Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1984 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10773/25651 |
Resumo: | Foram estudadas 25 amostras, provenientes da margem continental portuguesa, a oeste do Baixo Alentejo e a sul do Algarve. No seu estudo foram aplicados vários métodos e técnicas: Difracção de RX, fluorescência de RX, absorção atómica, colorimetria, eléctrodo selectivo, fluorimetria e ainda autoradiografias e coloração de lâminas delgadas. Foi possível determinar a composição mineralógica de todas as amostras e a composição química de algumas delas, seleccionadas em função da mineralogia apresentada. Verificou-se a existência da Francolite, (fluorapatite carbonatada) caracterizada pelas razões CO2= 5,5% e de F = 4,3% e ainda pelos conteúdos em CO2= 5,5% e de F = 4,3%. As amostras apresentam valores máximos de P2O 5 e Urânio, respectivamente de 21,5% e 158 ppm. Nalgumas amostras predomina a calcite e noutras a dolomite, como minerais carbonatados. Verificou-se ainda a presença de quartzo e feldspatos, goethite e "ilite" e por vezes glauconite. Algumas domites são estruturalmente desiquilibradas (43/57 moles de MgCO3/ /CaC03). A abundância relativa de alguns elementos maiores reflecte a composição mineralógica, sendo de realçar a distinção entre as amostras com abundante glauconite e aquelas em que a origem do ferro está na goethite ou noutras formas de hidróxidos, bem evidente no diagrama Fe2O3/K2O. Foi feita uma tentativa de interpretação da sequência paragenética das fosforites da margem portuguesa. Em comparação com outras áreas de ocorrência de fosforites revelou-se certa identidade com o norte de Espanha, o Banco das Agulhas e Peru-Chile. As fosforites estudadas poderão estar associadas a áreas de "upwelling" costeiro e ã existência dum mínimo de oxigénio, em águas da vertente continental alentejana. Para esclarecer estes problemas e estabelecer a historia dos processos de fosfatização e consequente evolução paleoclimática, recomenda-se a medição de parâmetros ambientais (por exemplo oxigénio dissolvido) nas águas da vertente continental alentejana e datações radiométricas das fosforites. |
id |
RCAP_6f3c946738eaa2fde3f5e546986af67a |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ria.ua.pt:10773/25651 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesaForam estudadas 25 amostras, provenientes da margem continental portuguesa, a oeste do Baixo Alentejo e a sul do Algarve. No seu estudo foram aplicados vários métodos e técnicas: Difracção de RX, fluorescência de RX, absorção atómica, colorimetria, eléctrodo selectivo, fluorimetria e ainda autoradiografias e coloração de lâminas delgadas. Foi possível determinar a composição mineralógica de todas as amostras e a composição química de algumas delas, seleccionadas em função da mineralogia apresentada. Verificou-se a existência da Francolite, (fluorapatite carbonatada) caracterizada pelas razões CO2= 5,5% e de F = 4,3% e ainda pelos conteúdos em CO2= 5,5% e de F = 4,3%. As amostras apresentam valores máximos de P2O 5 e Urânio, respectivamente de 21,5% e 158 ppm. Nalgumas amostras predomina a calcite e noutras a dolomite, como minerais carbonatados. Verificou-se ainda a presença de quartzo e feldspatos, goethite e "ilite" e por vezes glauconite. Algumas domites são estruturalmente desiquilibradas (43/57 moles de MgCO3/ /CaC03). A abundância relativa de alguns elementos maiores reflecte a composição mineralógica, sendo de realçar a distinção entre as amostras com abundante glauconite e aquelas em que a origem do ferro está na goethite ou noutras formas de hidróxidos, bem evidente no diagrama Fe2O3/K2O. Foi feita uma tentativa de interpretação da sequência paragenética das fosforites da margem portuguesa. Em comparação com outras áreas de ocorrência de fosforites revelou-se certa identidade com o norte de Espanha, o Banco das Agulhas e Peru-Chile. As fosforites estudadas poderão estar associadas a áreas de "upwelling" costeiro e ã existência dum mínimo de oxigénio, em águas da vertente continental alentejana. Para esclarecer estes problemas e estabelecer a historia dos processos de fosfatização e consequente evolução paleoclimática, recomenda-se a medição de parâmetros ambientais (por exemplo oxigénio dissolvido) nas águas da vertente continental alentejana e datações radiométricas das fosforites.2019-03-27T10:06:21Z1984-01-01T00:00:00Z1984info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10773/25651porGaspar, Luís de Carvalhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-02-22T11:49:46Zoai:ria.ua.pt:10773/25651Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T02:58:50.921317Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa |
title |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa |
spellingShingle |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa Gaspar, Luís de Carvalho |
title_short |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa |
title_full |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa |
title_fullStr |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa |
title_full_unstemmed |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa |
title_sort |
Alguns aspectos geoquímicos sobre fosforites da margem continental portuguesa |
author |
Gaspar, Luís de Carvalho |
author_facet |
Gaspar, Luís de Carvalho |
author_role |
author |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Gaspar, Luís de Carvalho |
description |
Foram estudadas 25 amostras, provenientes da margem continental portuguesa, a oeste do Baixo Alentejo e a sul do Algarve. No seu estudo foram aplicados vários métodos e técnicas: Difracção de RX, fluorescência de RX, absorção atómica, colorimetria, eléctrodo selectivo, fluorimetria e ainda autoradiografias e coloração de lâminas delgadas. Foi possível determinar a composição mineralógica de todas as amostras e a composição química de algumas delas, seleccionadas em função da mineralogia apresentada. Verificou-se a existência da Francolite, (fluorapatite carbonatada) caracterizada pelas razões CO2= 5,5% e de F = 4,3% e ainda pelos conteúdos em CO2= 5,5% e de F = 4,3%. As amostras apresentam valores máximos de P2O 5 e Urânio, respectivamente de 21,5% e 158 ppm. Nalgumas amostras predomina a calcite e noutras a dolomite, como minerais carbonatados. Verificou-se ainda a presença de quartzo e feldspatos, goethite e "ilite" e por vezes glauconite. Algumas domites são estruturalmente desiquilibradas (43/57 moles de MgCO3/ /CaC03). A abundância relativa de alguns elementos maiores reflecte a composição mineralógica, sendo de realçar a distinção entre as amostras com abundante glauconite e aquelas em que a origem do ferro está na goethite ou noutras formas de hidróxidos, bem evidente no diagrama Fe2O3/K2O. Foi feita uma tentativa de interpretação da sequência paragenética das fosforites da margem portuguesa. Em comparação com outras áreas de ocorrência de fosforites revelou-se certa identidade com o norte de Espanha, o Banco das Agulhas e Peru-Chile. As fosforites estudadas poderão estar associadas a áreas de "upwelling" costeiro e ã existência dum mínimo de oxigénio, em águas da vertente continental alentejana. Para esclarecer estes problemas e estabelecer a historia dos processos de fosfatização e consequente evolução paleoclimática, recomenda-se a medição de parâmetros ambientais (por exemplo oxigénio dissolvido) nas águas da vertente continental alentejana e datações radiométricas das fosforites. |
publishDate |
1984 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1984-01-01T00:00:00Z 1984 2019-03-27T10:06:21Z |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10773/25651 |
url |
http://hdl.handle.net/10773/25651 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
|
_version_ |
1799137642578706432 |