Doença cerebrovascular aguda : análise do tipo de cuidados recebidos pelos doentes que recorrem ao serviço de urgência do Hospital Sousa Martins - Guarda

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ramos, Ana Isabel de Azevedo
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: http://hdl.handle.net/10400.6/1103
Resumo: Introdução: A doença cerebrovascular aguda e, por sua vez, o Acidente Vascular Cerebral (AVC) constitui, em Portugal, a primeira causa de morte, sendo o país da União Europeia com a mais elevada taxa de mortalidade por esta patologia. Como se compreende é essencial assegurar cuidados adequados em todas as fases, nomeadamente, um rápido acesso dos doentes na fase aguda das doenças cerebrovasculares a cuidados médicos adequados. Para tal, Portugal dispõe desde há alguns anos, em várias regiões, das Unidades de AVC e da respetiva Via Verde. O objetivo deste estudo é avaliar até que ponto à população que recorre ao Hospital Sousa Martins na Guarda são disponibilizados recursos e práticas, de acordo com o estado da arte, idênticos aos disponibilizados aos doentes que sofrem um AVC noutra região do país. Métodos: Realizou-se um estudo de caráter observacional descritivo e de direção retrospetiva dos pacientes que deram entrada no serviço de urgência do Hospital Sousa Martins (HSM) com o diagnóstico de doença cerebrovascular aguda durante o período compreendido entre 1 de Janeiro e 30 de Junho de 2011. Os dados recolhidos através da consulta dos processos clínicos e do preenchimento de um protocolo de análise, foram posteriormente codificados e analisados estatisticamente recorrendo ao programa Microsoft Office Excel 2007®. Resultados: Estudaram-se 123 doentes sendo que 58,5% eram do sexo feminino e 41,5% do sexo masculino. A faixa etária dos 75 aos 79 anos foi a que registou maior número de casos (média ± DP, 75,0 ± 12,2 anos). Quanto ao tipo de AVC, 78% dos pacientes foram diagnosticados com o tipo isquémico, 17% com o tipo hemorrágico e 5% apresentaram-se com AIT. A taxa de ativação da VV foi de 12%. Durante o período em estudo, nenhum doente teve alta no mesmo dia, com 58,5% dos doentes internados na Unidade de AVC versus os 34,1% no serviço de Medicina. A média geral de internamento foi de 14,6 dias (DP±9,2 dias). No que respeita ao AVC Isquémico, dos 98 doentes estudados apenas 6 realizaram Trombólise. Nestes a VV foi ativada em 100% dos casos. No HSM o tempo [AVC-Agulha] médio foi de 156 minutos, superior ao valor das guidelines, mas inferior ao máximo estipulado de 180 minutos (3 horas). O tempo [Porta-Agulha] foi de 62,0 minutos, inferior aos valores referência. Conclusão: Os resultados obtidos neste estudo sugerem que o AVC Isquémico é o tipo de AVC mais frequente, à semelhança do que acontece a nível nacional. No 1º semestre de 2011, as mulheres foram o sexo mais afetado e com uma incidência de AVC mais tardia, em comparação com o sexo masculino. O número de ativações da VV ficou aquém do esperado e ativada, concluiu-se que apesar do atraso registado na via extra-hospitalar, a via intra-hospitalar funciona adequadamente. A apreciação global da abordagem ao doente com AVC, no HSM, em contexto de urgência, é média.
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