Influência da paridade na adaptação na transição para a maternidade em grávidas infectadas pelo VIH e grávidas sem condição médica associada

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Pereira, Marco
Data de Publicação: 2011
Outros Autores: Canavarro, Maria Cristina
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/20679
https://doi.org/10.32385/rpmgf.v28i2.10927
Resumo: No presente estudo empírico procuramos explorar a influência da paridade na adaptação na transição para a maternidade de grávidas seropositivas para o VIH e grávidas sem condição médica de risco associada. Noventa e oito mulheres (47 grávidas seropositivas para o VIH e 51 grávidas sem patologia médica associada) foram avaliadas durante o segundo trimestre de gravidez e dois a quatro dias após o parto. O protocolo de avaliação era composto por uma ficha de dados sociodemográficos e grelhas clínicas e obstétricas, e por instrumentos de auto-resposta, destinados a avaliar a sintomatologia psicopatológica (Brief Symptom Inventory), a reactividade emocional (Emotional Assessment Scale) e a qualidade de vida (WHOQOL-Bref). Os resultados obtidos mostram que, para ambos os grupos, a multiparidade se encontra associada a maiores dificuldades de adaptação na transição para a maternidade, de forma mais acentuada entre as mulheres infectadas pelo VIH. O maior poder discriminativo, em função da paridade, registou-se nos domínios Relações sociais e Ambiente, na faceta geral de qualidade de vida e na dimensão Ansiedade. Ao longo do tempo, a maior estabilidade individual registou-se entre as multíparas dos dois grupos e a menor estabilidade entre as primíparas infectadas pelo VIH. Os resultados do nosso estudo apoiam a existência de diferentes padrões e trajectórias de adaptação das grávidas primíparas e multíparas e, essencialmente, a importância de considerar intervenções diferenciadas para cada um dos grupos.
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