O Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa e o Crescimento Económico Português de 1950 a 1973

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Girão, Dominique Amanda Plugge
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10773/17000
Resumo: Nesta dissertação de Mestrado foi analisada a gestão de ativo/passivo do Banco Espírito Santo e Comercial de Lisboa (BESCL), no período de crescimento de ouro da economia portuguesa decorrido entre 1950 e 1973, com o objetivo de tirar ilações acerca do comportamento do banco face ao seu enquadramento histórico e legal. A metodologia utilizada consistiu na análise extensiva dos Relatórios e Contas do BESCL, o que permitiu fazer inferências acerca da gestão de ativo/passivo, e do cálculo dos seus rácios económico-financeiros, aliada ao estudo dos seus empreendimentos industriais e da sua Carteira de Títulos, tendo em conta as quotas de mercado de crédito e depósitos dos principais bancos comerciais portugueses. Os resultados indicam que o BESCL destacou-se essencialmente pela sua expansão geográfica que se tornou uma das suas principais vantagens competitivas e um forte mecanismo de captação de depósitos, comprovado pela sua liderança na quota de mercado de depósitos durante quase todo o período em análise, exceto de 1964 a 1970. A sua concessão de crédito era efetuada via Fundos Próprios, o que lhe permitiu deter a liderança na quota de mercado de crédito apenas entre 1960 e 1966, não obstante foi aquele que apresentou o maior volume de Lucros até 1966. A Carteira de Títulos do BESCL indica que o banco investiu as suas ações principalmente no setor agroindustrial das Províncias Ultramarinas, no Banco de Fomento Nacional, e na indústria transformadora, enquanto as suas obrigações eram constituídas maioritariamente por Obrigações do Tesouro. Concluímos que o BESCL apoiou de forma significativa o desenvolvimento da economia portuguesa através do seu envolvimento no Banco de Fomento Nacional, no setor agroindustrial das Províncias Ultramarinas, e através do seu contributo para as indústrias petrolíferas e metalúrgicas, e que os seus investimentos acompanharam as tendências dos Planos de Fomento.
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