Referenciação dos Cuidados de Saúde Primários a um Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental no Interior de Portugal

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bismarck, Luis
Data de Publicação: 2020
Outros Autores: Marques, Ana Rita
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25752/psi.13391
Resumo: Objectivos: Caracterizar as referenciações efetuadas pelos cuidados de saúde primários à consulta do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Local de Saúde da Guarda. Tipo de Estudo: Estudo observacional descritivo, de corte transversal. População: Foram incluídas no estudo todas as referenciações provenientes dos cuidados de saúde primários, via ALERT P1® à consulta externa do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da Unidade Local de Saúde da Guarda, de 01/01/2014 a 30/11/2015. Métodos: Análise descritiva das variáveis: idade, sexo, motivo de referenciação, prioridade de referenciação, prioridade atribuída pelo triador, motivo de recusa do pedido, tempo de espera, comparência do utente e a qualidade da referenciação. Resultados: O estudo incluiu 163 referenciações, sendo 64,4% de utentes do sexo feminino. O grupo etário mais referenciado foi o dos 35 aos 39 anos de idade. O motivo de referenciação mais frequente foi “perturbação depressiva” (37,4%). De todos os pedidos, 11.7% foram considerados urgentes pelo médico de família, mas destes, apenas 5.5% foram considerados prioritários pelo triador. Apenas 2,5% das consultas foram recusadas. O tempo médio de agendamento das consultas foi de 83 dias e para as consultas prioritárias de 64 dias. No que respeita à qualidade da referenciação, 32,5% destas foram classificadas como “más”, 25,2% como “boas” e as restantes como “aceitáveis” (42.3%). Nas primeiras consultas marcadas (160), os doentes não compareceram em 44,8% dos agendamentos. Conclusões: Com esta análise concluímos que a qualidade das referenciações pode ser melhorada, assim como a comunicação entre pares. O médico de família deve ter em conta que estas são uma via essencial de comunicação, pois delas depende a qualidade dos cuidados prestados. Levantaram-se algumas questões suscetíveis de serem estudadas, como a explicação da baixa taxa de efetivação da consulta de psiquiatria.
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