Traumatismo Fechado da Aorta. Revisão de Casos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | , , , , , , , , , , |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.17/4578 |
Resumo: | Introdução: O traumatismo fechado da aorta (TFA) é uma causa major de mortalidade no trauma de alta velocidade. Embora a maior parte dos casos resulte em morte instantânea, o TFA pode estar presente em doentes politraumatizados e um elevado índice de suspeição é necessário. O tratamento endovascular oferece vantagens significativas e é actualmente o standard of care. O objectivo deste estudo é avaliar a nossa experiência institucional no tratamento endovascular do TFA. Métodos: Foi feita uma análise retrospectiva dos dados de alta dos doentes admitidos por TFA entre os anos de 2010 e 2019 da base de dados administrativa da nossa instituição (centro de trauma de nível 1). Foi usado o código de procedimento 39.73 – implantação endovascular de enxerto na aorta torácica e cruzado com os registos hospitalares para identificar todos os casos de TFA. Os dados de seguimento foram retirados dos processos clínicos. Os endpoints primários foram primary technical and clinical success. Os endpoints secundários foram tempo para o diagnóstico para tratamento cirúrgico relativamente ao evento traumático, mortalidade, ongoing primary clinical success, e detalhes do procedimento (revascularização do membro superior, drenagem de líquido cefalorraquidiano, heparinização sistémica, oversizing). Resultados: Identificámos seis doentes com TFA que foram submetidos a TEVAR entre 2010 e 2019. Todos foram vítimas de trauma de desaceleração de alto impacto, tinham idades entre os 24 e os 57 anos, e eram previamente saudáveis. Lesões major estavam presentes em todos (Injury Severity Score 14–57). Todos os doentes foram submetidos a AngioTC à admissão, o que permitiu o diagnóstico precoce e o tratamento em menos de 24 horas em todos excepto um (que foi tratado nas primeiras 48 horas). Lesões de grau III estavam presentes em todos os doentes. Todos os doentes foram submetidos a TEVAR com 100% de primary technical and clinical success. Três doentes tinham lesões que se estendiam acima da artéria subclávia, pelo que foi necessária exclusão da mesma, mas nenhum doente foi submetido a revascularização do membro superior. Não foi usada drenagem de líquido cefalorraquidiano em nenhum doente e não houve eventos neurológicos. Metade dos doentes foram submetidos a heparinização sistémica durante o procedimento. O oversizing médio foi de 16% (10–35%). Não houve mortalidade hospitalar nem mortalidade durante o follow-up (duração média de 35,5 meses com IIQ de 84,5 meses) e o ongoing primary clinical success é de 100%. Conclusão: O tratamento endovascular é seguro e eficaz para os casos de TFA, mesmo em doentes politraumatizados, e são expectáveis bons resultados a médio prazo. As especificações do procedimento tal como a necessidade de revascularização do membro superior, uso de drenagem de líquido cefalorraquidiano, oversizing e heparinização sistémica ainda não estão bem definidas. As consequências a longo prazo ainda necessitam clarificação. |
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Traumatismo Fechado da Aorta. Revisão de CasosTraumatic Thoracic Aortic Injury. A Case SeriesHSM CIR VASCTraumatismoAortaIntrodução: O traumatismo fechado da aorta (TFA) é uma causa major de mortalidade no trauma de alta velocidade. Embora a maior parte dos casos resulte em morte instantânea, o TFA pode estar presente em doentes politraumatizados e um elevado índice de suspeição é necessário. O tratamento endovascular oferece vantagens significativas e é actualmente o standard of care. O objectivo deste estudo é avaliar a nossa experiência institucional no tratamento endovascular do TFA. Métodos: Foi feita uma análise retrospectiva dos dados de alta dos doentes admitidos por TFA entre os anos de 2010 e 2019 da base de dados administrativa da nossa instituição (centro de trauma de nível 1). Foi usado o código de procedimento 39.73 – implantação endovascular de enxerto na aorta torácica e cruzado com os registos hospitalares para identificar todos os casos de TFA. Os dados de seguimento foram retirados dos processos clínicos. Os endpoints primários foram primary technical and clinical success. Os endpoints secundários foram tempo para o diagnóstico para tratamento cirúrgico relativamente ao evento traumático, mortalidade, ongoing primary clinical success, e