impact. Even though the relation between pain, anxiety and depression is not always easily understood, pain has a noticeable negative impact in the quality-of-life and suffering of the patients and their families. According to Barbosa and Juliao (2011), in the palliative care setting, depression is one of the highest prevalent psycho-social issues that is often underdiagnosed, undertreated and understood as a medical issue of great complexity. The oncology patients suffering from pain may experience high levels of anxiety and depression due to their perception of pain, the disease and treatments as stress factors, which amplify anxiety and depression to a pathological state. The reciprocity between pain, anxiety and depression is a controversial topic in the literature. Some authors advocate that cancer pain is a triggering factor for anxiety and depression, whereas for other authors anxiety and depression are regarded as predictive factors for cancer pain, which contribute for the exacerbation of the painful experience. Other researchers consider anxiety and depression as bivalent factors – causal and contributory for the intensity of pain. The objective of this study was to evaluate the correlation between pain, anxiety and depression in oncology patients undergoing palliative care that were followed in the pain management consultation of IPO Lisboa. Methods: We conducted a quantitative, descriptive and correlational study. Pain was evaluated using the Pain Numerical Rated Scale. Anxiety and depression were evaluated using the Portuguese version of the Anxiety and Depression Scale (HADS), validated by Pais Ribeiro et al in 2007. The sample of this study included 106 patients with cancer pain, 43.4% men and 56.6% women, with ages ranging from 22 and 88 years-old and a mean age of 61 years-old. Results: Among the included patients, 38% reported moderate pain and 57% reported normal to mild anxiety and/or depression. In what regards the pain intensity, no statistically significant correlation was found with the socio-demographic and clinical factors, anxiety, depression, psychological and/or psychiatric support and medication pain for pain relief or psychiatric medication. Conclusion: In these study weak statistically significant correlations between intensity of pain, anxiety and depression. Therefore, it would be appropriate to conduct additional studies in patients with advanced and incurable cancer in order to further characterize these correlations. The ultimate goal is to provide the best possible comfort and quality of life to terminally ill patients.Barbosa, António, 1950-Repositório da Universidade de LisboaMilhomens, Rosana Sodré, 1970-2016-05-20T09:41:09Z20152015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10451/23754TID:201192446porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-08T16:12:00Zoai:repositorio.ul.pt:10451/23754Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:41:00.500601Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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