Vida e espaço público num bairro histórico de Lisboa: usos e apropriações dos Largos da Mouraria
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/7955 |
Resumo: | A dissertação que aqui se apresenta foi desenvolvida no ano letivo de 2012/2013 no âmbito do Laboratório de Sociedade e Arquitetura orientado pela Professora Doutora Sandra Marques Pereira. Esta disciplina apresenta-se como componente teórica da unidade curricular de Projeto Final de Arquitetura, do último ano do percurso académico como estudante de arquitetura. O Projeto Final de Arquitetura teve a orientação dos docentes Arq. Paulo Tormenta Pinto e Arq. José Luís Saldanha. O tema central do Laboratório foi “Tradição e Modernidade: a co(h)abitação em territórios metropolitanos” desenvolvendo-se a investigação sobre o território e indivíduos num bairro residencial da área metropolitana de Lisboa. Pretendeu-se uma abordagem que privilegia o caráter social da arquitetura, tanto do ponto de vista dos modelos produzidos, como dos seus utilizadores, e das suas atividades relativas ao espaço que ocupam. A Mouraria despertou o interesse por ser um bairro diferente, e é-o há séculos. Desde 1147, data da conquista de Lisboa aos mouros por D. Afonso Henriques, que a circunscrição destes a uma área exterior à muralha da cidade, fez nascer a Mouraria e fez com que ela se tornasse num bairro com cambiantes únicas. Depois, a substituição de uma população moura e judia, dada a sua expulsão no séc. XV, por uma cristã; o boom populacional devido ao êxodo rural, entre o séc. XVIII e o séc. XIX, na altura da época industrial; e a intensificação da multiculturalidade, a partir do séc. XX, com a chegada ao Bairro de população africana retornada, no contexto da independência das colónias portuguesas, tornaram este Bairro histórico num território de transitoriedade social, tornando-o único, bem no coração da cidade. Esta distinção continuou até ao presente com o estabelecimento de imigrantes provenientes do continente asiático. O Bairro vai sentindo cada vez mais necessidade de estar em interação com a Cidade e a prova disso é a abertura do Centro Comercial da Mouraria, em 1988. Em termos urbanísticos a Mouraria reforça também a sua diferença. Com uma malha apertada, sinuosa, orgânica, molda-se num território topograficamente dinâmico. Contudo, surgem espaços de desafogo, de convivência multiétnica e intergeracional, que pontuam este espaço da cidade de Lisboa e que são os Largos, alvo principal deste estudo. O objetivo desta pesquisa é estudar como os utilizadores deste espaço – os mourenses e a população exterior ao Bairro - usam e se apropriam destes espaços segundo condicionantes sociais, geográficas e morfológicas. Selecionou-se como casos de estudo os Largos da Severa, do Terreirinho, da Achada e dos Trigueiros, pelas suas diferenciadas localizações geográficas, morfologias e, consequentes, dinâmicas de uso. O trabalho divide-se em cinco partes antecedidas pela definição dos objetivos do estudo, da justificação da opção pela investigação presente, e um enquadramento teórico dos temas estudados. Na primeira parte, e de forma resumida, definem-se os conceitos de espaço público e largo. Segue-se uma aproximação ao território, localizando-o na cidade e a sua articulação com a mesma. Contextualiza-se histórica e socialmente, desde a sua origem à atualidade, e explica-se fenómenos em desenvolvimento no território como a imigração e a “gentrificação”. A identificação dos critérios de seleção, definição e fundamentação da metodologia utilizada para a abordagem ao trabalho de campo, caracterização de cada caso de estudo - desde a origem da sua toponímia, às tendências predominantes no local, passando pelo contexto do seu aparecimento, enquadramento nos últimos anos, reabilitações recentes e morfologia - e os elementos em análise (utilizadores e tipo de utilização), c onstitui a terceira parte. Segue-se, a demostração de resultados da análise do levantamento de dados em cada Largo. Finalmente, e numa quinta parte, as conclusões principais do trabalho e o resultado de toda a análise desenvolvida. Compara-se os resultados obtidos, interpretando-os e manifestando o contributo que este trabalho trouxe para a minha aprendizagem como futura arquiteta. Conclui-se que a utilização e apropriação do espaço pelos seus utilizadores depende diretamente da sua configuração espacial e da distribuição funcional dos objetos (mobiliário urbano) no espaço refletindo-se sobre o importante papel do arquiteto. Interiorizamos a ideia fundamental de que um arquiteto pode ter uma influência decisiva nas tendências ocupacionais ou nas apropriações e usos dos espaços, se a sua leitura do local intervencionado for cuidada, planeada e envolvente. As pessoas ocupam os espaços agradáveis, bem equipados, seguros e os acertos das propostas de intervenção devem ir ao encontro de tais valores. |
