Balística terminal: estudo do comportamento de projéteis na estrutura de viaturas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandes, João Pedro Ferreira
Data de Publicação: 2019
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.26/30333
Resumo: Perante o cenário de atuação da PSP, importa estudar, no âmbito da área científica da balística, os danos que os projéteis provocam quando disparados contra viaturas, bem como todos os fenómenos que daí decorrem. Assim, definiu-se como principal objetivo do presente estudo: testar o comportamento de projéteis na estrutura metálica do habitáculo da viatura. Como objetivos específicos: verificar que projéteis penetram ou perfuram a estrutura metálica do habitáculo; estudar as alterações de trajetória dos projéteis; verificar em que casos existe fragmentação dos projéteis; estudar as deformações dos projéteis; perceber quais os efeitos dos projéteis no metal do habitáculo da viatura através do estudo dos orifícios de entrada e de saída; verificar a velocidade e energia cinética restantes dos projéteis depois atravessarem a viatura; estudar as deformações provocadas pelo vidro do para-brisas da viatura nos projéteis da munição 9x19mm FMJ, e as alterações à sua trajetória; comparar os efeitos provocados por projéteis diferentes, disparados com armas diferentes, a diferentes distâncias e ângulos de disparo. Obteve-se os resultados seguintes: os projéteis disparados por carabinas, a um ângulo de 90º, sofrem um decréscimo de velocidade de cerca de 3,29% depois de perfurarem a primeira porta da viatura, e de cerca de 14,55% depois de perfurarem a segunda; os projéteis disparados pela pistola-metralhadora, FN P90, a um ângulo de 90º, sofrem um decréscimo de velocidade de cerca de 8,6% depois de perfurarem a primeira porta de uma viatura, e de cerca de 41% depois de perfurarem a segunda; os projéteis disparados por pistolas semiautomáticas, a um ângulo de 90º, sofrem um decréscimo de velocidade na ordem dos 11,13% depois de perfurarem a primeira porta, e de cerca de 26,93% depois de perfurarem a segunda; existe uma maior tendência para a fragmentação dos projéteis NATO do que dos seus análogos da Kalashnikov, especialmente os de calibre 5,56mm.
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