Prevalência de lesões imagiológicas prévias numa coorte de doentes com AVC agudo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2014 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) |
Texto Completo: | http://hdl.handle.net/10400.6/7170 |
Resumo: | Introdução: Acidente Vascular Cerebral consiste num diagnóstico clínico, definido pela Organização Mundial da Saúde como uma perda súbita de função neurológica focal ou global, que persiste por mais de 24 horas ou conduz à morte. Como descrito em inúmeros estudos, há muitos pacientes com primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral em que se detetam lesões cerebrovasculares antigas na tomografia computorizada, o que leva a pressupor que, embora se manifeste de forma aguda, resulta de um processo crónico. Objetivos: Quantificar a prevalência de lesões imagiológicas prévias numa coorte de doentes com primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral e relacioná-las com a presença de fatores de risco para doença cerebrovascular. Relacionar a presença de lesões prévias com mortalidade a trinta dias e scores das escalas de Barthel e Rankin. Materiais e Métodos: Estudo retrospetivo, tendo como população alvo doentes do Centro Hospitalar da Cova da Beira com diagnóstico de primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral/Acidente Isquémico Transitório, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2012. Realizou-se consulta de processos clínicos através da aplicação SClínico. O estudo teve como critérios de exclusão: episódio recorrente; fora do limite temporal; diagnóstico não confirmado; e informação insuficiente. A análise estatística dos dados envolveu o recurso aos programas Excel e “Statistical Package for the Social Sciences”. Resultados: Incluíram-se no estudo 231 primeiros episódios, 199 de Acidente Vascular Cerebral (174 isquémicos e 25 hemorrágicos) e 32 de Acidente Isquémico Transitório. Apresentavam sinais de lesões cerebrovasculares antigas, aproximadamente, 36% dos pacientes, verificando-se mais lesões antigas de enfarte em doentes com mais de setenta anos (PF=0,025) e um número relativamente superior de lesões antigas simultâneas de enfarte e lacuna em pacientes com enfarte agudo do miocárdio (PF=0,057). Comparando a presença de sequelas com o score de Barthel, constatou-se que a média dos que tinham sequelas era de 12,02, sendo de 13,69 a dos que não tinham (PM-W=0,216). Em relação ao score de Rankin, a média dos que apresentavam sequelas era 2,48, versus 2,25 dos que não tinham (PM-W =0,477). Ao comparar a presença de sequelas com a letalidade a trinta dias, 12,5% dos que não apresentavam sequelas morreram, face a 11,0% dos com sequelas (PF=0,826). Conclusão: Idade superior a setenta anos e enfarte agudo do miocárdio afiguraram-se como fatores de risco para a presença de lesões cerebrovasculares antigas de enfarte e de enfarte e lacuna, respetivamente. A presença de lesões cerebrais antigas não foi associada a pior prognóstico. |
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Prevalência de lesões imagiológicas prévias numa coorte de doentes com AVC agudoAcidente Isquémico TransitórioAcidente Vascular CerebralFatores de Risco CerebrovascularesLesões Cerebrovasculares AntigasTomografia ComputorizadaDomínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde::MedicinaIntrodução: Acidente Vascular Cerebral consiste num diagnóstico clínico, definido pela Organização Mundial da Saúde como uma perda súbita de função neurológica focal ou global, que persiste por mais de 24 horas ou conduz à morte. Como descrito em inúmeros estudos, há muitos pacientes com primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral em que se detetam lesões cerebrovasculares antigas na tomografia computorizada, o que leva a pressupor que, embora se manifeste de forma aguda, resulta de um processo crónico. Objetivos: Quantificar a prevalência de lesões imagiológicas prévias numa coorte de doentes com primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral e relacioná-las com a presença de fatores de risco para doença cerebrovascular. Relacionar a presença de lesões prévias com mortalidade a trinta dias e scores das escalas de Barthel e Rankin. Materiais e Métodos: Estudo retrospetivo, tendo como população alvo doentes do Centro Hospitalar da Cova da Beira com diagnóstico de primeiro episódio de Acidente Vascular Cerebral/Acidente Isquémico Transitório, entre 1 de janeiro e 31 de dezembro de 2012. Realizou-se consulta de processos clínicos através da aplicação SClínico. O estudo teve como critérios de exclusão: episódio recorrente; fora do limite temporal; diagnóstico não