Luto na terceira idade após viuvez
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/1648 |
Resumo: | Com este trabalho pretende-se percecionar, numa população em estudo, qual das técnicas de coping, social (não religioso) e/ou religioso, é a mais utilizada para se ultrapassar o luto após viuvez, bem como perceber se as mesmas são influenciadas ou não pelas diferentes variáveis sócio-demográficas. Aplicou-se um questionário a um grupo de 60 idosos que passam ou passaram por um processo de luto após viuvez. O mesmo é constituído por três partes, a primeira avaliava variáveis sócio-demográficas, a segunda, baseada no questionário QSL (este permite perceber as mudanças e transformações que ocorrem na vida das pessoas em luto) e, a terceira baseiase no questionário CASQ (este visa a construção de um instrumento que possibilita avaliar o coping de forma ampla e em diversas áreas, permite portanto avaliar tendências na utilização de determinadas estratégias de coping quando frente a situações de stress). Dos 60 idosos, 51 são do sexo feminino (85%) e 9 do sexo masculino (15%). 90% está viúvo (a) há mais de 2 anos, apenas 1,7% está viúvo (a) entre 6 meses e 1 ano e, 3,3% está viúvo (a) entre 0 e 6 meses. Após análise estatística dos dados obtidos nos questionários extraíram-se os seguintes resultados, tendo sempre em conta um nível de significância de 0,05: a maioria dos idosos (66,6%) viúvos há menos de um ano, quando questionados sobre como estavam a lidar com a perda, responde que é muito difícil mas está a sobreviver e, os viúvos há mais de 1 ano, a maioria (60%) afirma que nunca se irá sentir melhor e não quer recomeçar a vida. Os 60 idosos quando inquiridos sobre se as suas relações com os outros tinham mudado após a perda, tendem a referir que não há alterações e, apresentam os seguintes resultados: 61,7% refere que não, de modo algum; 35% afirma que sim, para melhor e, apenas 3,3% diz que sim mas para pior. E por ultimo, relativamente à questão “a experiência de dor pela qual passou alterou a sua forma de estar na vida?” a maioria (45%) dos idosos indica que não, de modo algum; 23,3% afirma que sim, para melhor e, 31,7% indica que sim mas para pior. Posteriormente, através de uma análise factorial foi possível extrair dois fatores, o que confirmou a existência de apenas dois tipos de coping (coping social e religioso). Verificou-se ainda, que o coping religioso não interfere no processo de luto. Quanto ao coping social, este também não interfere no processo de luto e, a experiência de dor pela qual os idosos inquiridos passaram não alterou a forma de estarem na vida. |
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O mesmo é constituído por três partes, a primeira avaliava variáveis sócio-demográficas, a segunda, baseada no questionário QSL (este permite perceber as mudanças e transformações que ocorrem na vida das pessoas em luto) e, a terceira baseiase no questionário CASQ (este visa a construção de um instrumento que possibilita avaliar o coping de forma ampla e em diversas áreas, permite portanto avaliar tendências na utilização de determinadas estratégias de coping quando frente a situações de stress). Dos 60 idosos, 51 são do sexo feminino (85%) e 9 do sexo masculino (15%). 90% está viúvo (a) há mais de 2 anos, apenas 1,7% está viúvo (a) entre 6 meses e 1 ano e, 3,3% está viúvo (a) entre 0 e 6 meses. Após análise estatística dos dados obtidos nos questionários extraíram-se os seguintes resultados, tendo sempre em conta um nível de significância de 0,05: a maioria dos idosos (66,6%) viúvos há menos de um ano, quando questionados sobre como estavam a lidar com a perda, responde que é muito difícil mas está a sobreviver e, os viúvos há mais de 1 ano, a maioria (60%) afirma que nunca se irá sentir melhor e não quer recomeçar a vida. Os 60 idosos quando inquiridos sobre se as suas relações com os outros tinham mudado após a perda, tendem a referir que não há alterações e, apresentam os seguintes resultados: 61,7% refere que não, de modo algum; 35% afirma que sim, para melhor e, apenas 3,3% diz que sim mas para pior. E por ultimo, relativamente à questão “a experiência de dor pela qual passou alterou a sua forma de estar na vida?” a maioria (45%) dos idosos indica que não, de modo algum; 23,3% afirma que sim, para melhor e, 31,7% indica que sim mas para pior. Posteriormente, através de uma análise factorial foi possível extrair dois fatores, o que confirmou a existência de apenas dois tipos de coping (coping social e religioso). Verificou-se ainda, que o coping religioso não interfere no processo de luto. Quanto ao coping social, este também não interfere no processo de luto e, a experiência de dor pela qual os idosos inquiridos passaram não alterou a forma de estarem na vida.The objective of this academic work is to understand in the population studied which of the social and/or religious coping techniques are most used to overcome the grief caused by the bereavement of the spouse. We also intend to see whether those techniques and strategies are influenced or not by some relevant social-demographic variables. We submitted a questionnaire to 60 elderly people who had lost their spouse in the (relatively) recent past. This questionnaire consists of three parts, the first of which defines socio-demographic variables, the second, based on the questionnaire QSL, aims to understand the changes which happen in their lives after the bereavement, and the third is based on the questionnaire CASQ, which intends to develop an instrument which can assess the coping process in a broader way and in diverse areas. It thus enables us to assess tendencies in the use of certain coping strategies when people face stress situations. Of the 60 elderly people interviewed, 51 are female (85%) and 9 are male (15%). 90% has been widowed since more than two years, only one person (1.7%) has been widowed between 6 months and a year and two persons (3.3%) lost their spouses in the period between zero and six months before the interview. The remaining three lost their spouses between one and two years before the research. The questions asked dealt with the handling with the death of the spouses, the relationship of the interviewees with other people, and about possible changes in their lives resulting from the loss of their spouses. The data obtained in the questionnaires were analyzed statistically, and the results found always had a significance level of 0.05. With a factoral analysis it was then possible to distinguish two factors, which confirmed the existence of only two types of coping: social coping and religious coping. It was also concluded that religious coping does not interfere with the mourning process. Regarding social coping, this also does not interfere in the mourning process and the experience of suffering did not change their way of being in life.Universidade da Beira InteriorSchouten, Maria Johanna ChristinauBibliorumTeodósio, Ana Isabel Silveira2014-03-26T14:39:26Z2013-102013-10-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/1648TID:201272300porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:37:18Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/1648Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:43:26.161127Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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