PSA : utilidade e limitações no doente com carcinoma da próstata

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Andrade, Joana Verdelho
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/83525
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Urologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling PSA : utilidade e limitações no doente com carcinoma da próstataNeoplasias da próstataAtigénio especifico da próstataDoseamento do prostate specific antigendiagnóstico precoce com prostate specific antigendetecção do cancro da próstataagressividade do cancro da próstata e monitorização do cancro da próstataDomínio/Área Científica::Ciências MédicasTrabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Urologia, apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução O cancro da próstata constitui o tumor maligno sólido mais comum no homem e representa a segunda causa de morte nos países ocidentais. O sucesso na abordagem deste carcinoma implica uma detecção precoce, uma avaliação do risco e um tratamento adequado. O PSA é, actualmente, o marcador mais utilizado na sua detecção, correlacionando-se directamente com a sua agressividade. Para além disso, é essencial na monitorização da recorrência da doença. Objectivos O presente trabalho de revisão bibliográfica tem como objectivo descrever o comportamento do PSA sérico em doentes com neoplasia da próstata, apreciando a sua utilidade e limitações na detecção, na caracterização do prognóstico e na monitorização desta doença. Material e Métodos Na elaboração deste artigo procedeu-se à pesquisa de artigos científicos originais e de revisão, entre 1989 e 2011, na Pubmed/Medline e em revistas científicas, em língua inglesa. Para além disso, consultaram-se websites especializados na temática. Desenvolvimento O PSA é uma glicoproteína produzida quase exclusivamente pelas células epiteliais da próstata. Embora possa ser útil no diagnóstico, no estadiamento do cancro da próstata, na avaliação da resposta às terapêuticas instituídas e nas recidivas, não é um marcador tumoral mas sim um marcador de órgão. Varia consoante a idade do doente, a sua raça, peso e medicação e pode estar aumentado noutras patologias prostáticas como a hipertrofia benigna da próstata e as prostatites. No carcinoma da próstata os valores séricos de PSA são variáveis, sendo difícil identificar um cut-off válido com indicação para biópsia, que equilibre a sensibilidade e especificidade. Para valores de PSA entre 2.5-4.0 ng/ml, há uma probabilidade de cancro da próstata de 12-23%; entre 4.1-10.0 ng/ml, 35-45%; e para valores superiores a 10.0 ng/ml, a probabilidade é superior a 50%. O seu papel como marcador de diagnóstico é, no entanto, controverso pelas suas várias limitações, que inclui a sua baixa especificidade e baixa sensibilidade. Para ultrapassar estas limitações, podem utilizar-se várias estratégias: medir as diferentes isoformas do PSA (PSA livre, PSA conjugado, proPSA e PSA-B), o volume prostático (densidade do PSA) e a taxa de variação dos níveis de PSA ao longo do tempo (velocidade do PSA e tempo de duplicação do PSA). Evidências epidemiológicas sugerem que a utilização do PSA no diagnóstico precoce reduz a incidência de doença metastática e melhora as taxas de sobrevida do cancro da próstata. Deve-se, por isso, recomendar a determinação do PSA, juntamente com o toque rectal, a homens entre os 40 e 75 anos, desde que previamente informados sobre os riscos e benefícios. Conclusão O PSA é o marcador mais utilizado na detecção do cancro da próstata, correlaciona-se directamente com a agressividade do mesmo e com a evolução após o tratamento. É útil na monitorização pós-tratamento da recorrência da doençaIntroduction Prostate cancer is the most common solid malignancy in men and is the second leading cause of death in Western countries. The cancer approach success involves early detection, risk assessment and appropriate treatment. The PSA is currently the most widely used marker in its detection and it correlates directly with its aggressiveness. Furthermore, it is essential to monitor the disease recurrence. Objectives This review aims to describe the behavior of PSA in patients with prostate cancer. It will assess its usefulness and limitations on the detection, characterization and monitoring the prognosis of this disease. Materials and Methods The preferred methodology was based on the research in Pubmed/Medline and scientific journals of original scientific articles and review articles between 1989 and 2011. In addition, specialized websites have been consulted on the issue. Development PSA is a glycoprotein produced almost exclusively by prostatic epithelial cells. Although it may be useful in diagnosing, in staging the prostate cancer and in assessing the response to therapeutic regimens and recurrence, it is not a tumor marker but an organ marker. It changes according to patient´s age, race, weight and medication. It may be increased in other prostatic pathologies such as benign prostatic hypertrophy and prostatitis In prostate cancer, PSA values are variable, making it difficult to identify a valid cut-off that balances sensitivity and specificity, which could be an indication for biopsy. The probability of prostate cancer with PSA values between 2.5 and 4.0 ng/ml is 12-23%, from 4.1 to 10.0 ng/ml is 35-45%, and for PSA above 10.0 ng/ml, the probability is greater than 50%. However, its role as a diagnostic marker is controversial for its several limitations, which includes the low specificity and low sensitivity. To overcome these limitations, there are several strategies such as measuring the different PSA isoforms (free PSA, complexed PSA, proPSA and PSA-B), prostate volume (PSA density) and the rate of PSA variation over time (PSA velocity and PSA doubling time). Epidemiologic evidence suggests that the use of PSA in the early diagnosis reduces the incidence of metastatic disease and improves survival rates of prostate cancer. It should therefore be recommended the PSA determination, along with the digital rectal examination, in men between 40 and 75 years old, since previously informed about the risks and benefits. Conclusion PSA is the most widely used marker for the detection of prostate cancer, correlates directly with its aggressiveness and with the treatment outcome. It is useful in monitoring disease recurrence after the treatment.2012-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/83525http://hdl.handle.net/10316/83525porAndrade, Joana Verdelhoinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T02:54:08Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/83525Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:05:15.040951Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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