Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Andreia
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/2828
Resumo: Esta dissertação trata-se de uma pesquisa que engloba os direitos humanos e a diversidade cultural com o objectivo de os confrontar com a prática cultural da mutilação genital feminina, de forma a perceber qual a melhor maneira de parar esta prática sem que essa acção pareça um acto de imperialismo cultural por parte da cultura de direitos humanos. O actual clima de intensa globalização como aquele que se vive actualmente, o receio da homogeneização é cada vez maior e as reacções das diversas culturas trazem à superfície as diferentes identidades culturais que clamam por respeito. Contudo, algumas práticas culturais, embora pertençam a culturas bastante ricas, acabam por impedir o desenvolvimento completo da pessoa humana e entre estas práticas encontra-se a mutilação genital feminina, prática sobre a qual recai a escolha para esta dissertação. A mutilação genital feminina é praticada em vários países africanos e em alguns países do Médio Oriente e tem sido alvo de várias críticas por parte de grandes organizações a nível mundial, como a Organização Mundial de Saúde, a UNESCO e a UNICEF. Contudo, as sociedades que praticam a mutilação genital feminina possuem várias crenças que levam à continuidade da prática e utilizam vários mecanismos para garantir que as mulheres se submetem a ela. Durante este estudo verifica-se que a prática é violadora dos direitos humanos de mulheres e crianças e que é necessário erradica-la, por todas as consequências e riscos para a saúde que ela acarreta, no entanto esta erradicação da mutilação genital feminina não pode ser imposta às sociedades que a praticam, mas sim, tem de ser alcançada através de um dialogo intercultural que permita às comunidades perceberem que esta prática não é benéfica e que as suas crenças não são, totalmente, correctas, mas também faze-las entender que o facto de estarem a abdicar de uma prática cultural que as caracteriza não estão a descaracterizar ou a abdicar da sua cultura como um todo.
id RCAP_6b178caa808425b24ebcc7e60c831323
oai_identifier_str oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2828
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital femininaMutilação genital feminina - Direitos humanosMulticulturalismo - Direitos humanosEsta dissertação trata-se de uma pesquisa que engloba os direitos humanos e a diversidade cultural com o objectivo de os confrontar com a prática cultural da mutilação genital feminina, de forma a perceber qual a melhor maneira de parar esta prática sem que essa acção pareça um acto de imperialismo cultural por parte da cultura de direitos humanos. O actual clima de intensa globalização como aquele que se vive actualmente, o receio da homogeneização é cada vez maior e as reacções das diversas culturas trazem à superfície as diferentes identidades culturais que clamam por respeito. Contudo, algumas práticas culturais, embora pertençam a culturas bastante ricas, acabam por impedir o desenvolvimento completo da pessoa humana e entre estas práticas encontra-se a mutilação genital feminina, prática sobre a qual recai a escolha para esta dissertação. A mutilação genital feminina é praticada em vários países africanos e em alguns países do Médio Oriente e tem sido alvo de várias críticas por parte de grandes organizações a nível mundial, como a Organização Mundial de Saúde, a UNESCO e a UNICEF. Contudo, as sociedades que praticam a mutilação genital feminina possuem várias crenças que levam à continuidade da prática e utilizam vários mecanismos para garantir que as mulheres se submetem a ela. Durante este estudo verifica-se que a prática é violadora dos direitos humanos de mulheres e crianças e que é necessário erradica-la, por todas as consequências e riscos para a saúde que ela acarreta, no entanto esta erradicação da mutilação genital feminina não pode ser imposta às sociedades que a praticam, mas sim, tem de ser alcançada através de um dialogo intercultural que permita às comunidades perceberem que esta prática não é benéfica e que as suas crenças não são, totalmente, correctas, mas também faze-las entender que o facto de estarem a abdicar de uma prática cultural que as caracteriza não estão a descaracterizar ou a abdicar da sua cultura como um todo.This dissertation it’s a research that includes human rights and cultural diversity in order to confront them with the cultural practice of female genital mutilation, with the purpose of understand what would be the best way to stop this practice without that action looks like an act of cultural imperialism by the culture of human rights. The current climate of intense globalization as that what is now prevailing, the fear of homogenization increasing and the reactions of the different cultures bring to the surface the different cultural identities that call for respect. However, some