XXIX Congresso Técnico Científico da APTN

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Batalha, Nuno
Data de Publicação: 2005
Outros Autores: Cardoso, Luís, Silva, António, Alves, Francisco
Tipo de documento: Artigo de conferência
Idioma: eng
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10174/2080
Resumo: É opinião unânime na comunidade científica que a mão é uma superfície corporal de extrema importância para a criação de resultantes propulsivas na NPD, coincidindo as suas acelerações e desacelerações com mudanças similares nas velocidades de deslocamento do Centro de Massa (CM). Na realidade, se considerarmos que pequenas variações na aceleração da mão em determinadas fases da braçada, assim como alterações aparentemente insignificantes no posicionamento dos segmento em relação ao fluído envolvente têm consequências exponencialmente superiores na resultante propulsiva, é fácil entender a razão pela qual a mão tem sido alvo de diversos estudos. O objectivo deste trabalho foi caracterizar o padrão de deslocamento das mãos em nadadores de mariposa de nível nacional e internacional. Tendo em conta que o referido perfil resulta de uma combinação de movimento nos três planos espaciais (transversal -X, vertical -Z e sagital -Y), optámos por efectuar uma análise da velocidade média das mãos nas suas diversas componentes direccionais. Os nadadores apresentam o seguinte padrão de deslocamento das mãos durante o trajecto subaquático: - Inicialmente, durante a ALE, aceleram as mãos para a frente, para baixo e para fora. - Durante a realização da PU os nadadores mudam a direcção da mão de anterior para posterior e também de fora para dentro, mantendo o deslocamento para baixo. - Durante a AA, mantém-se a direcção antero-posterior da velocidade da mão, alterando-se o deslocamento de baixo para cima. Os nadadores mais rápidos são os que iniciam as trajectórias antero-posteriores das mãos durante a realização da ALE, o que significa que iniciam o “agarre” e a sua trajectória antero-posterior mais cedo. As componentes direccionais da mão mais importantes para a criação de força propulsiva ocorrem durante as fases mais propulsivas do trajecto subaquático, estando relacionadas com trajectórias antero-posteriores e verticais (correlações com significado estatístico no que respeita a deslocamentos antero-posteriores e verticais - para cima). O valor médio da velocidade horizontal do CM revela um perfil que aumenta desde a entrada até à AA, decrescendo durante a recuperação. Os valores médios superiores ocorreram na AA. A correlação negativa encontrada entre a VN e a duração relativa e absoluta da PU indica-nos que será benéfico efectuar a referida acção com uma velocidade das mãos elevada, traduzindo-se por uma curta duração da PU. No entanto, teremos que ter em consideração que os valores médios da velocidade resultante das mãos aumentam progressivamente durante a realização do trajecto subaquático, sendo o valor médio máximo obtido durante a realização da AA. As acções mais propulsivas do percurso subaquático (PU e AA) são as que apresentam uma menor duração relativa, sendo simultaneamente aquelas em que se verificam valores superiores de velocidade das mãos.
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