Arquitetura, o que ninguém nos pede do duelo ao dueto da linguagem

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ana Catarina Gomes Marques da Silva
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/10216/157614
Resumo: O presente estudo propõe-se a explorar a relação transgressora entre as restrições e as ambições de uma arquitetura. Sugere-se a distinção entre duas linguagens: a primeira linguagem (das condições humanas) e a segunda linguagem (da disciplina arquitetónica) - noções introduzidas por Koji Taki no ensaio "The language of a house" (em anexo). Desafia-se a noção de que a arquitetura seja uma resposta a um conjunto pré-definido de condições. Sugere-se que este "conjunto pré-definido de condições" seja entendido como a oportunidade ideal para a possibilidade de arquitetura. Propõe-se que a verdadeira arquitetura exista nas oportunidades de superação destas condições à priori. Questiona-se se a arquitetura será algo que ninguém pediu, mas que alguém teve o cuidado de pensar. Por outras palavras, se o mundo pede uma realidade específica, concreta e mensurável...deve o arquiteto ambicionar ir além da comissão? Procura-se responder a esta pergunta numa estrutura tripartida: o primeiro capítulo apresenta o problema (O Duelo: primeira linguagem e segunda linguagem); o segundo capítulo sugere os três apoios fundamentais para resolução esse problema (O Tripé: autor - projeto - representação) com fundamento na "Retórica" da Aristóteles; o terceiro e último capítulo concretiza exemplos que demonstraram a capacidade de resolver esse problema - ou seja, arquiteturas que converteram o "duelo" de linguagens num "dueto" de linguagens (O Dueto: primeira linguagem e segunda linguagem). Levanta-se a hipótese de que a primeira linguagem seja um pretexto para a verdadeira exploração arquitetónica, que se revela num sistema tripartido entre: o autor, quem detém o pensamento; o projeto, o pensamento em ação; e a representação, o pensamento visível. Assim, esta dissertação analisa a transformação da "primeira linguagem" - das restrições triviais do quotidiano - na "segunda linguagem" - da oportunidade arquitetónica. Exatamente por se reconhecer que a arquitetura é uma descoberta, esta investigação identifica o processo que viabiliza a articulação entre ambas as linguagens: a primeira e a segunda linguagens - de duelo a dueto - fundamentando com exemplos específicos de arquitetura. Este estudo espera contribuir não só para instigar e tornar consciente o processo da segunda linguagem mas também para abrir caminhos para a descoberta de outras linguagens. Não se exclui a possibilidade da existência de uma terceira, uma quarta ou até mesmo uma quinta linguagem, decorrentes das interações que a arquitetura é capaz de despertar. Deixa-se essa possibilidade em aberto. Talvez porque a arquitetura não seja algo que se peça, mas algo que se descobre.
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