Estudo de uma micro-rede térmica e elétrica para um conjunto de moradias sociais e um edifício de serviços
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/44552 |
Resumo: | A União Europeia definiu a redução do consumo de energia e aumento da eficiência energética como objetivos da política energética para as próximas décadas. De todos os usos de energia num edifício, o aquecimento e o arrefecimento de espaço ocupam um lugar de destaque, por representarem uma considerável quota da energia consumida nos edifícios, e também pela importância que assumem para a saúde e bem-estar dos ocupantes. Paralelamente, a Diretiva 2018/844 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018, relativa ao desempenho energético dos edifícios (Diretiva EPBD) mediante, entre outras disposições, a introdução de um artigo que prevê a elaboração, pelos Estados Membros, de uma estratégia de longo prazo para apoiar a renovação, até 2050, dos respetivos parques nacionais de edifícios (não) residenciais, públicos e privados, incluindo um roteiro com medidas e objetivos indicativos para 2030, 2040 e 2050. Em Portugal, os edifícios são atualmente responsáveis por uma parte significativa das emissões nacionais de gases com efeito de estufa, cerca de 42% em 2020. Os edifícios, que incluem os sectores residencial e de serviços, são grandes consumidores de energia sendo responsáveis por cerca de 30% do consumo de energia final e são uma das fontes mais significativas de emissão de CO2 [RNC2050]. O baixo desempenho energético dos edifícios e um consumo de energia pouco significativo para a climatização no setor residencial, aliados a vários indicadores que apontam no sentido da ocorrência de uma taxa elevada de pobreza energética na população, levam a considerar que as condições de conforto térmico poderão não estar a ser garantidas. Embora as redes de aquecimento e arrefecimento possam constituir apenas uma solução de nicho em Portugal, redes de pequenas escalas podem vir a ser uma solução em outras situações – o que se ajusta perfeitamente aos novos conceitos de micro-redes e comunidades de energia. O presente trabalho teve como foco o estudo e dimensionamento de uma micro-rede térmica e elétrica para um conjunto de moradias socias e um edifício de serviço visando a melhoria do seu desempenho energético pela aplicação de várias medidas de melhoria para mitigar um dos grandes desafios atuais, como, a pobreza energética nos edifícios, a necessidade do aumento da eficiência e a implementação de tecnologias com recurso a energia de baixo custo. Como ponto de partida foi realizada uma revisão bibliográfica que permitiu aprofundar o conhecimento acerca das ferramentas modelação e simulação energética de edifícios, micro-rede térmica e elétrica, na vertente do seu dimensionamento com recurso a ferramentas de computação dinâmica. |
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Paralelamente, a Diretiva 2018/844 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018, relativa ao desempenho energético dos edifícios (Diretiva EPBD) mediante, entre outras disposições, a introdução de um artigo que prevê a elaboração, pelos Estados Membros, de uma estratégia de longo prazo para apoiar a renovação, até 2050, dos respetivos parques nacionais de edifícios (não) residenciais, públicos e privados, incluindo um roteiro com medidas e objetivos indicativos para 2030, 2040 e 2050. Em Portugal, os edifícios são atualmente responsáveis por uma parte significativa das emissões nacionais de gases com efeito de estufa, cerca de 42% em 2020. Os edifícios, que incluem os sectores residencial e de serviços, são grandes consumidores de energia sendo responsáveis por cerca de 30% do consumo de energia final e são uma das fontes mais significativas de emissão de CO2 [RNC2050]. O baixo desempenho energético dos edifícios e um consumo de energia pouco significativo para a climatização no setor residencial, aliados a vários indicadores que apontam no sentido da ocorrência de uma taxa elevada de pobreza energética na população, levam a considerar que as condições de conforto térmico poderão não estar a ser garantidas. Embora as redes de aquecimento e arrefecimento possam constituir apenas uma solução de nicho em Portugal, redes de pequenas escalas podem vir a ser uma solução em outras situações – o que se ajusta perfeitamente aos novos conceitos de micro-redes e comunidades de energia. O presente trabalho teve como foco o estudo e dimensionamento de uma micro-rede térmica e elétrica para um conjunto de moradias socias e um edifício de serviço visando a melhoria do seu desempenho energético pela aplicação de várias medidas de melhoria para mitigar um dos grandes desafios atuais, como, a pobreza energética nos edifícios, a necessidade do aumento da eficiência e a implementação de tecnologias com recurso a energia de baixo custo. Como ponto de partida foi realizada uma revisão bibliográfica que permitiu aprofundar o conhecimento acerca das ferramentas modelação e simulação energética de edifícios, micro-rede térmica e elétrica, na vertente do seu dimensionamento com recurso a ferramentas de computação dinâmica.The European Union has defined reducing energy consumption and increasing energy efficiency as energy policy objectives for the coming decades. Of all energy uses in a building, space heating and cooling occupy a prominent place, as they represent a considerable