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Pretendeu-se uma abordagem que privilegia o caráter social da arquitetura, tanto do ponto de vista dos modelos produzidos, como dos seus utilizadores, e das suas atividades relativas ao espaço que ocupam. A Mouraria despertou o interesse por ser um bairro diferente, e é-o há séculos. Desde 1147, data da conquista de Lisboa aos mouros por D. Afonso Henriques, que a circunscrição destes a uma área exterior à muralha da cidade, fez nascer a Mouraria e fez com que ela se tornasse num bairro com cambiantes únicas. Depois, a substituição de uma população moura e judia, dada a sua expulsão no séc. XV, por uma cristã; o boom populacional devido ao êxodo rural, entre o séc. XVIII e o séc. XIX, na altura da época industrial; e a intensificação da multiculturalidade, a partir do séc. XX, com a chegada ao Bairro de população africana retornada, no contexto da independência das colónias portuguesas, tornaram este Bairro histórico num território de transitoriedade social, tornando-o único, bem no coração da cidade. Esta distinção continuou até ao presente com o estabelecimento de imigrantes provenientes do continente asiático. O Bairro vai sentindo cada vez mais necessidade de estar em interação com a Cidade e a prova disso é a abertura do Centro Comercial da Mouraria, em 1988. Em termos urbanísticos a Mouraria reforça também a sua diferença. Com uma malha apertada, sinuosa, orgânica, molda-se num território topograficamente dinâmico. Contudo, surgem espaços de desafogo, de convivência multiétnica e intergeracional, que pontuam este espaço da cidade de Lisboa e que são os Largos, alvo principal deste estudo. O objetivo desta pesquisa é estudar como os utilizadores deste espaço – os mourenses e a população exterior ao Bairro - usam e se apropriam destes espaços segundo condicionantes sociais, geográficas e morfológicas. Selecionou-se como casos de estudo os Largos da Severa, do Terreirinho, da Achada e dos Trigueiros, pelas suas diferenciadas localizações geográficas, morfologias e, consequentes, dinâmicas de uso. O trabalho divide-se em cinco partes antecedidas pela definição dos objetivos do estudo, da justificação da opção pela investigação presente, e um enquadramento teórico dos temas estudados. Na primeira parte, e de forma resumida, definem-se os conceitos de espaço público e largo. Segue-se uma aproximação ao território, localizando-o na cidade e a sua articulação com a mesma. Contextualiza-se histórica e socialmente, desde a sua origem à atualidade, e explica-se fenómenos em desenvolvimento no território como a imigração e a “gentrificação”. A identificação dos critérios de seleção, definição e fundamentação da metodologia utilizada para a abordagem ao trabalho de campo, caracterização de cada caso de estudo - desde a origem da sua toponímia, às tendências predominantes no local, passando pelo contexto do seu aparecimento, enquadramento nos últimos anos, reabilitações recentes e morfologia - e os elementos em análise (utilizadores e tipo de utilização), c onstitui a terceira parte. Segue-se, a demostração de resultados da análise do levantamento de dados em cada Largo. Finalmente, e numa quinta parte, as conclusões principais do trabalho e o resultado de toda a análise desenvolvida. Compara-se os resultados obtidos, interpretando-os e manifestando o contributo que este trabalho trouxe para a minha aprendizagem como futura arquiteta. Conclui-se que a utilização e apropriação do espaço pelos seus utilizadores depende diretamente da sua configuração espacial e da distribuição funcional dos objetos (mobiliário urbano) no espaço refletindo-se sobre o importante papel do arquiteto. Interiorizamos a ideia fundamental de que um arquiteto pode ter uma influência decisiva nas tendências ocupacionais ou nas apropriações e usos dos espaços, se a sua leitura do local intervencionado for cuidada, planeada e envolvente. As pessoas ocupam os espaços agradáveis, bem equipados, seguros e os acertos das propostas de intervenção devem ir ao encontro de tais valores.This dissertation was developed in the 2012/2013 academic year in the Architecture and Society Laboratory, under the direction of Professor Sandra Marques Pereira. It comprises the theoretical component of the Architecture Final Project, the keystone course of the final academic year for architecture students. In the Architecture Final Project course, students benefited from the guidance of docents Paulo Tormenta Pinto and José Luís Saldanha, both architects. The central theme of the Lab was “Tradition and Modernity: Cohabitation in M etropolitan Areas”. T he goal of this work is to broaden the understanding of the territory and individuals in a residential neighborhood in the metropolitan area of Lisbon. We sought an approach that emphasizes the social character of architecture, from the point of view of the structures produced; their users, and the users’ activities related to the space they occupy. Mouraria (the literal translation is the Moorish Quarter) has sparked interest for being a unique neighborhood, as it has been for centuries. Since 1147, the date of the conquest of Lisbon from the Moors by D. Afonso Henriques, the development of these mourarias to an area outside the city wall, gave birth to Mouraria and caused it to become a neighborhood with unique nuances. Later, due to their fifteenth century expulsion, the Moorish and Jewish population were replaced with a Christian one. In the eighteenth and the nineteenth centuries, the population boomed due to the rural exodus at the height of the industrial revolution. In the 20th century, with the Independence of former Portuguese colonies, the neighborhood’s multicultural identity was intensified with the arrival of a returned African population. The district’s history of social transformation, right in the heart of the city, makes it unique. This distinction continues to the present with the current influx of immigrants from the Asian continent. The neighborhood has become increasingly more integrated with surrounding City, as evidenced by the 1988 opening of the Centro Comercial da Mouraria (Mall of the Moorish Quarter). Mouraria also reinforces its distinctiveness in urban terms. It has tight knit, sinuous, organic shapes packed within a diverse topography. However, it is the open areas of multiethnic and inter-generational coexistence which dot this area of Lisbon - the Largos, or Squares, which are the main target of this study. The objective of this research is to study how the users of this space - the population that live inside and out of the district – use and appropriate these spaces with their social, geographical and morphological constraints. The studies cases are Largo da Severa, do Terreirinho, da Achada and dos Trigueiros. These are differentiated by their geographic locations, morphologies and consequential use dynamics. This work is divided into five parts starting with the definition of the study’s objectives; the justification of the research; and a theoretical framework for the subjects studied. In the first part, concepts of public space and Largo are briefly defined. Next, these are considered with regard to the neighborhood, and its place within the city. They are placed within the historical and social context, from the origins to the present; and explained in light of the current phenomena in development in the territory such as immigration and gentrification. The identification of selection criteria; definition and justification of the methodology used for the approach to field work; characterization of each case study - from the origin of its toponymy; the prevailing trends in place, from its appearance, to the framework of the recent years; recent rehabilitations and morphology - and the elements under consideration (users and usage); constitutes the third part. Afterwards is the presentation of our results of the analysis of the survey data in each Largo. Finally, in the fifth part, the main conclusions of the work and the result of all the analysis developed are presented. We compared the results, interpreting and demonstrating the contribution that this work has brought to my learning as a future architect. We conclude that the use and appropriation of space by its users directly depends on its spatial configuration and distribution of functional objects (urban furniture) in space reflecting the important role of the architect. We take on the fundamental idea that an architect can have a decisive influence on occupational trends or appropriations and uses of spaces. If the understanding of the selected site is careful, well planned and engaging, people occupy pleasant, well equipped spaces, safe and well designed intervention proposals should meet such values.2014-11-19T15:14:57Z2013-01-01T00:00:00Z20132013-10info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/octet-streamhttp://hdl.handle.net/10071/7955TID:201086115porSilva, Vanessa Vieira dainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T18:00:20Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/7955Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:31:57.692694Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A dissertação que aqui se apresenta foi desenvolvida