Terrores nocturnos: a noite e a estética noir em Edgar Allan Poe
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Artigo |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.14/10391 |
Resumo: | Partindo de uma discussão acerca da modernidade escópica, o ensaio discute a pedagogia dos limites associada à noite na teoria cultural e filosófica e o modo como a penetração do espaço nocturno veio modificar a relação do sujeito com o mundo na era moderna, ancorando-se numa análise representativa de textos de Edgar Allan Poe. A tecnologia da luz articula-se com a tecnologia da visão num modelo de progresso eufórico contestado nos seus traços ambivalentes no espaço literário, ou mais tarde no cinema. Sem defender uma relação de causalidade, o artigo equaciona a relação entre o ambiente criado visualmente pela literatura de terror do século xix e a estética fílmica. A literatura de terror de Edgar Allan Poe apresenta-se como contra-discurso desta modernidade eufórica e anuncia uma estética visual obscura, que, no século xx, através de um processo de remediação (Grusin/Bolter), se vai configurar no discurso ominoso do film noir. |
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Terrores nocturnos: a noite e a estética noir em Edgar Allan PoeEscopofiliaFilm noirModernidadePoeVoyeurismoFilm noirModernityPoeScopophiliaVoyeurismPartindo de uma discussão acerca da modernidade escópica, o ensaio discute a pedagogia dos limites associada à noite na teoria cultural e filosófica e o modo como a penetração do espaço nocturno veio modificar a relação do sujeito com o mundo na era moderna, ancorando-se numa análise representativa de textos de Edgar Allan Poe. A tecnologia da luz articula-se com a tecnologia da visão num modelo de progresso eufórico contestado nos seus traços ambivalentes no espaço literário, ou mais tarde no cinema. Sem defender uma relação de causalidade, o artigo equaciona a relação entre o ambiente criado visualmente pela literatura de terror do século xix e a estética fílmica. A literatura de terror de Edgar Allan Poe apresenta-se como contra-discurso desta modernidade eufórica e anuncia uma estética visual obscura, que, no século xx, através de um processo de remediação (Grusin/Bolter), se vai configurar no discurso ominoso do film noir.Stemming from a discussion of the concept of scopic modernity, the article analyzes the night as the ultimate psycho-philosophical boundary, disrupted by the penetration of the technologies of light and vision in the 19th century. It further questions the changes prompted by this euphoric development in the subject’s relation to the modern world, particularly through the aesthetic model of the voyeur and its reflection in the work of Edgar Allan Poe, first, and in film noir, later. Through a representative analysis of two of Poe’s tales, this literary discourse is presented as a counter-narrative to the modern project. Without defending a causal nexus between the literary and the filmic, the article claims that this counter-narrative of scopic modernity is, however, remediated (Bolter/Grusin) in the aesthetics of film noir.QuimeraVeritati - Repositório Institucional da Universidade Católica PortuguesaGil, Isabel Capeloa2013-04-30T16:10:54Z20072007-01-01T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/articleapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.14/10391porGIL, Isabel Capeloa – Terrores nocturnos: a noite e a estética noir em Edgar Allan Poe. Comunicação & Cultura. Lisboa. ISSN 1646-4877. 4 (Outono-Inverno 2007) 43-651646-487710.34632/comunicacaoecultura.2007.449info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-07-12T17:15:36Zoai:repositorio.ucp.pt:10400.14/10391Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-19T18:09:12.093254Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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