Democracia e diversidade cultural

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Serra, Paulo
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Serra, Bruno
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.21814/rlec.239
Resumo: Com o dito latino Hic rhodus hic saltus, referido no prefácio da sua Filosofia do Direito, pretendia Hegel sublinhar que cabe à filosofia estudar o que é, o real, e não o que deveria ser. Nos anos 60 do século XX, o real era, para os estudos culturais ingleses, a revolução cultural em curso desde os finais da II Guerra Mundial, e que tornava crucial o estudo de questões como as da relação entre cultura e poder, cultura popular e cultura de massa, homogeneidade cultural e diversidade cultural. As reflexões dos autores dos estudos culturais, ingleses e outos, em relação a estas questões, continuam hoje a ser cruciais e, diríamos mesmo, mais cruciais do que nunca. Partindo do trabalho levado a cabo pelos estudos culturais no domínio da cultura, o presente artigo reflete sobre as condições de uma democracia que respeite a pluralidade e a diferença das culturas, não só a nível do estado nacional, hoje em profunda mudança, mas também a nível mundial/global. De forma algo anacrónica, deixamos Hegel e a sua ancoragem ao real para regressarmos a Kant e ao seu ideal de uma sociedade cosmopolita.
id RCAP_6aea03e54fe9b3c3bda69c15b8a0600d
oai_identifier_str oai:journals.uminho.pt:article/1826
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Democracia e diversidade culturalDemocracy and cultural diversityArtigos temáticosCom o dito latino Hic rhodus hic saltus, referido no prefácio da sua Filosofia do Direito, pretendia Hegel sublinhar que cabe à filosofia estudar o que é, o real, e não o que deveria ser. Nos anos 60 do século XX, o real era, para os estudos culturais ingleses, a revolução cultural em curso desde os finais da II Guerra Mundial, e que tornava crucial o estudo de questões como as da relação entre cultura e poder, cultura popular e cultura de massa, homogeneidade cultural e diversidade cultural. As reflexões dos autores dos estudos culturais, ingleses e outos, em relação a estas questões, continuam hoje a ser cruciais e, diríamos mesmo, mais cruciais do que nunca. Partindo do trabalho levado a cabo pelos estudos culturais no domínio da cultura, o presente artigo reflete sobre as condições de uma democracia que respeite a pluralidade e a diferença das culturas, não só a nível do estado nacional, hoje em profunda mudança, mas também a nível mundial/global. De forma algo anacrónica, deixamos Hegel e a sua ancoragem ao real para regressarmos a Kant e ao seu ideal de uma sociedade cosmopolita.Through the Latin saying Hic rhodus hic saltus, mentioned in the preface of his Philosophy of Right, Hegel intended to emphasise that it is Philosophy’s duty to study what is real, rather than what ought to be. During the 60’s of the 20th century, what was real was, as far as British Cultural Studies were concerned, the cultural revolution ongoing since the end of the II World War, which made critical the study of such issues as the relationship between culture and power, popular culture and mass culture, cultural homogeneity and cultural diversity. The considerations on these issues produced by cultural studies’ authors – British and otherwise – remain crucial today, perhaps more so than ever. Setting the work carried through by cultural studies in the domain of culture, this paper aims to reflect upon the condition of a democracy that respects plurality and cultural differences, not only at national state level – presently undergoing deep changes – but also at a global level. In order to do so, we will somewhat anachronistically move beyond Hegel and his tethering to the real by returning to Kant and his ideal for a cosmopolitan society.Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho2017-12-28T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articlehttps://doi.org/10.21814/rlec.239por2183-08862184-0458Serra, PauloSerra, Brunoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-09-22T16:20:26Zoai:journals.uminho.pt:article/1826Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:59:16.999322Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Democracia e diversidade cultural
Democracy and cultural diversity
title Democracia e diversidade cultural
spellingShingle Democracia e diversidade cultural
Serra, Paulo
Artigos temáticos
title_short Democracia e diversidade cultural
title_full Democracia e diversidade cultural
title_fullStr Democracia e diversidade cultural
title_full_unstemmed Democracia e diversidade cultural
title_sort Democracia e diversidade cultural
author Serra, Paulo
author_facet Serra, Paulo
Serra, Bruno
author_role author
author2 Serra, Bruno
author2_role author
dc.contributor.author.fl_str_mv Serra, Paulo
Serra, Bruno
dc.subject.por.fl_str_mv Artigos temáticos
topic Artigos temáticos
description Com o dito latino Hic rhodus hic saltus, referido no prefácio da sua Filosofia do Direito, pretendia Hegel sublinhar que cabe à filosofia estudar o que é, o real, e não o que deveria ser. Nos anos 60 do século XX, o real era, para os estudos culturais ingleses, a revolução cultural em curso desde os finais da II Guerra Mundial, e que tornava crucial o estudo de questões como as da relação entre cultura e poder, cultura popular e cultura de massa, homogeneidade cultural e diversidade cultural. As reflexões dos autores dos estudos culturais, ingleses e outos, em relação a estas questões, continuam hoje a ser cruciais e, diríamos mesmo, mais cruciais do que nunca. Partindo do trabalho levado a cabo pelos estudos culturais no domínio da cultura, o presente artigo reflete sobre as condições de uma democracia que respeite a pluralidade e a diferença das culturas, não só a nível do estado nacional, hoje em profunda mudança, mas também a nível mundial/global. De forma algo anacrónica, deixamos Hegel e a sua ancoragem ao real para regressarmos a Kant e ao seu ideal de uma sociedade cosmopolita.
publishDate 2017
dc.date.none.fl_str_mv 2017-12-28T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.21814/rlec.239
url https://doi.org/10.21814/rlec.239
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 2183-0886
2184-0458
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho
publisher.none.fl_str_mv Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade (CECS) da Universidade do Minho
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799130460100493312