Exercícios sonoros sobre a emancipação do som mediados pela tecnologia do século XX/XXI

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Churro, João Afonso de Matos Alves Pinto
Data de Publicação: 2021
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/19265
Resumo: Neste trabalho foram realizados três exercícios sonoros, os quais foram intitulados de: O Vazio, Desconhecido e Ventoinha 2.0. Para a execução dos mesmos foi importante o pensar sobre o que é emancipação sonora, assim como a sua relação com a tecnologia do século XX e XXI. Para tal, alguns pensamentos importantes foram correlacionados para pensar a música e o som. Autores como Walter Benjamin ou compositores como John Cage, Stockhausen ou Pierre Schaeffer foram, assim, fundamentais para o meu pensamento sobre emancipação sonora que ocorre numa linha contínua com todos os seus antecessores: desde o Krautrock à música minimalista, desde a música industrial até à música ambiente. O projeto foi, então, o fruto deste pensamento – o que pode ser a emancipação sonora – e a importância da tecnologia do século XX e XXI para essa mesma emancipação. Considerando, assim, três exercícios diferentes, em que todos tiveram um pensamento sobre a liberdade sonora e o que pode ou não ser considerado válido como música ou som. Assim sendo, o projeto foi executado fora da linha de pensamento do sistema musical temperado, utilizando uma linguagem musical intuitiva. Neste sentido, foram criados mais desafios de forma a perder controlo sobre o som das fontes sonoras. Portanto, todas estas ideais foram pensadas, de forma a criar desafios sonoros que acabaram por ter uma enorme influência nas composições. Ou seja, a ideia foi trabalhar o som fora da abordagem tradicional, mas sem condicionamentos de uma sonoridade específica: o que me desafiou a compor sobre um som em constante trabalho, numa relação com os instrumentos, numa linguagem que não conheça. Deste modo, a tecnologia teve um papel fundamental, permitindo que conseguisse manipular o som, desenhando-o de uma forma personalizada. Então, através da utilização de pedais de efeitos, microfones e até os próprios instrumentos utilizados por mim, como o sintetizador e a guitarra eléctrica, a tecnologia faz parte das composições tanto quanto eu.
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O projeto foi, então, o fruto deste pensamento – o que pode ser a emancipação sonora – e a importância da tecnologia do século XX e XXI para essa mesma emancipação. Considerando, assim, três exercícios diferentes, em que todos tiveram um pensamento sobre a liberdade sonora e o que pode ou não ser considerado válido como música ou som. Assim sendo, o projeto foi executado fora da linha de pensamento do sistema musical temperado, utilizando uma linguagem musical intuitiva. Neste sentido, foram criados mais desafios de forma a perder controlo sobre o som das fontes sonoras. Portanto, todas estas ideais foram pensadas, de forma a criar desafios sonoros que acabaram por ter uma enorme influência nas composições. Ou seja, a ideia foi trabalhar o som fora da abordagem tradicional, mas sem condicionamentos de uma sonoridade específica: o que me desafiou a compor sobre um som em constante trabalho, numa relação com os instrumentos, numa linguagem que não conheça. Deste modo, a tecnologia teve um papel fundamental, permitindo que conseguisse manipular o som, desenhando-o de uma forma personalizada. Então, através da utilização de pedais de efeitos, microfones e até os próprios instrumentos utilizados por mim, como o sintetizador e a guitarra eléctrica, a tecnologia faz parte das composições tanto quanto eu.In my project I will present three musical works interpreted by myself: “O Vazio”, “Desconhecido” e “Ventoinha 2.0”. I will begin with a thinking exercise about sound emancipation and its relation with the technology of the XX and XXI Century. To do so, I correlate some important thoughts to think about music and sound. Authors like Walter Benjamin or composers like John Cage, Stockhausen (1964) or Pierre Schaeffer were essential in the thinking process about sound emancipation, which occurs, in a continuous line with its entire predecessor: from Krautrock to minimalism and from industrial music until ambient music. The project is the product of this thinking – what sound emancipation can be – and the importance of technology from the XX and XXI Century in that emancipation. Thus, considering three different exercises, in which all of them had a thought about sonic freedom and what can or cannot be considered valid as music or sound. All the music works where made outside the musical temperament system line of thought, which means that the musical language was intuitive. In this sense more challenges were created to lose control over the sound of the sound sources. All these ideas were thought in a way to create sonic challenges that ended up having a huge influence on the compositions. That is, the idea was to work the sound outside the traditional approach, but without the conditioning of a specific sonority: that is what challenged me to compose about a sound in constant work, in a relationship with the instruments, in a language unknown to me. In sum, technology had a fundamental role in this project. It allowed me to manipulate sound, shaping it in a personalized manner. By so, using effects pedals, microphones and even instruments like the synthesizer and the electric guitar, technology was part of the compositions as much as me.Pereira, Bruno Alexandre BernardinoCosta, Gustavo Miguel Beça Rodrigues daRepositório Científico do Instituto Politécnico do PortoChurro, João Afonso de Matos Alves Pinto2022-01-03T15:29:10Z2021-12-132021-12-13T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.22/19265TID:202836185porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-03-13T13:13:22Zoai:recipp.ipp.pt:10400.22/19265Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T17:39:20.270376Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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