Ensaios não destrutivos no betão auto-compatável

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Costa, João José Barbosa da
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3547
Resumo: As misturas de betões auto-compactáveis (BAC) apresentam algumas especificidades face aos betões correntes vibrados, nomeadamente uma maior dosagem de pasta e de argamassa e, consequentemente, um menor volume de agregados grossos. A máxima dimensão dos agregados grossos é também reduzida nos BAC para prevenir o efeito de bloqueio em passagens estreitas. Tais especificidades são susceptíveis de afectar os resultados dos ensaios não destrutivos. A presente investigação teve por objectivo avaliar a aplicabilidade de alguns ensaios não destrutivos em betões auto-compactáveis para estimar a resistência à compressão do betão “in situ” e analisar a validade das correlações já existentes para betões correntes vibrados. Com este propósito, seleccionaram-se alguns métodos de ensaio não destrutivos tendo em vista a robustez dos ensaios, a facilidade de execução, a fiabilidade dos resultados e, sobretudo, o aspecto económico e a sua disponibilidade nos laboratórios do DECA da UBI. Os ensaios seleccionados incluíram: o ensaio de medição da velocidade de propagação de ultrasons através do aparelho “PUNDIT”, o ensaio de dureza superficial através do esclerómetro de Shmidt Tipo N, o ensaio da força de arranque utilizando o sistema de “Lok-Test” e ainda o ensaio de avaliação da maturidade do betão utilizando o “COMA-meter”. O programa de ensaios experimental incluiu a aplicação dos ensaios não destrutivos num único tipo de betão nas idades de 1, 2, 3, 7, 14, 28 e 94 dias. Concomitantemente com a aplicação dos ensaios não destrutivos em cada uma das idades listadas, foram efectuados ensaios à compressão de cubos de betão com 150 mm de aresta. A gama de resistências à compressão do betão avaliada situou-se entre os 45 MPa e os 97 MPa. Foram estabelecidas correlações entre as leituras dos ensaios não destrutivos e a resistência à compressão, foram apresentados os limites de confiança de 90% e 95% para essas correlações e foi efectuada a análise da variabilidade dos ensaios. Os resultados obtidos evidenciaram boas correlações entre a resistência à compressão e as leituras dos ensaios não destrutivos.
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