Como são os nossos adolescentes? Retrato de uma amostra escolar

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jerónimo, Mónica
Data de Publicação: 2014
Outros Autores: Arriaga, Cláudia, Moleiro, Pascoal, Luz, Alexandra
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25754/pjp.2014.3437
Resumo: Introdução: A adolescência, fase de transição entre a infância e o adulto, está muitas vezes associada a um afastamento dos serviços de saúde e a comportamentos de risco que podem trazer consequência nefastas para a vida adulta. Objetivo: Caraterizar uma amostra escolar de adolescentes relativamente a problemas de saúde e comportamentos de risco, procurando identificar necessidades de intervenção pelos profissionais de saúde. Métodos: Estudo transversal analítico através da aplicação de questionários anónimos e confidenciais a adolescentes de uma escola básica do segundo e terceiro ciclo pública urbana, em Janeiro de 2012. Estudaram-se variáveis relativas a somatometria, estado de saúde, segurança, consumos, sexualidade e pensamentos de morte. Análise estatística: PASW Statistics 18 ®. Resultados: Obtiveram-se 191 questionários, sendo 57% dos adolescentes do sexo feminino, com média de idades de 12,6±1,7 anos (mínimo: 10; máximo: 17). Referiram ter sido observados em consulta médica no ano anterior 47% dos adolescentes, sendo a vontade de ser observado mencionada em 45% e mais frequente nas idades mais baixas (p=0,006). Queixas somáticas como dor abdominal ou cefaleias foram predominantes no sexo feminino (96% e 82%, respetivamente). Relativamente a consumos, 58% já experimentou bebidas alcoólicas e 16% tabaco, aumentando a referência a estes comportamentos nos adolescentes mais velhos (p<0,001). Sabem o que é uma infeção sexualmente transmissível 80% e 46% o que é contraceção, conhecimentos mais prevalentes nos mais velhos (p<0,001). Referiram ideias de morte 27% dos adolescentes. Conclusões: Identificou-se uma importante prevalência de queixas somáticas e experimentação de álcool. Verificou-se um significante desconhecimento relativamente a temas relacionados com a sexualidade e segurança. A maioria dos adolescentes desta amostra não beneficia de acompanhamento médico regular e não mostrou interesse no mesmo. Evidenciou-se a necessidade de intervenção, estando em curso um projeto de articulação entre o hospital e a escola para a promoção de uma adolescência saudável.
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