Cinesiterapia Respiratória na Bronquiolite Aguda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Ana Teresa; Interna Complementar de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Geral de Santo António, Porto, Portugal
Data de Publicação: 2013
Outros Autores: Silva, Sofia Ferreira; Interna Complementar de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Senhora da Oliveira, Guimarães, Portugal, Palhau, Lurdes; Directora do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Geral de Santo António, Porto, Portugal; Assistente Hospitalar Graduada de Medicina Física e de Reabilitação; Responsável pela Unidade de Reabilitação Pediátrica.
Tipo de documento: Artigo
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://doi.org/10.25759/spmfr.58
Resumo: A bronquiolite aguda é a infecção viral do tracto respiratório inferior mais frequente dos recém-nascidos. O vírus sincicial respiratório é o agente habitualmente identificado. Estima-se que cerca de 30% das crianças com menos de 2 anos de idade tenham pelo menos 1 episódio de bronquiolite na vida. No hemisfério norte, ocorre sobretudo entre os meses de Novembro a Março e é caracterizada por uma inflamação aguda, edema e necrose epitelial que aumenta a secreção mucosa e o broncoespasmo. A regressão espontânea é a regra, podendo o tratamento ser efectuado a nível de ambulatório. No entanto, o número de hospitalizações associadas à bronquiolite tem vindo a aumentar nas últimas décadas. O seu tratamento engloba broncodilatadores, corticóides, antivíricos, antibióticos e oxigenoterapia. A Cinesiterapia Respiratória, amplamente utilizada nos países francófonos e latinos, é contestada nos países anglo-saxonicos e é hoje objecto de grande controvérsia. A linha de actuação divergente parece resultar da utilização de técnicas cinesiológicas diferentes e da ausência de estudos clínicos de qualidade. Da revisão realizada conclui-se que técnicas de vibração e percussão não acrescem benefício ao tratamento de crianças sem comorbilidades, não ventiladas com esta patologia. Métodos que envolvam a aceleração do fluxo expiratório ou a expiração lenta e prolongada poderão estar indicados consoante a avaliação clínica. Mais estudos com metodologia adequada e amostras representativas serão de extrema importância para a clarificação do risco-benefício da cinesiterapia respiratória nesta afecção. Palavras-chave: bronquiolite, cinesiterapia respiratória, fisioterapia torácica.
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spelling Cinesiterapia Respiratória na Bronquiolite AgudaRespiratory Rehabilitation in Acute bronchiolitisA bronquiolite aguda é a infecção viral do tracto respiratório inferior mais frequente dos recém-nascidos. O vírus sincicial respiratório é o agente habitualmente identificado. Estima-se que cerca de 30% das crianças com menos de 2 anos de idade tenham pelo menos 1 episódio de bronquiolite na vida. No hemisfério norte, ocorre sobretudo entre os meses de Novembro a Março e é caracterizada por uma inflamação aguda, edema e necrose epitelial que aumenta a secreção mucosa e o broncoespasmo. A regressão espontânea é a regra, podendo o tratamento ser efectuado a nível de ambulatório. No entanto, o número de hospitalizações associadas à bronquiolite tem vindo a aumentar nas últimas décadas. O seu tratamento engloba broncodilatadores, corticóides, antivíricos, antibióticos e oxigenoterapia. A Cinesiterapia Respiratória, amplamente utilizada nos países francófonos e latinos, é contestada nos países anglo-saxonicos e é hoje objecto de grande controvérsia. A linha de actuação divergente parece resultar da utilização de técnicas cinesiológicas diferentes e da ausência de estudos clínicos de qualidade. Da revisão realizada conclui-se que técnicas de vibração e percussão não acrescem benefício ao tratamento de crianças sem comorbilidades, não ventiladas com esta patologia. Métodos que envolvam a aceleração do fluxo expiratório ou a expiração lenta e prolongada poderão estar indicados consoante a avaliação clínica. Mais estudos com metodologia adequada e amostras representativas serão de extrema importância para a clarificação do risco-benefício da cinesiterapia respiratória nesta afecção. Palavras-chave: bronquiolite, cinesiterapia respiratória, fisioterapia torácica.Acute bronchiolitis is the most frequent lower respiratory tract infection in the newbom. Sincicial respiratory virus is the most common agent. Almost 30% of the children with less than 2 years old will have at last one episode of brochiolitis in life. In the northern hemisphere, the highest incidence occurs between December and March. It’s characterized by acute inflammation, oedema and necrosis of the epithelial cells lining small airways, increased mucus production and bronchospasm. Most infants and young children experience only a mild form of bronchiolitis, and can be managed on an outpatient basis. However, bronchiolitis-associated hospitalizations have increased significantly during the last decades. The treatment includes bronchodilators, corticosteroids, antiviral therapy, antibiotics and supplemental oxygen. Chest physiotherapy, widely used in French and Latin countries, is almost forbidden in the Anglo-saxonic countries which creates a great controversy in the literature. The conflicting evidence from poorly designed studies and the use of different techniques can justify these different points of view. From the data collected for this study the authors concluded that chest physiotherapy using vibration and percussion techniques doesn’t have a clinical benefit nor a good impact on the course of the illness. Treatment modalities using forced expiratory techniques/ and slow expiratory flow increase can be a good help in certain clinical status. Prospective randomised trials with large patient populations are needed to prove the risk-benefit of chest physiotherapy in this condition.Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação2013-03-09T00:00:00Zjournal articlejournal articleinfo:eu-repo/semantics/articleinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttps://doi.org/10.25759/spmfr.58oai:ojs.spmfrjournal.org:article/58Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação; v. 17, n. 1 (2009): Ano 17; 33-380872-9204reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAPporhttps://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/58https://doi.org/10.25759/spmfr.58https://spmfrjournal.org/index.php/spmfr/article/view/58/63Castro, Ana Teresa; Interna Complementar de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Geral de Santo António, Porto, PortugalSilva, Sofia Ferreira; Interna Complementar de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Senhora da Oliveira, Guimarães, PortugalPalhau, Lurdes; Directora do Serviço de Medicina Física e de Reabilitação do Hospital Geral de Santo António, Porto, Portugal; Assistente Hospitalar Graduada de Medicina Física e de Reabilitação; Responsável pela Unidade de Reabilitação Pediátrica.info:eu-repo/semantics/openAccess2022-09-20T15:28:49Zoai:ojs.spmfrjournal.org:article/58Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T15:51:24.037574Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
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