Gestão de espaços florestais em áreas protegidas de montanha: o caso do Perímetro Florestal de Manteigas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Matos, Ana Teresa Lopes Alves de
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10348/7914
Resumo: O Parque Natural da Serra da Estrela é uma área protegida de grande importância ecológica, principalmente ao nível da sua biodiversidade e capacidade de provisionamento de água em quantidade e qualidade. Tal como a maioria das montanhas portuguesas, diversos fatores têm levado à sua instabilidade e contínua degradação, implicando perda de serviços de ecossistema. Os incêndios florestais de grande dimensão e intensidade constituem o problema com maior visibilidade e devem-se sobretudo à ausência de uma gestão eficaz do território. Deste modo, é necessário encontrar formas de gestão que respondam aos desafios atuais e futuros, o que será possível através da compreensão dos constrangimentos que conduziram à situação atual. Através da análise histórica da evolução da realidade nas montanhas, ressaltam dois períodos de estabilidade: um em que a ocupação humana ainda não tinha um impacto significativo nos ecossistemas e o período das sociedades agro-pastoris tradicionais. Uma vez que a conservação da natureza visa a proteção dos valores remanescentes destas duas situações contra as influências nefastas da globalização, faz todo o sentido procurar no passado soluções ao nível da gestão para os desequilíbrios presentes, adaptando-as à realidade atual. O objetivo central deste trabalho consiste na elaboração do Plano de Gestão Florestal do Perímetro Florestal de Manteigas, com a proposta de medidas de gestão que tenham em atenção as condicionantes existentes, de forma a promover um desenvolvimento sustentável na região. Algumas das soluções encontradas foram a expansão da floresta autóctone em locais estratégicos e o fomento das atividades tradicionais, principalmente o pastoreio extensivo, de forma a promover um mosaico paisagístico mais resistente aos incêndios e a proteger importantes valores naturais e culturais.
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