Anafilaxia: conhecimento dos profissionais de saúde

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Brás, João Miguel do Nascimento
Data de Publicação: 2017
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/8060
Resumo: Introdução: A anafilaxia é uma reação de hipersensibilidade sistémica grave, de início súbito e potencialmente fatal. Ao longo dos anos tem-se verificado um aumento na incidência e prevalência desta. Contudo, estudos têm documentado a existência de uma falta de conhecimento por parte dos profissionais de saúde no que diz respeito ao diagnóstico e tratamento desta entidade clínica. Objetivos: Avaliar o grau de informação sobre a anafilaxia dos médicos pertencentes ao Serviço de Urgência da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco. Como objetivos secundários, pretende-se (1) avaliar se existem diferenças no domínio do conhecimento sobre esta entidade nosológica, em função da especialidade médica ou cirúrgica, bem como (2) avaliar eventual necessidade de formação específica nesta área. Materiais e métodos: Foram incluídos todos os médicos especialistas e internos de formação específica de diferentes especialidades (Cirurgia Geral, Medicina Interna, Medicina Geral e Familiar e Pediatria Médica), que exerceram atividade clínica no Serviço de Urgência da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco durante o mês de setembro de 2015. Foram convidados a preencher um questionário constituído por cinco questões de escolha múltipla e uma questão fechada, no âmbito da abordagem da anafilaxia (Anexo 1). Resultados: A taxa de participação foi de 75%. Dentro dos participantes, verificou-se a seguinte distribuição por especialidade: 15 (35,7%) de medicina interna, 7 (16,7%) de cirurgia geral, 5 (11,9%) de pediatria e 15 (35,7%) de medicina geral e familiar. Globalmente, apenas 6 médicos (14,3%) responderam corretamente a todo o questionário e 6 médicos (14,2%) obtiveram uma classificação inferior a 50%. Cerca de 81% dos médicos identificaram o “broncospasmo” como manifestação clínica de anafilaxia; 38,1% reconheceram as manifestações cutâneo-mucosas como as mais frequentes da anafilaxia; 69% consideraram que as crises hipertensivas não são uma forma de apresentação da anafilaxia; 88,1% assinalaram a adrenalina como o tratamento de primeira linha; 50% identificaram corretamente a via de administração da adrenalina e 57,1% reconheceram o nome dos dispositivos para autoadministração de adrenalina. Conclusões: Embora 14% dos participantes possuam elevados conhecimentos sobre a anafilaxia, outros 14% dos inquiridos não demonstraram conhecimentos mínimos sobre esta patologia. Globalmente existem lacunas de conhecimento no que respeita ao diagnóstico e tratamento. A existência de formação específica sobre esta patologia poderá aumentar o conhecimento dos médicos sobre a mesma, com benefícios na abordagem clínica.
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Materiais e métodos: Foram incluídos todos os médicos especialistas e internos de formação específica de diferentes especialidades (Cirurgia Geral, Medicina Interna, Medicina Geral e Familiar e Pediatria Médica), que exerceram atividade clínica no Serviço de Urgência da Unidade Local de Saúde de Castelo Branco durante o mês de setembro de 2015. Foram convidados a preencher um questionário constituído por cinco questões de escolha múltipla e uma questão fechada, no âmbito da abordagem da anafilaxia (Anexo 1). Resultados: A taxa de participação foi de 75%. Dentro dos participantes, verificou-se a seguinte distribuição por especialidade: 15 (35,7%) de medicina interna, 7 (16,7%) de cirurgia geral, 5 (11,9%) de pediatria e 15 (35,7%) de medicina geral e familiar. Globalmente, apenas 6 médicos (14,3%) responderam corretamente a todo o questionário e 6 médicos (14,2%) obtiveram uma classificação inferior a 50%. Cerca de 81% dos médicos identificaram o “broncospasmo” como manifestação clínica de anafilaxia; 38,1% reconheceram as manifestações cutâneo-mucosas como as mais frequentes da anafilaxia; 69% consideraram que as crises hipertensivas não são uma forma de apresentação da anafilaxia; 88,1% assinalaram a adrenalina como o tratamento de primeira linha; 50% identificaram corretamente a via de administração da adrenalina e 57,1% reconheceram o nome dos dispositivos para autoadministração de adrenalina. Conclusões: Embora 14% dos participantes possuam elevados conhecimentos sobre a anafilaxia, outros 14% dos inquiridos não demonstraram conhecimentos mínimos sobre esta patologia. Globalmente existem lacunas de conhecimento no que respeita ao diagnóstico e tratamento. A existência de formação específica sobre esta patologia poderá aumentar o conhecimento dos médicos sobre a mesma, com benefícios na abordagem clínica.Introduction: Anaphylaxis is a severe, of sudden onset and potentially fatal systemic hypersensitivity reaction. Over the years its incidence and prevalence has increased. However, several studies have documented a lack of knowledge on the part of health professionals regarding diagnosis and treatment of this clinical entity. Goals: To assess the degree of information about anaphylaxis among physicians belonging to the Emergency Department of the Local Health Unit of Castelo Branco. As secondary goals, it is intended (1) to assess if there are differences in the domain of knowledge about this nosological entity, based on the medical or surgical specialty as well as (2) assessing the eventual need for specific training in this area. Materials and Methods: There were included all specialist doctors and specific training interns of different specialties (General Surgery, Internal Medicine, General Practice and Medical Pediatrics), who performed clinical activity in the Emergency Department of the Local Health Unit of Castelo Branco during September 2015. They were invited to complete a questionnaire consisting of five multiple choice questions and one closed question, concerning the anaphylaxis approach (Attachment 1). Results: The participation rate was 75%. Within the participants, the following distribution per specialty was verified: 15 (35,7%) from Internal Medicine, 7 (16,7%) from General Surgery, 5 (11,9%) from Pediatrics and 15 (35,7%) from General Practice. Globally, only 6 doctors (14,3%) answered correctly to the whole questionnaire and 6 doctors (14,2%) obtained a classification below 50%. About 81% of the doctors identified “bronchospasm” as a clinical manifestation of anaphylaxis; 38,1% acknowledged the cutaneous-mucous manifestations as the most frequent in anaphylaxis; 69% considered that the hypertensive crisis aren’t a presentation form of anaphylaxis; 88,1% marked adrenaline as the first line treatment; 50% identified the correct adrenaline administration route and 57,1% acknowledged the names of the adrenaline selfadministration devices. Conclusions: Although 14% of participants had high knowledge of anaphylaxis, other 14% of respondents didn’t demonstrate minimal knowledge about this condition. Globally there are knowledge gaps regarding diagnosis and treatment. The existence of specific training on this pathology may increase the doctors' knowledge about it, with benefits in the clinical approach.Borrego, Luís Miguel NabaisIbáñez, Carlos LozoyauBibliorumBrás, João Miguel do Nascimento2019-12-20T17:29:03Z2017-1-172017-03-032017-03-03T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/8060TID:202347249porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:47:47Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/8060Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:48:29.003136Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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