no ano letivo de 2012/2013 no âmbito do Laboratório de Sociedade e Arquitetura orientado pela Professora Doutora Sandra Marques Pereira. Esta disciplina apresenta-se como componente teórica da unidade curricular de Projeto Final de Arquitetura, do último ano do percurso académico como estudante de arquitetura. O Projeto Final de Arquitetura teve a orientação dos docentes Arq. Paulo Tormenta Pinto e Arq. José Luís Saldanha. O tema central do Laboratório foi “Tradição e Modernidade: a co(h)abitação em territórios metropolitanos” desenvolvendo-se a investigação sobre o território e indivíduos num bairro residencial da área metropolitana de Lisboa. Pretendeu-se uma abordagem que privilegia o caráter social da arquitetura, tanto do ponto de vista dos modelos produzidos, como dos seus utilizadores, e das suas atividades relativas ao espaço que ocupam. A Mouraria despertou o interesse por ser um bairro diferente, e é-o há séculos. Desde 1147, data da conquista de Lisboa aos mouros por D. Afonso Henriques, que a circunscrição destes a uma área exterior à muralha da cidade, fez nascer a Mouraria e fez com que ela se tornasse num bairro com cambiantes únicas. Depois, a substituição de uma população moura e judia, dada a sua expulsão no séc. XV, por uma cristã; o boom populacional devido ao êxodo rural, entre o séc. XVIII e o séc. XIX, na altura da época industrial; e a intensificação da multiculturalidade, a partir do séc. XX, com a chegada ao Bairro de população africana retornada, no contexto da independência das colónias portuguesas, tornaram este Bairro histórico num território de transitoriedade social, tornando-o único, bem no coração da cidade. Esta distinção continuou até ao presente com o estabelecimento de imigrantes provenientes do continente asiático. O Bairro vai sentindo cada vez mais necessidade de estar em interação com a Cidade e a prova disso é a abertura do Centro Comercial da Mouraria, em 1988. Em termos urbanísticos a Mouraria reforça também a sua diferença. Com uma malha apertada, sinuosa, orgânica, molda-se num território topograficamente dinâmico. Contudo, surgem espaços de desafogo, de convivência multiétnica e intergeracional, que pontuam este espaço da cidade de Lisboa e que são os Largos, alvo principal deste estudo. O objetivo desta pesquisa é estudar como os utilizadores deste espaço – os mourenses e a população exterior ao Bairro - usam e se apropriam destes espaços segundo condicionantes sociais, geográficas e morfológicas. Selecionou-se como casos de estudo os Largos da Severa, do Terreirinho, da Achada e dos Trigueiros, pelas suas diferenciadas localizações geográficas, morfologias e, consequentes, dinâmicas de uso. O trabalho divide-se em cinco partes antecedidas pela definição dos objetivos do estudo, da justificação da opção pela investigação presente, e um enquadramento teórico dos temas estudados. Na primeira parte, e de forma resumida, definem-se os conceitos de espaço público e largo. Segue-se uma aproximação ao território, localizando-o na cidade e a sua articulação com a mesma. Contextualiza-se histórica e socialmente, desde a sua origem à atualidade, e explica-se fenómenos em desenvolvimento no território como a imigração e a “gentrificação”. A identificação dos critérios de seleção, definição e fundamentação da metodologia utilizada para a abordagem ao trabalho de campo, caracterização de cada caso de estudo - desde a origem da sua toponímia, às tendências predominantes no local, passando pelo contexto do seu aparecimento, enquadramento nos últimos anos, reabilitações recentes e morfologia - e os elementos em análise (utilizadores e tipo de utilização), c onstitui a terceira parte. Segue-se, a demostração de resultados da análise do levantamento de dados em cada Largo. Finalmente, e numa quinta parte, as conclusões principais do trabalho e o resultado de toda a análise desenvolvida. Compara-se os resultados obtidos, interpretando-os e manifestando o contributo que este trabalho trouxe para a minha aprendizagem como futura arquiteta. Conclui-se que a utilização e apropriação do espaço pelos seus utilizadores depende diretamente da sua configuração espacial e da distribuição funcional dos objetos (mobiliário urbano) no espaço refletindo-se sobre o importante papel do arquiteto. Interiorizamos a ideia fundamental de que um arquiteto pode ter uma influência decisiva nas tendências ocupacionais ou nas apropriações e usos dos espaços, se a sua leitura do local intervencionado for cuidada, planeada e envolvente. As pessoas ocupam os espaços agradáveis, bem equipados, seguros e os acertos das propostas de intervenção devem ir ao encontro de tais valores. |
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