O bichado, Cydia pomonella L. em nogueira: bioecologia e avaliação de estratégias de proteção contra a praga

• Autor(a) principal: Silva,Laís
• Data de Publicação: 2023
• Outros Autores: Bento,Albino
• Tipo de documento: Artigo
• Idioma: por
• Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
• Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0871-018X2023000200051
• topic: Juglans regia; Bichado; Prejuízos; Luta biotécnica

Resumo A nogueira, Juglans regia L., adquiriu uma crescente importância a nível nacional e internacional. Em Portugal, a área da cultura e a produção duplicou na última década, com uma produção de 13340 toneladas de noz colhidas em 2021. O bichado, Cydia pomonella L., é considerado uma praga-chave da nogueira. Após a eclosão, as lagartas do bichado procuram os frutos para se alimentar. Caso não sejam tomadas medidas de proteção, o bichado pode causar entre 20% a 80% de decréscimo da produção, sobretudo em cultivares de floração mais precoce. O objetivo do trabalho foi estudar a biologia do inseto e testar as possibilidades da confusão sexual contra a praga, num pomar de nogueiras em modo de produção integrada, situado na Terra Fria Transmontana. Acompanhou-se o ciclo biológico com captura dos adultos do bichado em armadilhas tipo delta com feromona sexual e a avaliação dos prejuízos efetuada através da inspeção dos frutos em duas parcelas com e sem confusão sexual. Foram observados dois períodos com números de capturas mais elevados, correspondendo a duas gerações da praga, o primeiro no final de junho/início de julho e o outro no início/meados de setembro, com a média de capturas de 11±3,0 e 6,33±0,72, respetivamente. A confusão sexual como meio de luta contra o bichado reduziu significativamente o número de capturas nas armadilhas, com uma taxa de desorientação de quase 100% ao longo de todo o período de voo da segunda geração. No que se refere ao ataque aos frutos (miolo da noz), a parcela em confusão sexual teve um menor número de frutos infestados (7%) em relação à%, enquanto a testemunha (11%), embora sem diferenças estatisticamente significativas.