Prevenção e controlo da infeção associada a cuidados de saúde, IACS: higienização das mãos, uma prática na segurança do doente

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Monteiro, Gina Isabel Martins
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/3047
Resumo: Introdução: A Infeção Associada aos Cuidados de Saúde (IACS), define-se como aquela que surge durante a prestação de cuidados num hospital ou outra instituição, e que não existia nem estava em incubação na altura da admissão. Inclui também infeções adquiridas no hospital mas que se manifestam após a alta, assim como infeções de natureza ocupacional. Este problema assume cada vez maior importância em Portugal e no mundo, uma vez que, é uma importante causa de mortalidade e morbilidade, representando um acréscimo de consumo de recursos. A IACS apresenta muitas caraterísticas que a tornam uma componente crítica de qualquer programa de segurança do doente. De entre as precauções básicas no cumprimento de Boas práticas, a higienização das mãos é considerada a medida de maior impacto e comprovada eficácia na prevenção de IACS, e isto, deve-se ao facto de impedir a transmissão cruzada de microrganismos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou o desafio “Clean Care is Safer Care” com o objetivo de prevenir a IACS. Preconiza-se, entre outras ações, a higiene das mãos como uma das medidas de maior relevância na redução das infeções, na diminuição da resistência aos antimicrobianos e na redução dos custos. Objetivo: Avaliar os principais fatores inflenciadores e preditores da adesão à Higienização das Mãos, uma prática evidente na prevenção e controlo de IACS e consequentemente na segurança do doente. Material e Métodos: Investigação de natureza quantitativa, com uma amostra de 208 profissionais de saúde, médicos e enfermeiros da Unidade Local Saúde, Guarda. Foi utilizado para a recolha de dados, um questionário adaptado de dois, do projeto “World Alliance for Patient Safety” criado pela OMS. Resultados: Confirmam a existência de variáveis influenciadoras e preditoras da boa adesão à higienização das mãos. Conclusões: A categoria profissional Enfermeiro; o sexo feminino; a idade; o vínculo estável à instituição; um horário semanal de trabalho inferior a 35 horas; políticas institucionais, e os corretos uso e disponibilidade de SABA, são influenciadores da boa adesão à higienização das mãos. Para além disso, a adesão à higiene das mãos, é uma variável diretamente influenciada pelos pares, nomeadamente chefes e colegas de trabalho. São preditoras da adesão à higienização das mãos, a tipologia de serviço onde são exercidas funções (serviço médico ou cirúrgico), o tempo de serviço na unidade e o tempo de receção de formação sobre higiene das mãos. De igual modo, as informações fornecidas pelo estudo possibilitam-nos compreender que o controlo da ICAS envolve um esforço conjunto de diferentes sujeitos e instâncias, como Profissionais de saúde, Gestores e Comunidade.
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De entre as precauções básicas no cumprimento de Boas práticas, a higienização das mãos é considerada a medida de maior impacto e comprovada eficácia na prevenção de IACS, e isto, deve-se ao facto de impedir a transmissão cruzada de microrganismos. A Organização Mundial de Saúde (OMS) lançou o desafio “Clean Care is Safer Care” com o objetivo de prevenir a IACS. Preconiza-se, entre outras ações, a higiene das mãos como uma das medidas de maior relevância na redução das infeções, na diminuição da resistência aos antimicrobianos e na redução dos custos. Objetivo: Avaliar os principais fatores inflenciadores e preditores da adesão à Higienização das Mãos, uma prática evidente na prevenção e controlo de IACS e consequentemente na segurança do doente. Material e Métodos: Investigação de natureza quantitativa, com uma amostra de 208 profissionais de saúde, médicos e enfermeiros da Unidade Local Saúde, Guarda. Foi utilizado para a recolha de dados, um questionário adaptado de dois, do projeto “World Alliance for Patient Safety” criado pela OMS. Resultados: Confirmam a existência de variáveis influenciadoras e preditoras da boa adesão à higienização das mãos. Conclusões: A categoria profissional Enfermeiro; o sexo feminino; a idade; o vínculo estável à instituição; um horário semanal de trabalho inferior a 35 horas; políticas institucionais, e os corretos uso e disponibilidade de SABA, são influenciadores da boa adesão à higienização das mãos. Para além disso, a adesão à higiene das mãos, é uma variável diretamente influenciada pelos pares, nomeadamente chefes e colegas de trabalho. São preditoras da adesão à higienização das mãos, a tipologia de serviço onde são exercidas funções (serviço médico ou cirúrgico), o tempo de serviço na unidade e o tempo de receção de formação sobre higiene das mãos. De igual modo, as informações fornecidas pelo estudo possibilitam-nos compreender que o controlo da ICAS envolve um esforço conjunto de diferentes sujeitos e instâncias, como Profissionais de saúde, Gestores e Comunidade.Background: Health Care Associated Infection (HCAI) is defined as the one acquired during care giving in a hospital or other institution, and not present, or incubating at time of admission. Moreover, infections acquired after discharge and ocupational infections are also included. HCAI is a major probelm in Portugal and around the world, increasing mortality, morbidity and resource consumption. HCAI`s characteristics made it a citical component in any patient safety related programe. Because of it´s ability to block crossed microorganism transmission, handwashing is a major component in good practice concerning HCAI prevention. The goal of World Healh Organazatin`s (WHO) challenge “Clean Care is Safer Care” is ensuring that infection control is achieved, preventing HCAI. Handwashing contributes towards cost reduction and lower antibiotic related resistence. Objective: To identify the predictors for handwashing compliance in relation to hospital facilities and health care workers characteristics. Material and Methods: The target population were health care professionals (Doctors and nurses) working in Guarda and Seia – Portugal. The sample, consisting of 208 professionals, fulfilled a questionaire adapted from WHO`s project “World alliance for patient safety”. Results: The results showed the existence of influencing and predicting factors in handwashing compliance. Conclusions: Being a nurse; female sex; age; stable working contract; weekly timetable with less than 35 hours; institutional politics and correct use and availability of alcohol based anti-septic solution; influence good handwashing compliance. Moreover, other health care workers attitude towards handwashing, also influences compliance. The study identified as predictors for handwashing compliance, the kind of ward (medical Vs surgical), health care workers experience, and existence of previous education towars handwashing. Likewise, the stuy data provide greatest understanding in HCAI, and the role of heakth care workers in achieving infection control.Almeida, Anabela Antunes deuBibliorumMonteiro, Gina Isabel Martins2015-02-13T13:50:40Z20122012-062012-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/3047porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:39:19Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/3047Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:44:34.794129Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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