Determinantes de incapacidade temporária para o trabalho de longa duração: Estudo InCIT

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Gomes,Joana Costa
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Sousa,Alexandra, Ribeiro,Ana Isabel, Silva,Filipa, Galhardo,Mara, Esquível,Sofia, Fernandes,Teresa Maia
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2182-51732013000300004
Resumo: Objetivos: Este trabalho pretende avaliar determinantes sociodemográficos, laborais e patológicos de ausência laboral prolongada. Tipo de estudo: Caso-controlo prospetivo Local: Unidade Local de Saúde de Matosinhos População: Foram considerados casos indivíduos entre os 18 e os 65 anos que se encontravam com Certificado de Incapacidade Temporária (CIT) há pelo menos 30 dias por doença natural. Os controlos foram selecionados aleatoriamente, emparelhados por médico de família. Métodos: Recolheu-se informação relativa a variáveis sociodemográficas e patológicas (cirurgia recente, patologia psiquiátrica, patologia osteoarticular e doença oncológica) e aplicaram-se duas escalas (APGAR Familiar e a Escala de Satisfação no Trabalho). Calcularam-se Odds Ratio (OR) ajustados para género, idade e escolaridade e respetivos Intervalos de Confiança (IC) a 95% para estimar a associação entre estes determinantes e possibilidade de estar com CIT prolongado. Resultados: Durante o período de estudo foi emitido CIT prolongado a 76 indivíduos, para os quais foram aleatoriamente selecionados 76 controlos. Cerca de 56% dos casos e 62% dos controlos eram homens, sem diferenças significativas entre géneros. A idade média dos casos foi superior à dos controlos (50,0 versus 42,5; p < 0,001) e os casos eram em geral menos escolarizados (p < 0,001). Constatou-se que mais casos exerciam profissões de colarinho azul (p = 0,001) e obtiveram pontuações mais baixas no APGAR Familiar (p = 0,008). Verificou-se ainda um aumento da possibilidade de CIT prolongado na presença de patologia osteoarticular (OR 6,14; IC 95% 2,79 - 13,48), oncológica (OR 4,62; IC 95% 1,18 - 18,08) e psiquiátrica (OR 5,21; IC 95% 2,14 - 12,70) e cirurgia recente (OR 14,49; IC 95% 3,83 - 54,80). Conclusões: Este trabalho poderá auxiliar os médicos de família a identificar os indivíduos mais vulneráveis ao absentismo laboral prolongado, para permitir implementação de medidas preventivas custo-efetivas que permitam reduzir o impacto pessoal, familiar e social e os custos que lhe estão associados.
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