Hospitalização Domiciliária: Balanço de um Ano da Primeira Unidade Portuguesa

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha,Vitória
Data de Publicação: 2017
Outros Autores: Escarigo,Maria Conceição, Correia,João, Nortadas,Rita, Azevedo,Pedro Correia, Beirão,Pedro, Gomes,Ana, Delerue,Francisca
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0872-671X2017000400008
Resumo: Introdução:A hospitalização domiciliária é uma alternativa ao internamento convencional de doentes agudos que surgiu na década de 40 do século XX nos Estados Unidos da América. Tem crescido a adesão dos hospitais americanos e europeus a esta abordagem, que se provou segura, eficaz, e com capacidade de resposta a um grande número de patologias médicas agudas evitando todos os problemas inerentes ao internamento convencional. Material e Médodos:Em Portugal, o Hospital Garcia de Orta foi pioneiro na criação deste conceito com a abertura da Unidade de Hospitalização Domiciliária (UHD), em 2015, e ao fim de um ano tem já uma experiência consolidada com um número crescente de utentes admitidos com patologia médica aguda variada. Os autores apresentam neste artigo a casuística de um ano de internamento. Resultados: Durante esse período estiveram internados 281 doentes, 52,0% do sexo feminino e 67,4 anos de idade média. A demora média de internamento foi de 8,7 dias e a maioria dos doentes provieram do serviço de urgência. Destacou-se a pluripatologia, a polifarmácia e complexidade crescente dos doentes admitidos. O diagnóstico mais frequente foi a pneumonia adquirida na comunidade. Registaram-se poucas intercorrências ao longo do internamento e em 22 casos (7,8%) houve necessidade de retorno ao hospital. Na alta, a maioria dos doentes foi referenciado para a consulta externa hospitalar. Aos 30 dias após alta a estabilidade clinica predominou. Conclusão: Este modelo de internamento tem demonstrado potencial para abarcar cada vez mais doentes e a experiência da primeira unidade portuguesa irá com certeza contribuir para a expansão a outros hospitais do país.
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