Regulação emocional, funcionamento familiar e burnout em cuidadores informais de pessoas com demência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/5055 |
Resumo: | O presente estudo teve como principal objetivo investigar o papel de recursos emocionais e relacionais (i.e., regulação emocional e funcionamento familiar) na associação entre sintomas neuropsiquiátricos e os níveis de burnout experienciados pelos cuidadores informais de pessoas com Demência. A amostra do estudo é constituída por 46 díades de participantes, doente e respetivo cuidador informal. Os participantes foram recrutados em unidades hospitalares de Portugal. Os cuidadores informais têm idades compreendidas entre os 19 e os 89 anos (M = 63.44; DP = 15.00) e os doentes entre os 63 e os 92 anos (M = 77.00; DP = 6.37). Os instrumentos utilizados para medir as variáveis em estudo foram o Inventário Neuropsiquiátrico (INP), o Questionário de Regulação Emocional (QRE), o Family Assessment Device (FAD) e o Copenhagem Burnout Inventory (CBI). Os dados obtidos indicam que a maioria dos cuidadores informais é mulher (72%) e ainda cônjuges do doente (57%). Foi encontrada uma associação positiva entre os sintomas neuropsiquiátricos do doente e os níveis de burnout do cuidador informal, e uma associação positiva entre os sintomas neuropsiquiátricos e a supressão emocional no cuidador. Para além disso, foi encontrada uma associação negativa entre o funcionamento familiar e os níveis de burnout experienciados pelos cuidadores informais, quando controlada a idade do doente. Desta forma, conclui-se que apesar do modelo de mediação não ter sido confirmado, os cuidadores informais que cuidam de doentes com sintomas neuropsiquiátricos mais frequentes e mais graves tendem a suprimir mais as suas emoções e a experienciar níveis mais elevados de burnout. Além disso, parece que os cuidadores informais que estão inseridos numa família com funcionamento familiar mais pobre tendem igualmente a experienciar níveis mais elevados de burnout. |
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