Atuação médico-veterinária no âmbito da educação para a saúde no bioterrorismo face aos conhecimentos e atitudes da população
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10348/10798 |
Resumo: | O bioterrorismo pode ser definido como o uso, ou ameaça de uso, de microrganismos ou das suas toxinas contra seres humanos, animais ou plantas, por indivíduos ou grupos motivados por política, religião, ecologia, ou outros objetivos ideológicos. Este tipo de terrorismo continua a ser uma possibilidade, sendo necessária preparação para potenciais ataques com agentes biológicos, dos quais cerca de três quartos são zoonóticos. Assim, a atuação médico-veterinária é fundamental na vigilância da saúde animal e com um papel preponderante na saúde pública. Nesta dissertação pretende-se identificar os pontos de atuação médico-veterinária no âmbito da educação para a saúde no bioterrorismo face aos conhecimentos e atitudes apresentados pela população. Para tal, efetuou-se um estudo transversal descritivo entre outubro de 2019 e janeiro de 2020 com o objetivo de obter informação sobre o conhecimento e nível de preparação dos cidadãos portugueses em relação ao bioterrorismo, através da realização de inquéritos. No total participaram no estudo 198 indivíduos. Destes, 46,0% não sabiam o que era ou nunca tinham ouvido falar em ataques bioterroristas e 80,3% não tinham conhecimento sobre as doenças que podem ser provocadas por este tipo de atentado. Dos inquiridos, 77,8% não se consideravam preparados para atuar e 26,8% referiram um desconhecimento total no que diz respeito a usar equipamentos de proteção individual. A quase totalidade dos inquiridos desconhecia os planos locais de Proteção Civil e se existem locais previstos para receberem a sua família e/ou os seus animais (94,4%) e não tinha um plano de emergência familiar ao qual recorrer (97%) numa situação de bioterrorismo. Apenas 9,6% dos respondentes afirmaram possuir um kit de emergência para animais. Os resultados obtidos indicam a desinformação e impreparação da comunidade, apelando à criação de legislação e planos de atuação que englobem os médicos veterinários e que sejam amplamente difundidos pela comunidade. Instigam também para o alerta e educação destes profissionais neste âmbito para que possam transmitir os seus conhecimentos à população, mitigando as consequências negativas de potenciais ataques bioterroristas, promovendo a saúde animal e humana. |
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Atuação médico-veterinária no âmbito da educação para a saúde no bioterrorismo face aos conhecimentos e atitudes da populaçãoBioterrorismoAtuação Médico-VeterináriaO bioterrorismo pode ser definido como o uso, ou ameaça de uso, de microrganismos ou das suas toxinas contra seres humanos, animais ou plantas, por indivíduos ou grupos motivados por política, religião, ecologia, ou outros objetivos ideológicos. Este tipo de terrorismo continua a ser uma possibilidade, sendo necessária preparação para potenciais ataques com agentes biológicos, dos quais cerca de três quartos são zoonóticos. Assim, a atuação médico-veterinária é fundamental na vigilância da saúde animal e com um papel preponderante na saúde pública. Nesta dissertação pretende-se identificar os pontos de atuação médico-veterinária no âmbito da educação para a saúde no bioterrorismo face aos conhecimentos e atitudes apresentados pela população. Para tal, efetuou-se um estudo transversal descritivo entre outubro de 2019 e janeiro de 2020 com o objetivo de obter informação sobre o conhecimento e nível de preparação dos cidadãos portugueses em relação ao bioterrorismo, através da realização de inquéritos. No total participaram no estudo 198 indivíduos. Destes, 46,0% não sabiam o que era ou nunca tinham ouvido falar em ataques bioterroristas e 80,3% não tinham conhecimento sobre as doenças que podem ser provocadas por este tipo de atentado. Dos inquiridos, 77,8% não se consideravam preparados para atuar e 26,8% referiram um desconhecimento total no que diz respeito a usar equipamentos de proteção individual. A quase totalidade dos inquiridos desconhecia os planos locais de Proteção Civil e se existem locais previstos para receberem a sua família e/ou os seus animais (94,4%) e não tinha um plano de emergência familiar ao qual recorrer (97%) numa situação de bioterrorismo. Apenas 9,6% dos respondentes afirmaram possuir um kit de emergência para animais. Os resultados obtidos indicam a desinformação e impreparação da comunidade, apelando à criação de legislação e planos de atuação que englobem os médicos veterinários e que sejam amplamente difundidos pela comunidade. Instigam também para o alerta e educação destes profissionais neste âmbito para que possam transmitir os seus conhecimentos à população, mitigando as consequências negativas de potenciais ataques bioterroristas, promovendo a saúde animal e humana.Bioterrorism can be defined as the use, or threat of use, of microorganisms or their toxins against humans, animals or plants, by individuals or groups motivated by politics, religion, ecology, or other ideological goals. This type of terrorism remains a possibility, requiring preparation for potential attacks with biological agents, of which about three quarters are zoonotic. Thus, the veterinary practice is essential in the surveillance of animal health and has a predominant role in public health. This thesis intends to identify the essential points in veterinary practice in the scope of health education in bioterrorism based on the knowledge and attitudes presented by the population. To this end, a cross-sectional descriptive study was carried out between October 2019 and January 2020 with the aim of obtaining information on the knowledge and level of preparation of Portuguese citizens in relation to bioterrorism, by conducting surveys. In total, 198 individuals participated in this study. Of these, 46.0% did not know what it was or had never heard of bioterrorist attacks and 80.3% had no knowledge about the diseases that can be caused by this type of attack. Of the respondents, 77.8% did not consider themselves prepared to act and 26.8% referred to a total lack of knowledge regarding the use of personal protective equipment. Almost all respondents were unaware of the Civil Protection local plans and whether there are planned places to receive their family and/or their animals (94.4%) and did not have a family emergency plan to which resort (97%) in a bioterrorism situation. Only 9.6% of respondents claimed to have an emergency kit for animals. The obtained results suggest the community's lack of information and preparation, calling for the creation of legislation and action plans that include veterinarians and that are widely spread out through the community. They also instigate the alerting and educating of these professionals in this area so that they can transmit their knowledge to the population, mitigating the negative consequences of potential bioterrorist attacks, promoting animal and human health.2021-11-11T16:17:35Z2020-06-12T00:00:00Z2020-06-12info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10348/10798TID:202601269porSantos, Helena Isabel Ferreirainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-02T12:45:05Zoai:repositorio.utad.pt:10348/10798Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:03:54.876870Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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