Desigualdades sociais no acesso ao ensino primário no município de Benguela em Angola: Opiniões de diretores, encarregados de educação e analistas

• Autor(a) principal: Carvalho, António Feliciano Maliengue
• Data de Publicação: 2021
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10071/27379
• topic: Desigualdade social -- Social inequality; Ensino primário; Benguela; Angola; Primary education

O presente trabalho faz uma abordagem sobre as desigualdades sociais no acesso ao ensino primário no município de Benguela, em Angola, centrada no período de 2010 a 2020. A investigação é de natureza descritiva e qualitativa, analisando-se material documental diverso e auscultando-se opiniões com base numa amostra de vários directores, incluindo directores de escola, pais e encarregados de educação, analistas e fazedores de opinião que responderam as perguntas constantes no guião de entrevista. Entrevistámos 15 individualidades: o Director Municipal da Educação de Benguela, 6 Directores de Escolas, 4 fazedores de opinião e encarregados de Educação das escolas, e 4 pais encarregados de educação. Os resultados da pesquisa revelam que as desigualdades sociais no acesso a ensino primário, são justificadas com a dificuldade que as pessoas têm em matricular os seus filhos nas escolas primárias, principalmente em escolas públicas, porque o número crescente da densidade populacional aumentou consideravelmente, criando assim implicações ao nível do acesso ao ensino primário. Outrossim, a falta de políticas de ofertas de serviços educativos, bem como a criação de condições para absorver todas crianças em idade escolar, ao nível das unidades escolares, têm promovido desigualdade social ao nível do ensino primário. Para mitigar este fenómeno sobre as desigualdades sociais no acesso ao ensino primário, os directores de escola têm sensibilizado os pais para o registo de crianças a partir do nascimento, interceder junto do governo para a construção de mais salas de aulas, contar com a comparticipação da comunidade para a construção de mais salas de aulas, sensibilizar as comunidades para registarem os seus filhos e evitar as dificuldades no período de matrículas, construir mais salas de aulas e colaborar com a comunidade para a construção de mais salas de aulas, por via da comparticipação.