Da vinculação à psicopatia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Fernandez, Inês da Silva
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/4905
Resumo: A presente dissertação tem como objetivo analisar a possibilidade de identificar traços psicopáticos em jovens adolescentes, em oposição daquilo que as correntes teóricas expõem, afirmando que se trata de um transtorno de personalidade do individuo adulto. Por outro lado, a parte principal desta investigação baseia-se na teoria da vinculação, pelo que se pretende sustentar que os padrões de vinculação criados com os pais podem levar ao desenvolvimento de traços de psicopatia na fase da adolescência. Assim, os padrões de vinculação avaliados foram a confiança, a comunicação e a atenção/alienação, através do inventário de vinculação aos pais e amigos – IPPA3. Por sua vez, os traços de psicopatia foram analisados pela versão adaptada do inventário de psicopatia para adolescentes – YPI. O estudo foi efetuado numa amostra de 428 adolescentes, com idades compreendidas entre os 12 e 17 anos (M= 14, 68), que frequentam duas escolas de ensino regular e duas escolas de ensino profissional. As hipóteses determinaram que uma má qualidade dos padrões de vinculação pode leva ao desenvolvimento de traços psicopáticos, havendo contributos distintos de acordo com a vinculação à mãe e ao pai. Os principais resultados confirmaram que os padrões confiança e atenção contribuem de forma negativa e o padrão comunicação contribui de forma positiva para o desenvolvimento de traços psicopáticos. Portanto, enquanto que os padrões confiança e atenção indicam uma influência protetora da psicopatia, o padrão comunicação aparece como um fator favorável, facto este só compreendido se for relacionada com uma comunicação disfuncional com a figura paterna. Por sua vez, também é possível verificar que o nível de confiança em relação à figura materna se apresenta como um fator favorável para o desenvolvimento de traços de psicopatia. Por outro lado, os níveis comunicação e atenção indicam uma influência protetora no caso da mãe.
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