Estudo da utilização do ferrato(VI) de potássio na desinfeção de águas residuais urbanas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Sónia Isabel Ferreira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10362/93634
Resumo: Com o crescimento populacional a que se associa o comprometimento da qualidade das massas de água, a necessidade de reutilização é cada vez mais atual, pertinente e inevitável, sendo necessário que o tratamento de águas residuais seja estabelecido com base em critérios e normas cada vez mais rigorosos e que a desinfeção seja, não apenas eficaz, mas que a sua implementação não provoque danos no ambiente nem na população. A desinfeção de águas residuais é um processo que permite a descarga segura no meio recetor ou a sua reutilização, promovendo a preservação dos recursos hídricos. A presente dissertação teve como objetivo o estudo do ferrato(VI) de potássio, uma das formas do ião ferrato(VI), com a capacidade de atuar como desinfetante em meio aquoso como uma alternativa possível para assegurar os níveis de desinfeção necessários. Há indícios de que este reagente é considerado como uma opção credível e potencial a ser incorporado no tratamento de águas residuais devido aos seus reduzidos impactes ambientais. Foram efetuados ensaios de desinfeção em três águas de ETAR diferentes, testando-se as mesmas concentrações e tempos de contacto para a AR de Beirolas e de Chelas e concentrações diferentes numa perspetiva de economia de reagente para a AR de Alcântara. Foram determinados parâmetros físico-químicos dos efluentes secundários das ETAR antes e depois do ensaio de desinfeção, tendo sido efetuados bioensaios com o objetivo de avaliar a toxicidade do ferrato(VI) de potássio, no crustáceo Daphnia magna. As condições de ensaio que obtiveram melhores resultados face aos limites impostos pela legislação foram 6 mg.L-1 e 30 minutos de contacto para a água residual da ETAR de Beirolas e 10 mg.L-1 com 30 minutos de contacto para a água residual da ETAR de Chelas. Os resultados dos bioensaios para Beirolas com a dose de 6 mg.L-1 e 15 minutos de atuação registaram 30% de sobrevivência em 24h, sendo que para Chelas com 6 mg.L-1 e 15 minutos de atuação a sobrevivência foi de 5%. Para a água residual da ETAR de Alcântara a desinfeção não se mostrou eficaz face às condições ensaiadas e considerando também os parâmetros limitados que foram determinados.
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