confirmado; e informação insuficiente. A análise estatística dos dados envolveu o recurso aos programas Excel e “Statistical Package for the Social Sciences”. Resultados: Incluíram-se no estudo 231 primeiros episódios, 199 de Acidente Vascular Cerebral (174 isquémicos e 25 hemorrágicos) e 32 de Acidente Isquémico Transitório. Apresentavam sinais de lesões cerebrovasculares antigas, aproximadamente, 36% dos pacientes, verificando-se mais lesões antigas de enfarte em doentes com mais de setenta anos (PF=0,025) e um número relativamente superior de lesões antigas simultâneas de enfarte e lacuna em pacientes com enfarte agudo do miocárdio (PF=0,057). Comparando a presença de sequelas com o score de Barthel, constatou-se que a média dos que tinham sequelas era de 12,02, sendo de 13,69 a dos que não tinham (PM-W=0,216). Em relação ao score de Rankin, a média dos que apresentavam sequelas era 2,48, versus 2,25 dos que não tinham (PM-W =0,477). Ao comparar a presença de sequelas com a letalidade a trinta dias, 12,5% dos que não apresentavam sequelas morreram, face a 11,0% dos com sequelas (PF=0,826). Conclusão: Idade superior a setenta anos e enfarte agudo do miocárdio afiguraram-se como fatores de risco para a presença de lesões cerebrovasculares antigas de enfarte e de enfarte e lacuna, respetivamente. A presença de lesões cerebrais antigas não foi associada a pior prognóstico.Introduction: Stroke is a clinical diagnosis, defined by the World Health Organization as a sudden loss of focal or global neurological function that persists for more than 24 hours or leading to death. As described in numerous studies, many patients with first episode of Stroke show old cerebrovascular lesions on computed tomography scan, which leads to assume that, although Stroke presents acutely, it results from a chronic process. Objectives: To quantify the prevalence of prior imaging lesions in a cohort of patients with a first episode of Stroke and relate them to the presence of cerebrovascular disease risk factors. Relate the presence of previous cerebral lesions with thirty day mortality and scores of Barthel and Rankin scales. Materials and Methods: Retrospective study which target population was Cova da Beira Hospital Center patients diagnosed with first episode of Stroke/Transient Ischemic Attack between January 1 and December 31, 2012. It was performed consultation of health records through the SClínico application. The study had the following exclusion criteria: recurrent episode; outside the time limit; diagnosis not confirmed; and insufficient information. The statistical analysis was performed using the programs Excel and "Statistical Package for the Social Sciences." Results: Were included in the study 231 first episodes, 199 of Stroke (174 ischemic and 25 hemorrhagic) and 32 of Transient Ischemic Stroke. Approximately 36% of patients showed signs of old cerebrovascular lesions, verifying more old lesions of infarction in patients over seventy years (PF=0.025) and a relatively higher number of concurrent old lesions of infarction and lacuna in patients with acute myocardial infarction (PF=0.057). Comparing the presence of sequelae with Barthel score, it was found that the average was 12.02 for who had sequelae and 13.69 for those who hadn’t sequelae (PM-W=0.216). In relation to Rankin score, the average was 2.48 for those who had sequelae versus 2.25 for those who hadn’t (PM-W=0.477). When comparing the presence of sequelae with thirty day mortality, 12.5% of those without sequelae died, compared with 11.0% of those having sequelae (PF=0.826). Conclusion: Age over seventy years and acute myocardial infarction were presented as risk factors for the presence of old cerebrovascular lesions of infarction and of infarction and lacuna, respectively. The presence of old brain lesions was not associated with worse prognosis.Sousa, Miguel Castelo Branco Craveiro deuBibliorumReis, Carolina Gouveia dos2019-08-07T15:14:11Z2014-5-192014-07-112014-07-11T00:00:00Zinfo:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://hdl.handle.net/10400.6/7170TID:202272362porinfo:eu-repo/semantics/openAccessreponame:Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos)instname:Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãoinstacron:RCAAP2023-12-15T09:46:19Zoai:ubibliorum.ubi.pt:10400.6/7170Portal AgregadorONGhttps://www.rcaap.pt/oai/openaireopendoar:71602024-03-20T00:47:44.539162Repositório Científico de Acesso Aberto de Portugal (Repositórios Cientìficos) - Agência para a Sociedade do Conhecimento (UMIC) - FCT - Sociedade da Informaçãofalse |
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