O papel das agências FRONTEX e EUROPOL no(s) Mediterrâneo(s). Gestão dos fluxos migratórios e dos riscos associados no contexto politico da União Europeia (2009-2019)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2020 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10362/111474 |
Resumo: | As migrações enquanto movimento global de pessoas envolvidas no processo complexo de transposição de fronteiras, constituem um paradigma comum aos diferentes vetores num quadro alargado de segurança em matéria de políticas comunitárias. Em particular, as assimetrias resultantes da escassez de recursos em determinadas regiões, por contraposição à insuficiência de meios humanos em quadrantes com elevado desenvolvimento económico, tal como as dinâmicas da(s) guerra(s) e dos conflitos potenciam essa difícil relação mobilidade vs segurança. Nesse sentido, a gestão dos fluxos migratórios num vasto espaço delimitado pelo Atlântico, Norte de África, Mediterrâneo, Balcãs e fronteiras a Norte compreende diferentes mecanismos de cooperação para lidar com as pressões migratórias e os riscos associados a esses contextos de exceção. No que respeita a ameaças criminais especificas de elevado impacto social e político, como o terrorismo, o tráfico de seres humanos, o auxílio à imigração ilegal e o carácter organizado desses fenómenos, destaca-se o papel das agências europeias, Frontex e Europol. Para além dos discursos e perceções associados, indaga-se a capacidade efetiva dos Estados para fazerem face a eventuais défices de direitos humanos e a controvérsia que envolve eventuais vítimas de crises humanitárias, que, em cenários de emergente subsistência e segurança, ao recorrerem ao designado Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça, vivem num cenário coercivo de políticas de admissão e integração, inseridas no vasto acervo legislativo e securitário da União Europeia. Na caracterização das dinâmicas migratórias, da atuação das referidas agências e comparação dos ciclos plurianuais que identificam prioridades em matéria de ameaça criminal grave e organizada, exploram-se eventuais desfasamentos, excessos do aparato de segurança envolvido e uma eventual transformação política comunitária. |
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O papel das agências FRONTEX e EUROPOL no(s) Mediterrâneo(s). Gestão dos fluxos migratórios e dos riscos associados no contexto politico da União Europeia (2009-2019)FRONTEXEUROPOLMigraçãoUnião EuropeiaMigration and BordersSecurityPolicy CycleMigrações e FronteirasSegurançaCiclo - PolíticoDomínio/Área Científica::Ciências Sociais::Ciências PolíticasAs migrações enquanto movimento global de pessoas envolvidas no processo complexo de transposição de fronteiras, constituem um paradigma comum aos diferentes vetores num quadro alargado de segurança em matéria de políticas comunitárias. Em particular, as assimetrias resultantes da escassez de recursos em determinadas regiões, por contraposição à insuficiência de meios humanos em quadrantes com elevado desenvolvimento económico, tal como as dinâmicas da(s) guerra(s) e dos conflitos potenciam essa difícil relação mobilidade vs segurança. Nesse sentido, a gestão dos fluxos migratórios num vasto espaço delimitado pelo Atlântico, Norte de África, Mediterrâneo, Balcãs e fronteiras a Norte compreende diferentes mecanismos de cooperação para lidar com as pressões migratórias e os riscos associados a esses contextos de exceção. No que respeita a ameaças criminais especificas de elevado impacto social e político, como o terrorismo, o tráfico de seres humanos, o auxílio à imigração ilegal e o carácter organizado desses fenómenos, destaca-se o papel das agências europeias, Frontex e Europol. Para além dos discursos e perceções associados, indaga-se a capacidade efetiva dos Estados para fazerem face a eventuais défices de direitos humanos e a controvérsia que envolve eventuais vítimas de crises humanitárias, que, em cenários de emergente subsistência e segurança, ao recorrerem ao designado Espaço de Liberdade, Segurança e Justiça, vivem num cenário coercivo de políticas de admissão e integração, inseridas no vasto acervo legislativo e securitário da União Europeia. Na caracterização das dinâmicas migratórias, da atuação das referidas agências e comparação dos ciclos plurianuais que identificam prioridades em matéria de ameaça criminal grave e organizada, exploram-se eventuais desfasamentos, excessos do aparato de segurança envolvido e uma eventual transformação política comunitária.Migration, as a global movement of people involved in the complex process of border crossing, is a paradigm common to different parties in a broader framework of security related to community policies. Notably, the discrepancies coming from lack of resources in certain regions, opposed to shortage of human means in quarters with high economic development, as well as dynamics of the war(s) and conflicts enhance this difficult duality of mobility vs. security. In this regard, the management of migratory movements in an extensive space delimited by the Atlantic, Northern Africa, the Mediterranean, Balkans and Northern borders comprehends different cooperation mechanisms to deal with migratory pressures and risks associated to these special contexts. Concerning specific criminal threats with high political and social impact, such as terrorism, human trafficking, support to illegal immigration along with the organised nature of these phenomena, the European agencies, Frontex and Europol, play a major role. Besides the associated speeches and perceptions, we seek to understand the effective capacity of the state to cope with human right deficiencies and the controversy around victims of humanitarian crisis that, in settings of emergent subsistence and security, by appealing to the so-called Area of Freedom, Security and Justice, live in a binding scenario of admission and integration policies within the wide body of legislation and securitization of the European Union. By characterizing the dynamics of migration, the action of these agencies and by comparing the multi-annual cycles that identify priorities in terms of serious and organized criminal threat, we hereby explore possible mismatches, excess of security apparatus involved and a likely transformation of community policy.Rodrigues, Teresa Maria FerreiraFerreira, SusanaRUNCandeias, Fernando Jorge Gomes2021-02-08T17:55:55Z2020-10-292020-06-052020-10-29T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10362/111474TID:202552560porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-03-11T04:55:15Zoai:run.unl.pt:10362/111474Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T03:41:54.648062Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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