Avaliação a médio prazo da reconstrução do ligamento cruzado anterior : osso-tendão-osso versus semi-tendinoso gracilis

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ângelo, Susana Patrícia Ribeiro
Data de Publicação: 2011
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10316/81246
Resumo: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Ortopedia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
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spelling Avaliação a médio prazo da reconstrução do ligamento cruzado anterior : osso-tendão-osso versus semi-tendinoso gracilisReconstrução do ligamento cruzado anteriorLigamento cruzado anteriorJoelhoTrabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Ortopedia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de CoimbraIntrodução: A importância do ligamento cruzado anterior no funcionamento normal do joelho, a frequência com que ocorre a sua lesão, e as complicações que daí advêm justificam o interesse existente quer na fisiologia quer na problemática da sua reconstrução. Dos enxertos utilizados na reconstrução intra-articular, a opção entre tendão patelar e os tendões dos músculos semi-tendinoso e gracilis ainda é controversa. Objectivo: O objectivo deste trabalho é avaliar e comparar, a médio prazo, os resultados funcionais da reconstrução artroscópica do ligamento cruzado anterior com dois tipos distintos de enxerto tendinoso autólogo: tendão rotuliano e tendão de semi-tendinoso e gracilis em feixe quádruplo, numa população que não pratica desporto de competição. Metodologia: Realizou-se um estudo retrospectivo não randomizado, tipo coorte, comparativo. Nível de evidência - IV. Foram seleccionados 70 doentes com rotura do ligamento cruzado anterior submetidos a ligamentoplastia artroscópica anatómica pelo mesmo cirurgião. Em metade foi realizada a reconstrução com tendão livre dos músculos isquío-tibiais (semi-tendinoso e gracilis) em feixe quádruplo (grupo ST-G) e nos restantes casos foi utilizada uma plastia Osso-Tendão patelar-Osso (grupo OTO). Em todos os casos, os enxertos eram autólogos e colhidos do lado da lesão. O follow up pós-operatório mínimo foi de dois anos. Como parâmetros de avaliação funcional foram escolhidas as escalas de nível de actividade de Tegner, a escala funcional de Lysholm e a escala International Knee Documentation Committee; e os testes de estabilidade ligamentar: o teste da gaveta anterior e de Trillat-Lachmann. Resultados: Ao fim do 2º ano pós-operatório: o teste da gaveta anterior foi negativo em 91,4% OTO versus 100% ST-G; a manobra de Trillat-Lachman foi negativa em 82,9% OTO versus 74,3% ST-G, verificou-se uma maior laxidez no grupo ST-G, “mole” em 17,1% ST-G (0%OTO). A escala funcional de Lysholm foi de 95,7 no grupo OTO e 97,2 no ST-G. A escala IKDC englobou no grupo A: 51,4% dos casos OTO e 57,1% dos ST-G; no grupo B: 48,6% OTO e 25,7% ST-G; no grupo C: 17,1% ST-G e 0% OTO. A manutenção do nível de actividade (aferido pela escala de Tegner) foi de 94,3% no grupo OTO e de 97,1% no ST-G. 17,1% dos doentes do grupo OTO referiram dor na região anterior do joelho (0% ST-G). Conclusões: Tanto a técnica OTO como a ST-G são óptimas escolhas para a ligamentoplastia do LCA. Ao fim de dois anos, proporcionam uma boa estabilidade e excelentes resultados funcionais, sem diferenças estatisticamente significativas entre elas, com excepção, das queixas álgicas na região anterior do joelho mais frequentes com a técnica OTO.Introduction: The importance of the anterior cruciate ligament that allows for the normal function of the knee, the frequency of its lesions and the complications that result from these justify the existing interest that exists with regards to the physiology along with the problems around its reconstruction. There is still some controversy around which grafts to use for intra-articular reconstruction, whether the patelar tendon or the hamstring autografts composed of the semitendinosus along with the gracilis tendon. Objectives: This paper is aimed at evaluating and comparing the functional results of arthroscopic reconstruction of the anterior cruciate ligament with two distinct types of tendon autografts: patelar tendon and hamstring tendon composed of semitendinosus along with gracilis in a four strand hamstring graft, in a population that does not consist of professional athletes. Methodology: A retrospective non-randomized analysis was done, comparative, cohort type with a level of evidence- IV. 70 patients with a torn anterior cruciate ligament were selected after undergoing anatomic arthroscopic ligamentoplasty by the same surgeon. Half were subject to reconstruction using the free tendon of the hamstrings (semitendinsosus and gracilis) in a four strand graft (group ST-G), and the rest underwent plasty with a bone patellar tendon-bone graft (group BPTB). In all cases bone grafts were autologous and collected from the same side as the lesion. Minimum post-operatory follow-up time was two years. For evaluation of functional parameters, various scales were used including the Tegner knee scoring scale, the Lysholm knee questionnaire, and the guidelines from the International Knee Documentation Committee, along with ligament stability tests: anterior draw test and that of Trillat- Lachmann Results: At the end of the second year post-operatory, the anterior draw test was negative in 91,4% versus 100% ST-G; the Trillat-Lachmann maneuver was negative in 82,9% BPTB versus 74,3% ST-G, a greater laxity in the ST-G group, “soft” in 17,1% ST-G (versus 0% BPTB). The Lysholm functional knee scale showed 95,7 in the BPTB group and 97,2 in the ST-G group. The guidelines for the IKDC incorporated 51,4% of BPTP cases and 57,1% of ST-G cases in group A, while in group B: 48,6% of BPTP and 25,7% of ST-G; and in group C, 17,1% of ST-G (0% of BPTP). The maintenance of the level of activity (evaluated by the Tegner scoring scale) was found to be 94,3% in the BPTP group and 97,1% in the ST-G group. 17,1% of patients in the BPTB group referred pain in the anterior part of the knee (0% in the ST-G group.). Conclusion: Both the BPTP technique as well as the ST-G technique are good choices for the ligamentoplasty of the anterior cruciate ligament. After two years, they both allow for optimum stability and excellent functional results, without statistically significant differences between these two techniques, except for the occurrence of pain in the anterior region of the knee that seems to be more frequent with the BPTB technique.2011info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesishttp://hdl.handle.net/10316/81246http://hdl.handle.net/10316/81246porÂngelo, Susana Patrícia Ribeiroinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2022-05-25T01:44:22Zoai:estudogeral.uc.pt:10316/81246Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T21:03:22.945209Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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