Imagens e Memórias Coletivas: o Museu Nacional Resistência e Liberdade em Peniche
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10437/12131 |
Resumo: | Os museus de memória política têm se dedicado à educação da história recente em países que sofreram com o autoritarismo. Simultaneamente, promovem a reparação de memórias traumáticas de quem foi vítima da violência de Estado. Trabalha-se pelo alargamento da atividade pedagógica dos museus por meio da inclusão de depoimentos e testemunhos. A imagem fotográfica, enquanto suporte de análise histórica, nos auxilia no entendimento do discurso hegemónico europeu do final do século XIX e da ideologia do Estado Novo, que oprimiu Portugal por 48 anos. Ao mesmo tempo, a fotografia desempenhou um papel importante na construção de um contradiscurso que desmentia a propaganda política. Atualmente, o documento audiovisual é fundamental para a preservação da memória de resistência. Os registros de relatos, viabilizados pelo Museu Nacional de Resistência e Liberdade, buscam preencher lacunas na memória coletiva portuguesa, integrando-as num espaço de memória traumática musealizado que é o forte de Peniche, usado como prisão política. Defende-se a ideia de que a recolha e a exposição destas memórias individuais podem expressar o reconhecimento público das injustiças do passado, e que sua musealização é fundamental na quebra do silenciamento histórico. Foi feita uma análise crítica do conteúdo proposto para o MRNL e uma análise concreta da exposição Por Teu Livre Pensamento. Observou-se que – até o momento – a narrativa do museu ainda reproduz um caráter comemorativista sobre o 25 de Abril e que apesar da inserção inaugural da memória de resistência aos museus nacionais pouco se discute sobre o tumultuado ano de 1975 que estampou a política portuguesa. |
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