Estudo comparativo da sintomatologia depressiva e ansiosa em jovens adultos com e sem comportamentos autolesivos

• Autor(a) principal: Sabino, Daniela Revez
• Data de Publicação: 2022
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.1/19179
• topic: Comportamentos autolesivos; Ideação suicida; Regulação emocional; Ansiedade; Depressão; Jovens adultos; Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Outras Ciências Sociais

O comportamento autolesivo e suicidário constituem-se como parte de um complexo problema de saúde pública, sendo muito comum nas faixas etárias mais novas, como os jovens-adultos. Desta forma, torna-se importante identificá-los e perceber quais os fatores psicológicos que podem estar subjacentes a tais comportamentos. Comparar os indivíduos com e sem comportamentos autolesivos parece permitir, conhecer e diferenciar o início do processo suicidário e poderá ajudar a prevenir autolesões futuras. O objetivo geral do presente estudo consiste em analisar a influência da ansiedade, depressão, regulação emocional e ideação suicida nos jovens com comportamentos autolesivos e sem comportamentos autolesivos. Participaram 123 jovens adultos, entre os 18 e os 30 anos sendo 98 participantes do sexo feminino (79.7%) e 25 do sexo masculino (20.3%) que preencheram instrumentos para avaliar a história de comportamentos autolesivos, os níveis de ansiedade, depressão, as dificuldades de regulação emocional e a ideação suicida. O design do estudo desenvolvido é transversal, descritivo-correlacional. Os principais resultados mostram que, para além de ser o sexo feminino que mais comete comportamentos autolesivos, é também o grupo com comportamentos autolesivos que apresenta níveis mais elevados de ansiedade, depressão e défices de regulação emocional em comparação com o grupo sem comportamentos autolesivos. Relativamente à ideação suicida, também existe uma maior incidência desta no grupo com CAL (ideação negativa) e uma menor incidência no grupo sem CAL (ideação positiva). Quanto ao diagnóstico anterior de problemas psicológicos e/ou psiquiátricos este permitiu distinguir os dois grupos, sendo mais comum no grupo com comportamentos autolesivos. Os resultados são consistentes com estudos prévios, salientando a importância de considerar estes fatores psicológicos no âmbito das atividades de prevenção e intervenção nos comportamentos autolesivos e ideação suicida.