QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS DA NÃO COMPARÊNCIA AOS EXAMES DE SAÚDE DO TRABALHO? ESTUDO OBSERVACIONAL NUMA INSTITUIÇÃO HOSPITALAR PÚBLICA

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Cunha,R
Data de Publicação: 2023
Outros Autores: Nunes,P, Magalhães,D, Castanho,F, Carvalho,H
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://scielo.pt/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2183-84532023000200204
Resumo: RESUMO Introdução A não comparência às consultas médicas é um problema amplamente reconhecido nos sistemas de saúde, estando associada a diversos fatores. Os exames de saúde do trabalho, apresentam particularidades distintas das consultas médicas de outras especialidades, pelo seu caráter obrigatório, sendo legalmente exigido à entidade empregadora e ao trabalhador. No entanto, apesar dos esforços, mantém-se um número considerável de faltas. Objetivos Compreender as razões subjacentes às ausências aos exames. Metodologia Trata-se de um estudo observacional transversal desenvolvido numa instituição hospitalar pública. Os funcionários do hospital que faltaram no primeiro semestre de 2023 foram contatados em julho do mesmo ano, a fim de realizar um inquérito telefónico, constituído por três questões de escolha múltipla, relacionados com o tema do estudo. Para o tratamento dos dados, foram utilizados os programas Microsoft Excel e SPSS Statistics. Resultados Foi identificado um total de 278 faltas no período supracitado, de um total de 1589 exames de saúde agendados, correspondendo a uma taxa de faltas de 17,5%. Das 212 respostas telefónicas obtidas, os principais motivos da não comparência aos exames de saúde do trabalho foram principalmente doença aguda e férias ou folga, que correspondem a 20,3% das ocorrências (n=43); falta de conhecimento da convocatória ou esta não ter ocorrido atempadamente, representando 19,8% das respostas (n=42); ausência prolongada por doença crónica, gravidez ou licença de parentalidade, compreendendo 17,9% (n=38); impossibilidade de ausência do serviço em 16,5% dos casos (n=35) e esquecimento em cerca de 12,7% (n=27). Além disso, apenas 26,9% dos trabalhadores remarcaram o exame. Cerca de 59,9% da população trabalhadora considera ter conhecimento insuficiente acerca do objetivo e importância dos exames de saúde, bem como as áreas de intervenção da Saúde Ocupacional, mostrando recetividade para uma maior formação nesta área. Conclusão Este estudo proporcionou um conhecimento mais aprofundado dos motivos subjacentes às ausências aos exames de saúde do trabalho, abrindo uma oportunidade de implementação de intervenções direcionadas à minimização deste problema organizacional, cujo impacto sobre a vigilância da saúde dos trabalhadores é substancial.
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