share of the energy consumed in buildings, and also because of the importance they assume for the health and well-being of the occupants. At the same time, Directive 2018/844 of the European Parliament and of the Council, of May 30, 2018, on the energy performance of buildings (EPBD Directive) through, among other provisions, the introduction of an article that provides for the elaboration, by Member States Members, of a long term strategy to support the renovation, by 2050, of the respective national stocks of (non) residential, public and private buildings, including a roadmap with indicative measures and targets for 2030, 2040 and 2050. buildings are currently responsible for a significant part of national greenhouse gas emissions, around 42% in 2020. Buildings, which include the residential and service sectors, are major energy consumers accounting for around 30% of final energy consumption and are one of the most significant sources of CO2 emissions [RNC2050]. The low energy performance of buildings and insignificant energy consumption for air conditioning in the residential sector, combined with various indicators that point towards the occurrence of a high rate of energy poverty in the population, lead to the conclusion that thermal comfort conditions may not being guaranteed. Although heating and cooling networks may only constitute a niche solution in Portugal, small-scale networks can become a solution in other situations – which fits perfectly with the new concepts of micro-grids and energy communities. The present work focused on the study and dimensioning of a thermal and electrical micro-grid for a set of social housing and a service building, aiming at improving its energy performance by applying various improvement measures to mitigate one of the great current challenges, such as energy poverty in buildings, the need to increase efficiency and the implementation of technologies using low-cost energy. As a starting point, a bibliographical review was carried out that allowed to deepen the knowledge about the tools for modeling and energy simulation of buildings, thermal and electrical micro-grid, in terms of its dimensioning using dynamic computing tools.Coelho, LuísRepositório ComumPaquete, Rosário António2023-04-17T09:52:46Z2023-032023-03-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/44552TID:203272048porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-21T09:57:35Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/44552Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T23:13:01.730151Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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A União Europeia definiu a redução do consumo de energia e aumento da eficiência energética como objetivos da política energética para as próximas décadas. De todos os usos de energia num edifício, o aquecimento e o arrefecimento de espaço ocupam um lugar de destaque, por representarem uma considerável quota da energia consumida nos edifícios, e também pela importância que assumem para a saúde e bem-estar dos ocupantes. Paralelamente, a Diretiva 2018/844 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 30 de maio de 2018, relativa ao desempenho energético dos edifícios (Diretiva EPBD) mediante, entre outras disposições, a introdução de um artigo que prevê a elaboração, pelos Estados Membros, de uma estratégia de longo prazo para apoiar a renovação, até 2050, dos respetivos parques nacionais de edifícios (não) residenciais, públicos e privados, incluindo um roteiro com medidas e objetivos indicativos para 2030, 2040 e 2050. Em Portugal, os edifícios são atualmente responsáveis por uma parte significativa das emissões nacionais de gases com efeito de estufa, cerca de 42% em 2020. Os edifícios, que incluem os sectores residencial e de serviços, são grandes consumidores de energia sendo responsáveis por cerca de 30% do consumo de energia final e são uma das fontes mais significativas de emissão de CO2 [RNC2050]. O baixo desempenho energético dos edifícios e um consumo de energia pouco significativo para a climatização no setor residencial, aliados a vários indicadores que apontam no sentido da ocorrência de uma taxa elevada de pobreza energética na população, levam a considerar que as condições de conforto térmico poderão não estar a ser garantidas. Embora as redes de aquecimento e arrefecimento possam constituir apenas uma solução de nicho em Portugal, redes de pequenas escalas podem vir a ser uma solução em outras situações – o que se ajusta perfeitamente aos novos conceitos de micro-redes e comunidades de energia. O presente trabalho teve como foco o estudo e dimensionamento de uma micro-rede térmica e elétrica para um conjunto de moradias socias e um edifício de serviço visando a melhoria do seu desempenho energético pela aplicação de várias medidas de melhoria para mitigar um dos grandes desafios atuais, como, a pobreza energética nos edifícios, a necessidade do aumento da eficiência e a implementação de tecnologias com recurso a energia de baixo custo. Como ponto de partida foi realizada uma revisão bibliográfica que permitiu aprofundar o conhecimento acerca das ferramentas modelação e simulação energética de edifícios, micro-rede térmica e elétrica, na vertente do seu dimensionamento com recurso a ferramentas de computação dinâmica. |
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