Antropização da paisagem e gestão das matérias-primas : estudo arqueopetrográfico de monumentos megalíticos do Alto Ribatejo, Portugal
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2015 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.26/13362 |
Resumo: | Este trabalho baseia-se no estudo arqueopetrográfico de quatro antas situadas no Alto Ribatejo, designadamente a Anta 1 de Val da Laje (Tomar), a Anta da Lajinha (Mação), a Anta da Foz do Rio Frio (Mação), e a Anta do Penedo Gordo (Gavião). Neste território afloram rochas pertencentes ao Maciço Hespérico (onde estão situados os sítios arqueológicos estudados), ao Maciço Calcário Estremenho (que inclui monumentos megalíticos mais tardios, não incluídos neste estudo) e à Bacia Sedimentar do Rio Tejo, distando as duas últimas unidades geomorfológicas escassos quilómetros dos sítios estudados. Desde os primórdios da sua ocupação, o ser humano soube aproveitar a grande diversidade de recursos oferecidos por esta região, entre eles os recursos líticos, utilizados para vários fins e de que são exemplos as indústrias líticas, a construção de antas, e as estruturas defensivas e habitacionais. A aquisição de matérias-primas constitui o primeiro passo da qualquer cadeia operatória, logo o estudo arqueopetrográfico daquelas que foram utilizadas na construção das antas pode fornecer dados paleoeconómicos relevantes sobre as comunidades que as utilizaram e o território que exploravam, ao mesmo tempo que pode proporcionar dados que permitam descortinar os critérios que levaram à sua escolha. Neste trabalho foi realizada uma abordagem geoarqueológica às antas referenciadas, caraterizando as matérias-primas utilizadas na sua construção e comparando-as com os afloramentos geológicos da região, numa tentativa de identificar a origem da sua proveniência. Foram analisados macroscopicamente os esteios de cada uma das antas e as lajes de cobertura da Anta 1 de Val da Laje, por ser a única que ainda as possui. O estudo microscópico em lâmina delgada foi feito em amostras provenientes de alguns esteios selecionados para o efeito. Estes dados foram posteriormente comparados com aqueles obtidos em amostras recolhidas em afloramentos situados nas suas proximidades, permitindo no caso da Anta 1 de Val da Laje identificar a Fonte da Matéria-prima como localizada a aproximadamente 100 metros do monumento. Para os restantes monumentos não foi possível identificar os afloramentos fonte da matéria-prima, no entanto foi possível reconhecer a sua Área Mãe de Procedência. Relativamente a estes monumentos confirmouse a proveniência local das matérias-primas dentro de um raio de ação de 1 a 2 km, em conformidade com tendência apontada para outras áreas europeias por THORPE e WILLIAMS-THORPE (1991). Durante o trabalho de campo foi também efetuada uma recolha de amostras geológicas de matérias-primas aflorantes na região envolvente dos sítios arqueológicos do Alto Ribatejo, inseridos na unidade geomorfológica do Maciço Hespérico. As amostras geológicas, depois de estudadas do ponto de vista petrográfico, passaram a integrar a coleção de referência georreferenciada de matérias-primas da Litoteca do Instituto Terra e Memória, localizada em Mação, a qual servirá como padrão de comparação para estudos arqueopetrográficos futuros. Além disso, permitirá estudar as matérias-primas utilizadas no passado e constituir-se-á como uma importante ferramenta didática de apoio e complemento das aprendizagens dos alunos de vários graus de ensino, que poderão contactar num só espaço com as litologias desta região e perceber a longa diacronia que houve em termos da sua utilização. |
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Antropização da paisagem e gestão das matérias-primas : estudo arqueopetrográfico de monumentos megalíticos do Alto Ribatejo, PortugalArqueopetrografiaAlto RibatejoMatérias-primasProveniência geológicaMegalitismoAntaLitotecaDomínio/Área Científica::Engenharia e TecnologiaEste trabalho baseia-se no estudo arqueopetrográfico de quatro antas situadas no Alto Ribatejo, designadamente a Anta 1 de Val da Laje (Tomar), a Anta da Lajinha (Mação), a Anta da Foz do Rio Frio (Mação), e a Anta do Penedo Gordo (Gavião). Neste território afloram rochas pertencentes ao Maciço Hespérico (onde estão situados os sítios arqueológicos estudados), ao Maciço Calcário Estremenho (que inclui monumentos megalíticos mais tardios, não incluídos neste estudo) e à Bacia Sedimentar do Rio Tejo, distando as duas últimas unidades geomorfológicas escassos quilómetros dos sítios estudados. Desde os primórdios da sua ocupação, o ser humano soube aproveitar a grande diversidade de recursos oferecidos por esta região, entre eles os recursos líticos, utilizados para vários fins e de que são exemplos as indústrias líticas, a construção de antas, e as estruturas defensivas e habitacionais. A aquisição de matérias-primas constitui o primeiro passo da qualquer cadeia operatória, logo o estudo arqueopetrográfico daquelas que foram utilizadas na construção das antas pode fornecer dados paleoeconómicos relevantes sobre as comunidades que as utilizaram e o território que exploravam, ao mesmo tempo que pode proporcionar dados que permitam descortinar os critérios que levaram à sua escolha. Neste trabalho foi realizada uma abordagem geoarqueológica às antas referenciadas, caraterizando as matérias-primas utilizadas na sua construção e comparando-as com os afloramentos geológicos da região, numa tentativa de identificar a origem da sua proveniência. Foram analisados macroscopicamente os esteios de cada uma das antas e as lajes de cobertura da Anta 1 de Val da Laje, por ser a única que ainda as possui. O estudo microscópico em lâmina delgada foi feito em amostras provenientes de alguns esteios selecionados para o efeito. Estes dados foram posteriormente comparados com aqueles obtidos em amostras recolhidas em afloramentos situados nas suas proximidades, permitindo no caso da Anta 1 de Val da Laje identificar a Fonte da Matéria-prima como localizada a aproximadamente 100 metros do monumento. Para os restantes monumentos não foi possível identificar os afloramentos fonte da matéria-prima, no entanto foi possível reconhecer a sua Área Mãe de Procedência. Relativamente a estes monumentos confirmouse a proveniência local das matérias-primas dentro de um raio de ação de 1 a 2 km, em conformidade com tendência apontada para outras áreas europeias por THORPE e WILLIAMS-THORPE (1991). Durante o trabalho de campo foi também efetuada uma recolha de amostras geológicas de matérias-primas aflorantes na região envolvente dos sítios arqueológicos do Alto Ribatejo, inseridos na unidade geomorfológica do Maciço Hespérico. As amostras geológicas, depois de estudadas do ponto de vista petrográfico, passaram a integrar a coleção de referência georreferenciada de matérias-primas da Litoteca do Instituto Terra e Memória, localizada em Mação, a qual servirá como padrão de comparação para estudos arqueopetrográficos futuros. Além disso, permitirá estudar as matérias-primas utilizadas no passado e constituir-se-á como uma importante ferramenta didática de apoio e complemento das aprendizagens dos alunos de vários graus de ensino, que poderão contactar num só espaço com as litologias desta região e perceber a longa diacronia que houve em termos da sua utilização.Cura, Sara Raquel MendesSá, Artur Agostinho de Abreu eRepositório ComumMoleiro, Vera Lúcia da Silva2016-04-28T15:18:31Z20152016-042015-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.26/13362TID:201823705porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-10-20T10:51:57Zoai:comum.rcaap.pt:10400.26/13362Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T20:36:45.306894Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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