Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Sampaio, Mónica G.
Data de Publicação: 2010
Outros Autores: Azevedo, Ana S., Nogueira, Carlos S.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121
Resumo: A abordagem minimamente invasiva tem sido amplamente instituída na patologia digestiva. Apesar da 1a apendicectomia laparoscópica ter sido realizada em 1983, mantém-se a controvérsia sobre as vantagens desta via de abordagem. Objectivo: Comparação de resultados do tratamento da apendicite aguda nas abordagens laparoscópica versus laparotómica, com ênfase no tempo de internamento e complicações pós-operatórias. Material e Métodos: Efectuou-se um estudo retrospectivo dos doentes submetidos a apendicectomia por apendicite aguda entre Janeiro/2006 e Dezembro/2008 no HGSA. Resultados: Um total de 455 doentes foi submetido a apendicectomia por apendicite aguda neste período. Abordagem foi laparoscópica em 32,5% dos casos, com uma taxa de conversão de 5,7%. A apendicectomia laparoscópica foi preferencialmente efectuada no sexo feminino (40,4% vs 24,7% no sexo masculino, p <0,0001) e na apendicite aguda não complicada (73,6%). Comparativamente à abordagem por laparotomia mostrou tempo de internamento inferior em 1,3 dias (p=0,001) e taxa de complicações pós-operatórias semelhante (12,5% versus 16,2%, p=0,421). Na análise multivariada constatou-se que as complicações pós-operatórias foram dependentes do tipo de apendicite aguda, complicada ou não complicada (26,6% versus 8,2%, p<0,0001); o tempo de internamento teve relação com o tipo de apendicite aguda e não com a via de abordagem, com uma média de 4,5 dias na apendicite aguda não complicada e de 7,4 dias na complicada (p<0,001). Conclusões: Na apendicectomia por apendicite aguda, o tempo de internamento e as complicações pós-operatórias dependeram, na nossa série , do tipo de apendicite (complicada ou não) e não da via de abordagem. Palavras-chave: apendicite aguda e apendicectomia laparoscópica. 
id RCAP_6d39b54ac20bd81ded6741b0accced99
oai_identifier_str oai:revista.spcir.com:article/121
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?A abordagem minimamente invasiva tem sido amplamente instituída na patologia digestiva. Apesar da 1a apendicectomia laparoscópica ter sido realizada em 1983, mantém-se a controvérsia sobre as vantagens desta via de abordagem. Objectivo: Comparação de resultados do tratamento da apendicite aguda nas abordagens laparoscópica versus laparotómica, com ênfase no tempo de internamento e complicações pós-operatórias. Material e Métodos: Efectuou-se um estudo retrospectivo dos doentes submetidos a apendicectomia por apendicite aguda entre Janeiro/2006 e Dezembro/2008 no HGSA. Resultados: Um total de 455 doentes foi submetido a apendicectomia por apendicite aguda neste período. Abordagem foi laparoscópica em 32,5% dos casos, com uma taxa de conversão de 5,7%. A apendicectomia laparoscópica foi preferencialmente efectuada no sexo feminino (40,4% vs 24,7% no sexo masculino, p <0,0001) e na apendicite aguda não complicada (73,6%). Comparativamente à abordagem por laparotomia mostrou tempo de internamento inferior em 1,3 dias (p=0,001) e taxa de complicações pós-operatórias semelhante (12,5% versus 16,2%, p=0,421). Na análise multivariada constatou-se que as complicações pós-operatórias foram dependentes do tipo de apendicite aguda, complicada ou não complicada (26,6% versus 8,2%, p<0,0001); o tempo de internamento teve relação com o tipo de apendicite aguda e não com a via de abordagem, com uma média de 4,5 dias na apendicite aguda não complicada e de 7,4 dias na complicada (p<0,001). Conclusões: Na apendicectomia por apendicite aguda, o tempo de internamento e as complicações pós-operatórias dependeram, na nossa série , do tipo de apendicite (complicada ou não) e não da via de abordagem. Palavras-chave: apendicite aguda e apendicectomia laparoscópica. Sociedade Portuguesa de Cirurgia2010-12-29info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttps://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121Revista Portuguesa de Cirurgia; No 15 (2010): Dezembro 2010 - II Série; 23-29Revista Portuguesa de Cirurgia; No 15 (2010): Dezembro 2010 - II Série; 23-292183-11651646-6918reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121/119Copyright (c) 2016 Revista Portuguesa de Cirurgiainfo:eu-repo/semantics/openAccessSampaio, Mónica G.Azevedo, Ana S.Nogueira, Carlos S.2024-02-22T22:33:03Zoai:revista.spcir.com:article/121Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:10:58.555630Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
title Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
spellingShingle Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
Sampaio, Mónica G.
