Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ferreira, Helena Carla Gonçalo
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
Texto Completo: https://hdl.handle.net/1822/29257
Resumo: Dissertação de mestrado em Ciências da Comunicação (área de especialização em Publicidade e Relações Públicas)
id RCAP_72f461875cab6f94f7bcc2446dbc90f8
oai_identifier_str oai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/29257
network_acronym_str RCAP
network_name_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository_id_str 7160
spelling Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual659.1792(469)Dissertação de mestrado em Ciências da Comunicação (área de especialização em Publicidade e Relações Públicas)“Tirem tudo ao alfacinha, mas não lhe tirem a Revista” (Trigo e Reis, 2004, p.15). Esta afirmação revela a importância atribuída pelos portugueses, em especial, pelos lisboetas ao Teatro de Revista à Portuguesa. Este género de Teatro caracteriza-se essencialmente pela crítica social e política que perspassa as suas peças. A comunicação visual do Teatro de Revista à Portuguesa, surge como primeiro “cartão de visita” junto da população, uma vez que apresenta as peças muito antes dos espectáculos, pelo que dela deverão constar as principais informações e características da peça, que neste caso, e de um modo geral, já possui características especificas: a crítica político-social. O presente projecto centra-se especificamente, na comunicação visual do Teatro de Revista à Portuguesa do Parque Mayer, no período compreendido entre 1926 e 2011. Nesta investigação, pretende-se dar resposta às seguintes questões: Se este género de teatro é essencialmente de critica social e política, o que nos revela a sua comunicação visual, primeiro “cartão de visita”, junto do público? Funciona ela própria como crítica? E, se funciona, de que forma é que esta crítica ganha visibilidade? E, tendo Portugal vivido um período num regime de ditadura de 1926 a 25 de Abril de 1974, data que marca a democracia em que vivemos actualmente, quais as possíveis diferenças na comunicação visual produzida durante a ditadura e produzida durante a democracia? Para dar resposta a estas questões, as imagens terão que ser, impreterivelmente, o foco da atenção. Nesse sentido, a abordagem mais adequada será a sócio-semiótica visual, uma vez que a comunicação visual do teatro de revista será analisada como textos comunicativos visuais, não como um texto fechado em si próprio, mas, inserida no contexto social e cultural de que faz parte. Naturalmente, a fundamentação teórica deste trabalho centra-se no Parque Mayer, descrevendo este espaço e o seu funcionamento, no teatro de revista à portuguesa, definindo-o e explicitando a sua dinâmica, na abordagem da sócio-semiótica visual, esclarecendo esta teoria e justificando porque se considera a mais apropriada neste estudo, passando ainda por explorar as diferenças consideradas relevantes para este tema entre 1926/1974 e 1974/2011, uma vez que existia a necessidade de explicar a ruptura entre estes dois períodos, neste trabalho. No sentido de perceber se a comunicação visual do Teatro de Revista à Portuguesa funciona ela própria como crítica social e política; demonstrar de que forma é que a crítica social e política ganha visibilidade nos meios de comunicação visual do Teatro de Revista à Portuguesa e revelar as diferenças encontradas, ao nível da crítica social e política, nos meios de comunicação visual produzidos durante a ditadura (1926-1974) e os produzidos durante a democracia (1974-2011), adopto uma abordagem metodológica baseada na gramática do design visual de Kress e van Leeuwen, sendo o instrumento utilizado para analisar as imagens, a grelha criada por Silvana Mota-Ribeiro (2011), de aplicação a imagens, baseada nos recursos e estruturas visuais da gramática de Kress e van Leeuwen. Esta análise empírica baseia-se num corpus de 71 imagens de publicidade de teatro de revista à portuguesa, do Parque Mayer, com datas a partir de 1929 até 2011. Este estudo, sendo pioneiro, pretende contribuir para uma melhor compreensão da comunicação visual do Teatro de Revista à Portuguesa e ao mesmo tempo, gera a expectativa, de contribuir, de algum modo, para uma melhor compreensão da história e da sociedade portuguesa, uma vez que demonstra que, tal como na própria revista, a característica essencial destas imagens, é a critica social e política, que é o mesmo que dizer que estas reproduzem e comunicam o ambiente sociopolítico de uma época, numa dada sociedade.You can take everything away from the Lisboans, but you cannot take the Revista from them" (Trigo and Reis, 2004, p.15). This statement reveals the importance attached by the Portuguese, and in particular by the Lisboans, to the Portuguese Revista Theatre. This genre of theatre is characterised mostly by the social and political criticism that permeates its plays. The visual communication of the Portuguese Revista Theatre functions as the first "business card" distributed to the population, since it presents the plays long before the shows. This contains the key information and features of the play, which in this case and in general already has specific characteristics: political and social criticism. This project focuses specifically on the visual communication of the Portuguese Revista Theatre of Parque Mayer, in the period between 1926 and 2011. This research aims to answer the following