detalhes do procedimento (revascularização do membro superior, drenagem de líquido cefalorraquidiano, heparinização sistémica, oversizing). Resultados: Identificámos seis doentes com TFA que foram submetidos a TEVAR entre 2010 e 2019. Todos foram vítimas de trauma de desaceleração de alto impacto, tinham idades entre os 24 e os 57 anos, e eram previamente saudáveis. Lesões major estavam presentes em todos (Injury Severity Score 14–57). Todos os doentes foram submetidos a AngioTC à admissão, o que permitiu o diagnóstico precoce e o tratamento em menos de 24 horas em todos excepto um (que foi tratado nas primeiras 48 horas). Lesões de grau III estavam presentes em todos os doentes. 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As especificações do procedimento tal como a necessidade de revascularização do membro superior, uso de drenagem de líquido cefalorraquidiano, oversizing e heparinização sistémica ainda não estão bem definidas. As consequências a longo prazo ainda necessitam clarificação.Introduction: Traumatic Thoracic Aortic Injury (TTAI) is a major cause of mortality in high-velocity trauma. While most cases result in instant death, TTAI may be present in patients with multiple traumatic injuries and therefore a high index of suspicion is necessary. Endovascular treatment offers significant advantages in this context and is now standard of care. The purpose of this study is to review our contemporary institutional experience with endovascular repair of TTAI. Methods: A retrospective analysis of discharge data for patients admitted with TTAI between 2010 and 2019 was performed from our institutional administrative database (level 1 trauma center). We extracted ICD-9 procedure code 39.73 — endovascular implantation of graft in the thoracic aorta and cross-checked with hospital registries to identify all TTAI cases. Follow-up was extracted from patient charts. The primary endpoints were primary technical and clinical success. Secondary endpoints were time to diagnosis and to surgical procedure relative to traumatic event, overall mortality, ongoing primary clinical success, and procedural details (upper limb revascularization, spinal drainage, systemic heparinization and endograft oversizing). Results: We identified six patients with TTAI who underwent TEVAR between 2010 and 2019. All were victims of high impact deceleration trauma, aged between 24 and 57 years old, and otherwise healthy. Additional major injuries were present in all patients (Injury Severity Score 14–57). All patients were submitted to CTA at admission which allowed for early diagnosis of TTAI and treatment in less than 24 hours in all cases expect one (which was treated in the first 48 hours). Grade III lesions were present in all six patients. All patients underwent TEVAR with 100% technical and clinical success. Three patients had a lesion that extended above the subclavian artery and consequently required subclavian coverage, but no patient was submitted to upper limb revascularization. Spinal drainage was not used in any case and there were no neurologic events. Half the patients were submitted to the procedure under systemic heparinization. The median oversizing of the endograft was 16% (10–35%). There was no in-hospital mortality nor mortality during follow-up (median duration of 35,5 months with an IIQ of 84,5 months) and the ongoing primary clinical success is 100%. Conclusion: Endovascular repair is a safe and effective therapy for TTAI even in patients with multiple trauma, and good mid-term results are expected. The procedure specifications such as the need for upper limb revascularization, use of spinal drainage, endograft oversizing, and systemic heparinization are still unclear. The long-term consequences need to be clarified.Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia VascularRepositório do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Central, EPEGarcia, RBastos Gonçalves, FFerreira, RCamacho, NCatarino, JVieira, ICorreia, RBento, RPais, FRibeiro, TCardoso, JFerreira, ME2023-06-26T14:45:28Z2021-062021-06-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.17/4578porAngiol Cir Vasc. 2021;17(2):97-102info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-02T03:45:12Zoai:repositorio.chlc.min-saude.pt:10400.17/4578Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:02:16.007761Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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