A querela entre cultura e civilização

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Mendes, João Maria
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/11144/1159
Resumo: Em 1914, Thomas Mann, que sempre se considerou um burguês de cultura» e quis fazer da sua vida uma «imitação de Goethe», escrevia na Neue Rundschau um texto que hoje lemos à luz da sua propensão para ser «demasiado alemão»: «Civilização e cultura são contrários, constituem uma das diversas manifestações da eterna contradição cósmica e do jogo oposto do Espírito e da Natureza. Ninguém contestará que o México tinha uma cultura no tempo da sua descoberta, mas ninguém pretenderá que era civilizado. A cultura não é, decerto, o oposto da barbárie. Muitas vezes, pelo contrário, ela não é senão uma selvajaria em grande estilo; entre os povos da Antiguidade, talvez os únicos civilizados fossem os Chineses.
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