cultural practices, though belonging to very rich cultures, ultimately stop the full development of the human person and among these practices is female genital mutilation, a practice on which rests the choice for this dissertation. Female genital mutilation is practiced in several African countries and in some countries of the Middle East and has been the target of criticism from large global organizations, such as the World Health Organization, UNESCO and UNICEF. However, societies that practice female genital mutilation have several beliefs that lead to the continuation of the practice and use various tools to ensure that women submit to it. During this study it appears that the practice violates the human rights of women and children and it is necessary to eradicate it, for all the consequences and health risks it involves, however this eradication of female genital mutilation cannot be imposed, but it has to be achieved through an intercultural dialogue that allows communities to realize that this practice is not advantageous and that their beliefs are not totally accurate, but also to make them understand that fact of the giving up on a cultural practice that characterizes themselves are not disfigure or abandon their culture as a whole.Gomes, Teresa Maria Resende CiercouBibliorumOliveira, Andreia2014-12-19T18:13:11Z2013-0620132013-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/2828porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:01Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/2828Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:25.770122Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
title Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
spellingShingle Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
Oliveira, Andreia
Mutilação genital feminina - Direitos humanos
Multiculturalismo - Direitos humanos
title_short Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
title_full Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
title_fullStr Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
title_full_unstemmed Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
title_sort Direitos humanos e diversidade cultural: análise da prática cultural da mutilação genital feminina
author Oliveira, Andreia
author_facet Oliveira, Andreia
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Gomes, Teresa Maria Resende Cierco
uBibliorum
dc.contributor.author.fl_str_mv Oliveira, Andreia
dc.subject.por.fl_str_mv Mutilação genital feminina - Direitos humanos
Multiculturalismo - Direitos humanos
topic Mutilação genital feminina - Direitos humanos
Multiculturalismo - Direitos humanos
description Esta dissertação trata-se de uma pesquisa que engloba os direitos humanos e a diversidade cultural com o objectivo de os confrontar com a prática cultural da mutilação genital feminina, de forma a perceber qual a melhor maneira de parar esta prática sem que essa acção pareça um acto de imperialismo cultural por parte da cultura de direitos humanos. O actual clima de intensa globalização como aquele que se vive actualmente, o receio da homogeneização é cada vez maior e as reacções das diversas culturas trazem à superfície as diferentes identidades culturais que clamam por respeito. Contudo, algumas práticas culturais, embora pertençam a culturas bastante ricas, acabam por impedir o desenvolvimento completo da pessoa humana e entre estas práticas encontra-se a mutilação genital feminina, prática sobre a qual recai a escolha para esta dissertação. A mutilação genital feminina é praticada em vários países africanos e em alguns países do Médio Oriente e tem sido alvo de várias críticas por parte de grandes organizações a nível mundial, como a Organização Mundial de Saúde, a UNESCO e a UNICEF. Contudo, as sociedades que praticam a mutilação genital feminina possuem várias crenças que levam à continuidade da prática e utilizam vários mecanismos para garantir que as mulheres se submetem a ela. Durante este estudo verifica-se que a prática é violadora dos direitos humanos de mulheres e crianças e que é necessário erradica-la, por todas as consequências e riscos para a saúde que ela acarreta, no entanto esta erradicação da mutilação genital feminina não pode ser imposta às sociedades que a praticam, mas sim, tem de ser alcançada através de um dialogo intercultural que permita às comunidades perceberem que esta prática não é benéfica e que as suas crenças não são, totalmente, correctas, mas também faze-las entender que o facto de estarem a abdicar de uma prática cultural que as caracteriza não estão a descaracterizar ou a abdicar da sua cultura como um todo.
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013-06
2013
2013-06-01T00:00:00Z
2014-12-19T18:13:11Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://hdl.handle.net/10400.6/2828
url http://hdl.handle.net/10400.6/2828
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799136341540208640