Influência do estatuto socioeconómico nas expectativas de papel de género face à dor: um estudo de metodologia mista
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/19063 |
Resumo: | A dor crónica afeta 37% da população portuguesa. Contudo, não afeta os indivíduos de forma homogénea e alguns dos grupos que estão em maior risco psicossocial são mulheres e pessoas de baixo estatuto socioeconómico. Posto isto, o objetivo geral deste trabalho é analisar de que forma o estatuto socioeconómico (ESE) influencia as expectativas de papel de género no contexto da dor, ou seja, se as expectativas de papel de género são diferentes para mulheres e homens de diversos ESE. Participaram neste estudo 227 participantes (56.83% mulheres), com uma média de idade 37.52 anos (DP = 14.07). Foi utilizada uma metodologia mista para investigar a influência do ESE nas expectativas de papel de género na dor na (a) sensibilidade; (b) tolerância; (c) disposição para expressar dor; e (d) estratégias de coping. Análises de variância (ANOVA) permitiram concluir que existe um efeito triplo de interação entre sexo e ESE da pessoa com dor e sexo do participante na tolerância à dor, mas não na sensibilidade nem disposição para expressar dor. Uma análise de conteúdo seguida de testes qui-quadrado permitiram identificar uma influência do ESE nas expectativas de papel de género nas estratégias de coping com a dor, nomeadamente, sobre as estratégias: (a) focadas na atividade, movimento ou postura; (b) de procura de apoio especializado; (c) focadas no ambiente/contexto; (d) físicas/periféricas de autogestão da dor; e (e) focadas na realização de atividades prazerosas. Concluindo, foi dado um primeiro passo na compreensão da influência do ESE nas expectativas de papel de género no contexto de dor crónica, contribuindo para um melhor entendimento dos significados e processos subjacentes a potenciais disparidades sociais nos processos de avaliação da dor de outros. |
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Influência do estatuto socioeconómico nas expectativas de papel de género face à dor: um estudo de metodologia mistaExpectativas de papel de géneroEstatuto socioeconómicoInterseccionalidadeDor crónicaMetodologia mistaExpectationsSocioeconomic statusIntersectionalityChronic painMixed methodologyA dor crónica afeta 37% da população portuguesa. Contudo, não afeta os indivíduos de forma homogénea e alguns dos grupos que estão em maior risco psicossocial são mulheres e pessoas de baixo estatuto socioeconómico. Posto isto, o objetivo geral deste trabalho é analisar de que forma o estatuto socioeconómico (ESE) influencia as expectativas de papel de género no contexto da dor, ou seja, se as expectativas de papel de género são diferentes para mulheres e homens de diversos ESE. Participaram neste estudo 227 participantes (56.83% mulheres), com uma média de idade 37.52 anos (DP = 14.07). Foi utilizada uma metodologia mista para investigar a influência do ESE nas expectativas de papel de género na dor na (a) sensibilidade; (b) tolerância; (c) disposição para expressar dor; e (d) estratégias de coping. Análises de variância (ANOVA) permitiram concluir que existe um efeito triplo de interação entre sexo e ESE da pessoa com dor e sexo do participante na tolerância à dor, mas não na sensibilidade nem disposição para expressar dor. Uma análise de conteúdo seguida de testes qui-quadrado permitiram identificar uma influência do ESE nas expectativas de papel de género nas estratégias de coping com a dor, nomeadamente, sobre as estratégias: (a) focadas na atividade, movimento ou postura; (b) de procura de apoio especializado; (c) focadas no ambiente/contexto; (d) físicas/periféricas de autogestão da dor; e (e) focadas na realização de atividades prazerosas. Concluindo, foi dado um primeiro passo na compreensão da influência do ESE nas expectativas de papel de género no contexto de dor crónica, contribuindo para um melhor entendimento dos significados e processos subjacentes a potenciais disparidades sociais nos processos de avaliação da dor de outros.Chronic pain affects 37% of the Portuguese population. However, it does not affect the individuals homogeneously and the groups that are most at risk are women and low-educated individuals. Thus, the purpose of this study was to understand how socioeconomic status (SES) influences gender role expectations in the context of pain, i.e., whether gender role expectations are different for women and men from various SES. A total of 227 individuals participated in this study (56.83% women), with an age average of 37.52 years (SD = 14.07). A mixed method approach was used to investigate the influence of SES on gender role expectations on pain (a) sensitivity; (b) tolerance; (c) willingness to express pain; and (d) coping strategies. Analysis of variance (ANOVA) concluded that there was a triple interaction effect between sex and SES of the person with chronic pain and participant’s sex on pain tolerance, but not on sensitivity or willingness to express pain. A content analysis followed by chi-square analyses identified an influence of SES on gender role expectations regarding pain coping strategies: (a) focused on activity, movement or posture; (b) seeking specialized support; (c) focused on environment/context; (d) physical/peripheral pain self-management; and (e) focused on engaging in pleasurable activities. In conclusion, a first step was taken in understanding the influence of SES on gender role expectations in the context of chronic pain, which contributes to a better understanding of the meanings and processes underlying potential social disparities in the pain assessment processes of others.2019-12-11T10:36:40Z2019-11-22T00:00:00Z2019-11-222019-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/19063TID:202313670porLúcio, Margarida Jarego de Amoriminfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:51:05Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/19063Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:25:17.140171Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A dor crónica afeta 37% da população portuguesa. Contudo, não afeta os indivíduos de forma homogénea e alguns dos grupos que estão em maior risco psicossocial são mulheres e pessoas de baixo estatuto socioeconómico. Posto isto, o objetivo geral deste trabalho é analisar de que forma o estatuto socioeconómico (ESE) influencia as expectativas de papel de género no contexto da dor, ou seja, se as expectativas de papel de género são diferentes para mulheres e homens de diversos ESE. Participaram neste estudo 227 participantes (56.83% mulheres), com uma média de idade 37.52 anos (DP = 14.07). Foi utilizada uma metodologia mista para investigar a influência do ESE nas expectativas de papel de género na dor na (a) sensibilidade; (b) tolerância; (c) disposição para expressar dor; e (d) estratégias de coping. Análises de variância (ANOVA) permitiram concluir que existe um efeito triplo de interação entre sexo e ESE da pessoa com dor e sexo do participante na tolerância à dor, mas não na sensibilidade nem disposição para expressar dor. Uma análise de conteúdo seguida de testes qui-quadrado permitiram identificar uma influência do ESE nas expectativas de papel de género nas estratégias de coping com a dor, nomeadamente, sobre as estratégias: (a) focadas na atividade, movimento ou postura; (b) de procura de apoio especializado; (c) focadas no ambiente/contexto; (d) físicas/periféricas de autogestão da dor; e (e) focadas na realização de atividades prazerosas. Concluindo, foi dado um primeiro passo na compreensão da influência do ESE nas expectativas de papel de género no contexto de dor crónica, contribuindo para um melhor entendimento dos significados e processos subjacentes a potenciais disparidades sociais nos processos de avaliação da dor de outros. |
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