Ver fazer e fazer ver
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2019 |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/7252 |
Resumo: | Para Aristóteles, o agente é sempre eticamente responsável pelos resultados práticos obtidos, não porque debita um discurso (já muito retardatário, aliás) para descrever, avaliar ou justificar o que foi feito, mas porque justamente o que foi feito já coloca à vista de todos um texto eticamente significativo. Se, por conseguinte, não quisermos ficar reféns de uma moral de trazer por casa ou, pior do que isso, de um moralismo apenas interessado em prescrever uma normatividade disfarçada de domesticação comportamental, cada acto por nós realizado terá de “tornar sua” a virtude não por reacção automatizada e externalista, mas por apropriação autónoma e interiorizada, à imagem e semelhança do indivíduo prudente que se torna para os demais critério vivo e incarnado de um agir ético que apenas conhecerá o alcance teleológico de cada acto virtuoso tão-só na medida em que este manifestar o ergon, a obra, de uma proairesis, de uma eleição ponderada. |
id |
RCAP_74b852d9070208b0b1ab223e590fd0a7 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/7252 |
network_acronym_str |
RCAP |
network_name_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository_id_str |
7160 |
spelling |
Ver fazer e fazer verA retórica da acção na ética prudencial de AristótelesAristótelesFilosofia prática aristotélicaA relação retórica-ética em AristótlesDecisão prudencial e acção discursivaOntopoiese da acçãoDeliberação e discernimento éticoPrudência e habilidade práticaMimese e auto-realizaçãoPara Aristóteles, o agente é sempre eticamente responsável pelos resultados práticos obtidos, não porque debita um discurso (já muito retardatário, aliás) para descrever, avaliar ou justificar o que foi feito, mas porque justamente o que foi feito já coloca à vista de todos um texto eticamente significativo. Se, por conseguinte, não quisermos ficar reféns de uma moral de trazer por casa ou, pior do que isso, de um moralismo apenas interessado em prescrever uma normatividade disfarçada de domesticação comportamental, cada acto por nós realizado terá de “tornar sua” a virtude não por reacção automatizada e externalista, mas por apropriação autónoma e interiorizada, à imagem e semelhança do indivíduo prudente que se torna para os demais critério vivo e incarnado de um agir ético que apenas conhecerá o alcance teleológico de cada acto virtuoso tão-só na medida em que este manifestar o ergon, a obra, de uma proairesis, de uma eleição ponderada.Editora LabCom.IFPuBibliorumAmaral, António2019-10-14T09:54:09Z20192019-01-01T00:00:00Zbook partinfo:eu-repo/semantics/publishedVersionapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/7252porAmaral, António (2019). Ver fazer e fazer ver. A retórica da acção na ética prudencial de Aristóteles. In: PRAKTON. Discursividades da acção em Aristóteles. Covilhã: Editora LabCom.IFP, 235-258978-989-654-499-7info:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2024-11-27T12:23:17Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/7252Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openairemluisa.alvim@gmail.comopendoar:71602024-11-27T12:23:17Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
dc.title.none.fl_str_mv |
Ver fazer e fazer ver A retórica da acção na ética prudencial de Aristóteles |
title |
Ver fazer e fazer ver |
spellingShingle |
Ver fazer e fazer ver Amaral, António Aristóteles Filosofia prática aristotélica A relação retórica-ética em Aristótles Decisão prudencial e acção discursiva Ontopoiese da acção Deliberação e discernimento ético Prudência e habilidade prática Mimese e auto-realização |
title_short |
Ver fazer e fazer ver |
title_full |
Ver fazer e fazer ver |
title_fullStr |
Ver fazer e fazer ver |
title_full_unstemmed |
Ver fazer e fazer ver |
title_sort |
Ver fazer e fazer ver |
author |
Amaral, António |
author_facet |
Amaral, António |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
uBibliorum |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Amaral, António |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Aristóteles Filosofia prática aristotélica A relação retórica-ética em Aristótles Decisão prudencial e acção discursiva Ontopoiese da acção Deliberação e discernimento ético Prudência e habilidade prática Mimese e auto-realização |
topic |
Aristóteles Filosofia prática aristotélica A relação retórica-ética em Aristótles Decisão prudencial e acção discursiva Ontopoiese da acção Deliberação e discernimento ético Prudência e habilidade prática Mimese e auto-realização |
description |
Para Aristóteles, o agente é sempre eticamente responsável pelos resultados práticos obtidos, não porque debita um discurso (já muito retardatário, aliás) para descrever, avaliar ou justificar o que foi feito, mas porque justamente o que foi feito já coloca à vista de todos um texto eticamente significativo. Se, por conseguinte, não quisermos ficar reféns de uma moral de trazer por casa ou, pior do que isso, de um moralismo apenas interessado em prescrever uma normatividade disfarçada de domesticação comportamental, cada acto por nós realizado terá de “tornar sua” a virtude não por reacção automatizada e externalista, mas por apropriação autónoma e interiorizada, à imagem e semelhança do indivíduo prudente que se torna para os demais critério vivo e incarnado de um agir ético que apenas conhecerá o alcance teleológico de cada acto virtuoso tão-só na medida em que este manifestar o ergon, a obra, de uma proairesis, de uma eleição ponderada. |
publishDate |
2019 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2019-10-14T09:54:09Z 2019 2019-01-01T00:00:00Z |
dc.type.driver.fl_str_mv |
book part |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://hdl.handle.net/10400.6/7252 |
url |
http://hdl.handle.net/10400.6/7252 |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
Amaral, António (2019). Ver fazer e fazer ver. A retórica da acção na ética prudencial de Aristóteles. In: PRAKTON. Discursividades da acção em Aristóteles. Covilhã: Editora LabCom.IFP, 235-258 978-989-654-499-7 |
dc.rights.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/openAccess |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Editora LabCom.IFP |
publisher.none.fl_str_mv |
Editora LabCom.IFP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação instacron:RCAAP |
instname_str |
Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
instacron_str |
RCAAP |
institution |
RCAAP |
reponame_str |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
collection |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
repository.name.fl_str_mv |
Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informação |
repository.mail.fl_str_mv |
mluisa.alvim@gmail.com |
_version_ |
1817549625921372160 |