questions: if this kind of theatre is taken to convey essentially social and political criticism, what does its visual communication - the first "business card" - convey to the public? Is it criticism in itself? (helena, por favor, corrija a acentuação de crítica nas que se seguem) And, in this case, how does this criticism gain visibility? And since Portugal experienced a period of dictatorship from 1926 to 25 April 1974, the date which marks the implementation of the on-going democracy, what are the possible differences between the visual communication produced during the dictatorship and that produced during the democracy? To address these questions, the images have to be, in the least, the focus of this study. Therefore, the most appropriate approach is visual social semiotics, since the visual communications of the Portuguese Revista Theatre shall be analysed as communicative visual texts, i.e. not as a text circumscribed to itself, but enclosed in the social and cultural context to which it belongs. Of course, the theoretical framework of this study is focused on Parque Mayer. It describes this space and its operation, as well as the Portuguese Revista Theatre, and defines and explains its dynamics by resorting to visual social semiotics. It is further explained and justified why this theory is considered to be the most appropriate in this study. Furthermore, the differences are explored that are considered to be relevant to the subject between 1926/1974 and 1974/2011, since an explanation is required in this research of the gap between these two periods. In order to understand if the visual communication of the Portuguese Revista Theatre itself works as a social and political criticism, illustrate how social and political criticism gained visibility in the visual communication media of the Portuguese Revista Theatre and reveal the differences found, at the level of social and political criticism, in the visual communication media produced during the dictatorship (1926-1974) and those produced during the democracy (1974-2011), I adopt a methodological approach based on the grammar of visual design of Kress and van Leeuwen. The tool used to analyse the images was the grid created by Silvana Mota-Ribeiro (2011), designed to be applied to images, which on its own turn was based on visual features and structures of Kress and van Leeuwen's grammar. This empirical analysis is based on a corpus of 71 advertising images of Portuguese Revista Theatre of the Parque Mayer, dated from 1929 through to 2011. This study, being exploratory, aims to contribute to a better understanding of the visual communication of the Portuguese Revista Theatre. At the same time, it is expected to contribute, in some way, to a better understanding of history and of Portuguese society, as it shows that, like the Revista itself, the essential feature of these images is the social and political criticism, that is to say that they reproduce and communicate the sociopolitical ambience of a time, in a given society.Mota-Ribeiro, SilvanaUniversidade do MinhoFerreira, Helena Carla Gonçalo20132013-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfapplication/pdfhttps://hdl.handle.net/1822/29257por201225603info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-02T01:18:26Zoai:repositorium.sdum.uminho.pt:1822/29257Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T19:17:56.238330Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse
dc.title.none.fl_str_mv Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
title Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
spellingShingle Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
Ferreira, Helena Carla Gonçalo
659.1
792(469)
title_short Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
title_full Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
title_fullStr Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
title_full_unstemmed Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
title_sort Ver não custa, o que custa é saber ver: a crítica social e política na comunicação visual do teatro de revista à portuguesa no Parque Mayer (1926-2011): uma análise sócio-semiótica visual
author Ferreira, Helena Carla Gonçalo
author_facet Ferreira, Helena Carla Gonçalo
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Mota-Ribeiro, Silvana
Universidade do Minho
dc.contributor.author.fl_str_mv Ferreira, Helena Carla Gonçalo
dc.subject.por.fl_str_mv 659.1
792(469)
topic 659.1
792(469)
description Dissertação de mestrado em Ciências da Comunicação (área de especialização em Publicidade e Relações Públicas)
publishDate 2013
dc.date.none.fl_str_mv 2013
2013-01-01T00:00:00Z
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/masterThesis
format masterThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://hdl.handle.net/1822/29257
url https://hdl.handle.net/1822/29257
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv 201225603
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
application/pdf
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron:RCAAP
instname_str Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
instacron_str RCAAP
institution RCAAP
reponame_str Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
collection Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)
repository.name.fl_str_mv Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação
repository.mail.fl_str_mv
_version_ 1799132633229164544