Comportamento dos early postural Adjustments no gesto de alcance em indivíduos após acidente vascular cerebral

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Correia, Marisa Massano
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.22/11508
Resumo: Introdução: O membro superior (MS) permite realizar uma multiplicidade de tarefas, sendo necessário um adequado controlo postural (CP). Este está dependente de ajustes posturais, como os early postural adjusments (EPAs), cujos timings de ativação estão entre os -400 a -500ms. Nos indivíduos após acidente vascular cerebral (AVC), o CP encontra-se comprometido e a caraterização desses ajustes ainda carece de investigação. Objetivo(s): Analisar o comportamento dos EPAs no gesto de alcance, em indivíduos após AVC. Métodos: Amostra constituída por 16 indivíduos divididos em 2 grupos: sem condição neurológica (8) e após AVC (8). Foi solicitado que realizassem a tarefa de alcance nos planos sagital e da omoplata, na postura de pé. Foi recolhida a atividade eletromiográfica bilateral dos músculos trapézio superior (TS) e inferior (TI), grande dentado (GD), serrátil anterior (SA) e grande peitoral (GP). Para análise estatística, recorreu-se aos testes tstudent para amostras emparelhadas, na comparação intragrupo. Na comparação intergrupo, recorreu-se ao teste t-student para amostras independentes, quando se verificou os pressupostos da normalidade, e o teste de Mann-Whitney, quando tal não se verificou, com nível de significância de 0,05. Resultados: Foram encontradas diferenças estatisticamente significativas entre os grupos nos músculos TS (p=0,030), TI (p=0,021) e GD (p=0,001) ipsilaterais e GP contralateral (p=0,010) no movimento realizado com MS contralesional/NDOM, e no SA contralateral (p=0,007) e o GP ipsilateral (p=0,016) no movimento executado com o MS ipsilesional/DOM, no plano da omoplata. No plano sagital, verificaram-se diferenças estatisticamente significativas em TS (p=0,008), SA (p=0,000) e GP (p=0,001) ipsilaterais e TI contralateral (p=0,016) ao movimento realizado com MS contralesional/NDOM e no TS ipsilateral (p=0,034) ao movimento executado com o MS ipsilesional/DOM. Conclusão: Observa-se a tendência para um atraso nos timings de ativação dos EPAs nos indivíduos após AVC comparativamente aos indivíduos sem condição neurológica
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