Helicobacter pylori : eficácia da terapêutica

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Coelho, Filipa Maria Meireles da Cunha
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1412
Resumo: Introdução: O Helicobacter pylori adquiriu grande importância durante as últimas décadas, ao ser reconhecido como um importante patogénio que infeta uma grande parte da população humana. Esta bactéria, localizada na mucosa gástrica, apresenta uma relação causal com algumas patologias, tais como: carcinoma gástrico, úlcera péptica, entre outras. A sua erradicação representa um grande desafio para os clínicos. O aumento gradual da falha do tratamento obriga a utilizar novos esquemas terapêuticos e a procurar novas soluções. As taxas de eficácia de erradicação do Helicobacter pylori têm vindo a diminuir, pois a resistência aos antibióticos, nomeadamente à claritromicina, está a aumentar, tornando-se assim no principal fator para a falência do tratamento. A presente dissertação pretende efetuar uma revisão sistemática com base em publicações científicas relacionadas com a eficácia da terapêutica de erradicação do Helicobacter pylori. Métodos: Foram pesquisadas publicações indexadas nas bases de dados Pubmed, Elsevier, Wiley e B-On, na biblioteca eletrónica da Faculdade de Ciências da Saúde da Universidade da Beira Interior. Utilizaram-se os seguintes termos no título: efficacy, therapeutic ou therapy, helicobacter pylori, durante o período compreendido entre 01/01/2012 e 26/03/2013. Foram selecionados dez publicações para análise. Resultados: Dos dez estudos selecionados foram encontrados esquemas de primeira, segunda e terceira linha, onde os regimes utlizados foram terapia tripla, quádrupla sequencial, sequencial modificada e concomitante, variando a duração de tratamento entre os 5, 7, 10 e 14 dias. Na primeira linha de tratamento o esquema que apresentou mais eficácia com 96,5% utilizou uma terapia quádrupla concomitante, na segunda linda 93,6% com uma terapia tripla e por fim, na terceira linha 89,5% também com uma terapia tripla. Devido à heterogeneidade dos esquemas apresentados nas publicações não foi possível nenhuma análise estatística. Alguns estudos documentaram a resistência aos antibióticos, que variou entre os 23,4% a 78,7% ao metronidazole e entre 0% a 91,7% à claritromicina. Os efeitos adversos major variaram de 0,5% a 4,6% enquanto os minor variaram de 21,8% até 80%. Conclusão: Na primeira linha de tratamento, a terapia tripla de sete dias deve ser repensada e as terapias sequencial e concomitante são eficazes. Em relação à terapêutica de segunda linha, deve-se utilizar uma quinolona e terapia concomitante, se esta não foi utilizada na primeira linha, ou então uma terapia tripla de 14 dias. A terapia de terceira linha não necessita obrigatoriamente de ser orientada pelo teste de sensibilidade antibiótica para erradicar a bactéria. Diversos fatores influenciam a eficácia do tratamento, nomeadamente a resistência aos agentes antimicrobianos e a adesão do paciente à terapêutica.
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