A expressão anarquista nas paredes de Setúbal: o cavalo de batalha de Tróia
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2012 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10071/3650 |
Resumo: | O empreendimento Troiaresort, da Sonae, tem sido alvo de uma intensa campanha de boicote por parte do movimento anarquista de Setúbal, que regularmente grafa nas paredes da cidade frases imperativas (“Tróia é nossa”, “Quero a velha Tróia”), desalentadas (“O ferry vai e volta, a nós resta-nos a revolta”) ou jocosas (“Coisas finas na Tróia só se for a areia”). Em Agosto último, os anarquistas que não querem “resorts nem barcos de luxo a preços de luxo” mas “uma Tróia livre e do povo” organizaram um conjunto de iniciativas que intitularam de Destroioresort, dando voz a um desconforto, um inconformismo e uma nostalgia que ultrapassam o sentir do grupo – a avaliar pelo facto de o livro Quando a Tróia Era do Povo (2009) ter esgotado três edições em Setúbal em menos de dois meses. E embora a questão do designado “turismo de luxo” naquela península não seja nova – colocando-se desde os tempos da Torralta e tendo sido objecto de murais de contestação de partidos como o PSR no final da década de 1990 –, o tema ganhou alento nos últimos anos com a renovada actividade do movimento anarquista, cuja tradição em Setúbal remonta às lutas sindicais na indústria conserveira, o que justifica o seu acompanhamento e a sua análise neste e-working paper. |
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A expressão anarquista nas paredes de Setúbal: o cavalo de batalha de TróiaAnarquismoProtestoMuraisComunicaçãoAnarchismProtestMural PaintingCommunicationO empreendimento Troiaresort, da Sonae, tem sido alvo de uma intensa campanha de boicote por parte do movimento anarquista de Setúbal, que regularmente grafa nas paredes da cidade frases imperativas (“Tróia é nossa”, “Quero a velha Tróia”), desalentadas (“O ferry vai e volta, a nós resta-nos a revolta”) ou jocosas (“Coisas finas na Tróia só se for a areia”). Em Agosto último, os anarquistas que não querem “resorts nem barcos de luxo a preços de luxo” mas “uma Tróia livre e do povo” organizaram um conjunto de iniciativas que intitularam de Destroioresort, dando voz a um desconforto, um inconformismo e uma nostalgia que ultrapassam o sentir do grupo – a avaliar pelo facto de o livro Quando a Tróia Era do Povo (2009) ter esgotado três edições em Setúbal em menos de dois meses. E embora a questão do designado “turismo de luxo” naquela península não seja nova – colocando-se desde os tempos da Torralta e tendo sido objecto de murais de contestação de partidos como o PSR no final da década de 1990 –, o tema ganhou alento nos últimos anos com a renovada actividade do movimento anarquista, cuja tradição em Setúbal remonta às lutas sindicais na indústria conserveira, o que justifica o seu acompanhamento e a sua análise neste e-working paper.The Troiaresort tourism venture, by Sonae, has been the target of an intense boycott campaign by the anarchist movement of Setúbal, that regularly writes on the city walls phrases that are imperative (“Tróia is ours”, “I want the old Tróia”), disheartened (“The ferry comes and goes, revolt is all we have left”) or playful (“Fine things in Tróia only if it‟s the sand”). Last August, the anarchists who do not want “resorts nor luxury boats at luxurious prices” but “a Tróia that is free and of the people” organized a set of initiatives entitled Destroioresort, giving voice to a discomfort, a nonconformity and a nostalgia that go beyond their group – judging by the fact that the book Quando a Tróia Era do Povo (“When Tróia Belonged to the People”) (2009) sold out three editions in Setúbal in less than two months. And although the issue of the so-called “luxury tourism” in that peninsula is not new – it has been around since the days of Torralta (a tourism venture of the 1970s and 1980s) and was the theme of murals painted by leftist parties like PSR in the late 1990s – it has gained momentum in recent years with the renewed activity of the anarchist movement, whose tradition in Setúbal dates back to the canning industry‟s union struggles of the first decades of the 20th century, deserving monitoring and analysis in this e-working paper.CIES-IUL2012-07-10T10:18:17Z2012-01-01T00:00:00Z2012info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10071/3650por1647-0893Freitas, Helena de Sousainfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-11-09T17:32:06Zoai:repositorio.iscte-iul.pt:10071/3650Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T22:14:27.912268Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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