O governo Bolsonaro: crises internas e controvérsias externas
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Outros Autores: | |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/11144/4921 |
Resumo: | Aproxima-se de um ano do Governo Bolsonaro. E não seria exagerada a afirmação de que um sinônimo para ele seria o de crises (no plural) – advindo daí uma saliente dúvida: crises com origens externas à gestão ou por ela provocadas? Por certo, a resposta a esse questionamento deve contemplar as duas dimensões, mas parece haver motivos à farta para reconhecermos que a primeira fonte de problemas se encontra no próprio governo. Se isso se pensa da política interna, da mesma forma, neste decurso, já se pode pensar em reflexos de sua atuação em termos de relações exteriores. Rememore-se, brevemente, de alguns traços da ascensão eleitoral impressionante da candidatura bolsonarista nas eleições de 2018: foi um processo de alinhamento de diversas posições que tinham em comum um forte sentimento “antissistema” – com especificidades antipolíticas (alcançando os políticos e as instituições representativas, identificados com a corrupção), com foco no PT (Partido dos Trabalhadores) e nas figuras de proa dos partidos até então no controle do Estado brasileiro: PMDB, PP e PSDB, entre outros. Em suma: o discurso proferido por Bolsonaro, fazendo uso até de redes e imagens religiosas, revestiu-se de novidade em face da dicção de suas críticas – contra tudo e contra todos. Prometia-se um governo de regeneração moral – e de forte conteúdo nacional, sem descurar, no que poderia se considerar em alguns pontos paradoxal, de uma agenda liberal na economia – diante de uma estrutura considerada como corrompida. |
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