title_short Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
title_full Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
title_fullStr Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
title_full_unstemmed Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
title_sort Apendicectomia laparoscópica: que vantagens?
author Sampaio, Mónica G.
author_facet Sampaio, Mónica G.
Azevedo, Ana S.
Nogueira, Carlos S.
author_role author
author2 Azevedo, Ana S.
Nogueira, Carlos S.
author2_role author
author
dc.contributor.author.fl_str_mv Sampaio, Mónica G.
Azevedo, Ana S.
Nogueira, Carlos S.
description A abordagem minimamente invasiva tem sido amplamente instituída na patologia digestiva. Apesar da 1a apendicectomia laparoscópica ter sido realizada em 1983, mantém-se a controvérsia sobre as vantagens desta via de abordagem. Objectivo: Comparação de resultados do tratamento da apendicite aguda nas abordagens laparoscópica versus laparotómica, com ênfase no tempo de internamento e complicações pós-operatórias. Material e Métodos: Efectuou-se um estudo retrospectivo dos doentes submetidos a apendicectomia por apendicite aguda entre Janeiro/2006 e Dezembro/2008 no HGSA. Resultados: Um total de 455 doentes foi submetido a apendicectomia por apendicite aguda neste período. Abordagem foi laparoscópica em 32,5% dos casos, com uma taxa de conversão de 5,7%. A apendicectomia laparoscópica foi preferencialmente efectuada no sexo feminino (40,4% vs 24,7% no sexo masculino, p <0,0001) e na apendicite aguda não complicada (73,6%). Comparativamente à abordagem por laparotomia mostrou tempo de internamento inferior em 1,3 dias (p=0,001) e taxa de complicações pós-operatórias semelhante (12,5% versus 16,2%, p=0,421). Na análise multivariada constatou-se que as complicações pós-operatórias foram dependentes do tipo de apendicite aguda, complicada ou não complicada (26,6% versus 8,2%, p<0,0001); o tempo de internamento teve relação com o tipo de apendicite aguda e não com a via de abordagem, com uma média de 4,5 dias na apendicite aguda não complicada e de 7,4 dias na complicada (p<0,001). Conclusões: Na apendicectomia por apendicite aguda, o tempo de internamento e as complicações pós-operatórias dependeram, na nossa série , do tipo de apendicite (complicada ou não) e não da via de abordagem. Palavras-chave: apendicite aguda e apendicectomia laparoscópica. 
publishDate 2010
dc.date.none.fl_str_mv 2010-12-29
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/article
format article
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121
url https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121
https://revista.spcir.com/index.php/spcir/article/view/121/119
dc.rights.driver.fl_str_mv Copyright (c) 2016 Revista Portuguesa de Cirurgia
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Copyright (c) 2016 Revista Portuguesa de Cirurgia
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Cirurgia
publisher.none.fl_str_mv Sociedade Portuguesa de Cirurgia
dc.source.none.fl_str_mv Revista Portuguesa de Cirurgia; No 15 (2010): Dezembro 2010 - II Série; 23-29
Revista Portuguesa de Cirurgia; No 15 (2010): Dezembro 2010 - II Série; 23-29
2183-1165
1646-6918
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799137759693111296