Que faremos com estas bibliotecas?
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.21/9303 |
Resumo: | As políticas culturais têm marcado de modo diverso as realidades nacionais e locais das bibliotecas públicas e da leitura pública. Materializando e multiplicando exemplos concretos – desde instituições centenárias na Europa e no mundo ocidental até projetos recentes espalhados por países, regiões e contextos socioculturais –, as bibliotecas têm exercido um papel relevante nos serviços públicos às populações, como lugares de cultura, lazer, aprendizagem, informação, formação e sociabilidade. Como nenhuma outra, se excetuarmos a função de repositório, a leitura aparece indissociavelmente ligada à finalidade das bibliotecas, assimilando-se a um tropo funcional da sua própria definição. A representação imagética da leitura tem-se mantido ocupada pelo livro (objeto e símbolo), expressão máxima da leitura como competência cognitiva e interpretativa e como elemento vetusto e conferente de estatuto. A relação da leitura com estes aspetos de organização social e de acesso a bens culturais, sua apropriação e circulação, bem como a sua imbricação na realidade histórica das bibliotecas constitui desde cedo um tópico do exercício do poder, particularmente visível no contexto da modernidade. O advento da leitura pública como desígnio de projetos nacionais, alicerçados pela qualificação da população e apontados à sua elevação cultural e intelectual, sedimenta a ideia de que cabe aos poderes públicos organizar a relação com o objeto leitural capaz de induzir a transformação humana. No quadro destas reconfigurações insere-se a biblioteca. |
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